quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Incrível.

Há um ano atrás eu não esperava nada, isso não mudou.
Desafio a vida a me surpreender, ela tem feito isso muito bem.
Estive com minha mãe no Rio Sena, Ministrei Johrei em Machu Picchu.
Conheci pessoas incríveis.
Aprendi tanto que não acho que seja justo contar. Tem coisas que descobrimos, assim como quem tira um manto transparente dos olhos. Os pés estão molhados, você sente a areia em seus pés, eu senti. Mas, precisei ver a linha do Horizonte pra aprender que limites são meras convenções. E, gente de tudo quanto é canto me deixou ver isso.
Nas suas entranhas, baús e segredos: Suas linhas do Horizonte.
Amo essas pessoas pelos anos que tive em 2011.
Incríveis mesmo.
Até agora me pego pensando se elas são reais ou fruto de mais um sonho.
Vivi um sonho e foi tão real.
Trabalhei.
Trabalhei duro pra me manter sã e muito pouco por um objetivo.
Limpei os sapatos de Rick Martin, Costurei roupas da Britney Spears, Levei gente pra ver a praia pela primeira vez, Escrevi projetos, carreguei caixas, abracei estranhos e isso nem sempre foi um trabalho duro.
Dar é melhor do que receber.
Distribui amor e tenho ele triplicado. Sinto ele quando acordo. Quando recebo mensagens engarrafadas ou sussurradas ao pé do ouvido.
São coisas que duram uma noite inteira ou só uma vida.
Publiquei um texto. M-E-U.
Um dia de cada vez e fiz uma tatuagem depois de passar 18h sem parar dentro do pior ônibus do mundo entre La Paz e Cusco com um motorista contrabandista. Depois da aduana arrancar todas as paredes do ônibus no meio de uma chapada peruana, tive certeza que sei me virar. Todo mundo sabe. Se você ainda não sabe, trate de descobrir logo.
Depois de algumas coisas, outras ficam pequenas. Então, fazer coisas grandes parece natural.
Tá escrito " além" no meu pé... É pra onde ele inevitavelmente vai.
Em qualquer situação, me vi além e sigo.
Reencontrei. E a mim mesma também.
Uma nova eu.
Pronta e renovada.
Pra outros. Isso é meta permanente: olhar pro lado e ver se posso fazer alguma coisa viva mais feliz.
Pra mais...
O que?
Ainda, sinceramente, não sei.
Que fantástico, né?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Meus presentes.

É que hoje depois de tantos meses. (já tem ano?)
Eu decidi ficar online pra ver se eu consigo dizer desse lado, fazer você entender o meu lado, e ficar bem e entender ai do outro lado o que eu me esforço, misturando as línguas que nem temos, dizer.
Sabe eu nasci com algum defeito de fabricação, mas ele só aparece com você. Eu não consigo dizer.
Falo, falo, falo e você às vezes diz e eu falo de novo.
Minha mãe disse que isso é se importar com alguém, se preocupar com o outro, que eu nunca me importei. Achei meio cruel, mas acho que é verdade.
Não sei o porquê, d'eu, uma " dizedora" quase profissional, não funcionar contigo.
Estou aqui fazendo as contas e, talvez aí seja tarde e por isso eu não te encontro. Você mesmo me disse que pra alguém sempre é cedo. O quanto se espera, baby?
Eu que agora sei que sou importante e sei como foi difícil pra você deixar todo aquele sobrepeso de medo e traições e me dizer. Não sei bem o que fazer. Onde se encaixam nuvens, dúvidas, vontades imensas e diferenças? Quando a gente sabe que é nossa hora de ir sem olhar pra trás?
Paciência, você cantou, temos o mundo.
Então ,porque agora ele parece grande demais?
Hoje começo a entender que Oceanos não separam, nem paredes.
Só medos e falta de decisões. Destinos são mudados, mas eu vou ter que pagar o aluguel e queria sua ajuda pra subir com as compras.
Como falar pro meu órgão mais pulsante que não vamos ter isso? Não desse jeito pelo menos. Não vou esbarrar com você na Lapa, e a casa ainda não tá pronta, talvez nem eu esteja. Quando você estiver pronto me deixa saber? Quem sabe assim eu me apronto também ou aprenda a hora certa.
Paciência, paciência.
Temos um tempo e sei que o fuso é mera formalidade.
Estamos no nosso próprio tempo.
Temos um espaço. Onde? ontem quando cai no sono encostada no vidro de algum táxi do centro de São Paulo, dançamos e rimos. Foi bom estar com você de novo.
Naquele quase sono. Em algum sonho.
E aí, nos vemos por meio de parafernálias e a primeira coisa a fazer é rir.
E rimos.
Você existe, eu também. E isso não é incrível?
E eu fico feliz só por você existir.
Por poder brincar de trocar letras, por sentir algo inominável.
Fico feliz por ver seu sorriso em fotos, em vídeo, nas paredes que você ainda não pixou.
Fico feliz quando vou pegar alguma coisa dentro da minha bolsa e você aparece sorrateiro, como quem brinca de polícia e ladrão, me dá um alô e some entre uma aula e a minha agenda que não tem nem tempo pra mim.
Antes de abrir os olhos tem um sorriso tatuado nos meus lábios, esses logo de manhãzinha, são seus. Espero que você possa senti-los. Espero que eles baguncem seus cabelos que não param de crescer. Talvez seja um jeito bom de medir as saudades, os meus cabelos estão chegando a cintura, você ainda não saiu de mim.
Entre um projeto e outro, vou tentar fazer um coletivo contigo, pra gerir o nosso.
Pra falarmos em dois, pra quem sempre quis ser um. Somar com você vai ser difícil, lindo, natural, de olhos fechados, abertos, saltos em água, sem fôlego.
Lembra as gaivotas que tatuei no pé? Logo pego uma carona com elas. Logo deixo que elas me levem até onde já estamos.
Quero férias de tudo, menos de você.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Tranquila.

E, o que você vai ler hoje?!
Sabia que tem ursos entrando em extinção, Berlusconi caiu e eu não sei o que vou fazer depois do que você me disse?!
Tenho uma habilidade incrível em construir castelos de areia.
Os decoro com o melhor de mim, uso órgãos, expectativas, crio sonhos, dou pedaços de pele para fazer cortinas.
Alguns móveis são as minhas certezas, permito que elas se movam como você bem preferir.
Certa vez você me disse que queria uma geladeira no banheiro e, eu concordei que poderia ser bom beber água enquanto toma-se banho.
Depois o seu capricho foi nascer em outro país, brincar de ser diferente, e pedir que eu deixasse sólido meu castelo de areia favorito.
Tentei aprender a fazer cimento, procurei técnicos, engenheiros, arquiteto.

Todos me disseram: Que o bonito da areia é poder morar no fundo do mar.

"Deixa o mar levar, compre um escafandro, aprenda a nadar em tormentas, evite tempestades, busque os castelos de areia que lhe fizerem falta, que te fazem sorrir".

Hey, você me faz sorrir sabia?!






Da varanda.

das coisas que não são suficiente:
Sorvete, praia, silêncio, vontade de um.

Sim, tem coisas que nem os calos sabem proteger.
No final da tarde vou rezar pra virar borboletas tatuadas nos cantinhos da minha janela.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

E, se um dia você ouvir falar de mim, não esqueça que passa.

ps.: Jaya Magalhães, não consigo comentar suas líricas :/

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ramon`s show

Meu primo está em um reality show.
Até ai nada muda. Não?
Há dois meses chego atrasada toda segunda e sexta... Dias seguinte a exibição do programa.
Fico nervosa, não consigo dormir e xingo todos os outros participantes que ousam fazer alguma coisa contra meu Ramonzinho.
A gente acha que não tem tempo pra nada... Até que alguém que a gente realmente ama precisar da gente.
Não que ele precise agora, porque em tese isso já aconteceu há duas semanas...
E, em tese eu não comeria baratas e nem ficaria 5s de baixo d`'agua...
Mas, eu preciso mesmo dele. Ver se ele está bem, ver como sua força de caráter que, herdamos nos genes, é, assim mesmo,visível a olhos nus.
O Rá é o cara que sempre esteve aqui.
Nunca brigamos, não temos espaço pra isso.
O mais perto que chegamos disso foi quando moramos juntos e uma vez ele pediu pra eu não deixar minha bolsa jogada na sala. (treinando a paciência dele)
Ele limpava a sala, tirava o cabelo do ralo, a comida da pia... Ele não sabia mas eu estava treinando ele!

-Rááá, tem uma barata aqui!

E, lá ia ele matar a pobre... (ou lá ia o pobre matar ela...)

As certezas são líquidas... Alguns dizem que o amor também...
O Ramon - desculpe-me pós-modernidade- ele é sólido!
Independente das tensões da vida, Rá, você já é nosso campeão!
Mas, isso não é nenhuma novidade...
Você já era meu campeão desde sempre...
E, ganhou pontinhos extras quando segurou minha mão, me emprestou o ombro, um pedaço do edredom e se dedicou a me entender, a xingar quem não gostava de mim do jeito certo, a colocar pra correr quem não quis de verdade ficar...
Meu campeão, quando me ligava pra me encontrar no chinês da glória pra dividirmos um yakissoba, ou quando fazia o jantar e lavava a louça... Isso não tem preço e nem tamanho.

E, vamos rir disso?!
Quantos sorrisos você me emprestou quando eu não sabia mais por onde começar? E não sei como se mede... De quantos metros você se lançou?

Queria, hoje, poder te ligar... Já tenho pensado nisso há algum tempo.
Me apavora a idéia de você estar sozinho aí... Ao contrário do que o senso comum acha ou espera nem todo Homem é uma Ilha... E, quando eu tentei ser, você como sempre, prendeu o fôlego e me afogou de lá, me ensinou a respirar de baixo d`'agua.
Queria hoje ser um pouquinho você e te dar o meu fôlego. Falta pouco!
Não falta nada!

Te amo e estamos todos te esperando.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Minha Ma.

Todos temos amores.
Todos temos incertezas.
Precisamos adequar nossos príncipes encantados.
Meu príncipe?
É uma princesa. Me conhece do avesso.
Me conhece a distância, do outro lado do Oceano.
É alguém que está comigo, sempre.
E estar com ela é natural.
Nossas buscas se esbarram e se sentir segura depois de tanta tormenta, é muito bom.
Ela é o tipo de pessoa que está do meu lado, é do meu time mesmo sendo flamengo.
Amar ela é fácil.
Ela é uma parte de mim.
Sentimos juntas, choramos juntas e resolvemos um mundo olhando uma pra outra e rindo.
Foram vinhos, tardes e muito frio.
Foram loucuras.
Foi sonho. Querer o impossível e acreditar.
Não se deixar desistir.
Estar do lado, apoio e vamos!
Obrigada por ser a pessoa certa em todos os momentos certos.
Te amo, meu bem
De muitas e diferentes formas.


sábado, 8 de outubro de 2011

Sobre todas as minhas incertezas, só posso te contar que elas andam piores.
E correm
As esperanças podem ser insustentáveis.
Então, sento com elas... Deitamos e estamos aqui pensando no que fazer.
Esperar ou acontecer?
Nunca não soube como agora.
E, até as belezas me escapam.
Quais são as suas competências?
Quero anúncios em praças públicas, quero registro em cartório, quero verdades inteiras.
Quero não poder mentir, nem pra mim, nem pra você.
Por onde se começa a construir alguma coisa?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A/C de Ana Nicolino.

Então há um ano atrás eu sei exatamente o que estava fazendo...
O que será da Bia e Ricardo?
Eu realmente penso neles... Quando penso nela, lembro d`ela tirando fotos nossas no corredor...
Será que hoje em algum lugar do mundo alguém está em uma festa de calouros?
Você nunca me contou como achou a cada do seu Pedro.
Lembra quando meu cachorro morreu e a gente saiu pra tomar vinho?
Eu não tenho fotos daquele dia... Lembro que foi a única vez que usei aquele vestido bordô...
A gente leva tanta coisa na mala que não usa, né?!
Quantas madrugadas? E manhãs? E lasanhas?
Como se mede coisas imensuráveis?
Espero que você encontre seu caminho de volta...
Toda volta é também uma ida. E pedaços podem ser colados, amizades reatadas, casa arrumada e quase toda mancha sai com Vanish, baby.
Espero sorrisos... Não gargalhadas, essas são comuns.
Desejo sorrisos calmos, certos, de canto da boca...
Daqueles que saem pelos olhos, derrubam paredes, reverberam na alma.
Que nesse seu dia, que foi nosso a Nostalgia sirva pra mostrar o quanto a vida é boa e imprevisível.
E daqui há um ano?!
Quantas vezes você quer enfiar o pé inteiro na areia quentinha?
Dormir tranquila...
Comer seu prato favorito até doer a barriga?
Ouvir de alguém que te ama algumas verdades nuas?
Comer peixe cru?

Eu?! Quero te abraçar logo! Rir de alguma bobeira, chorar pelos pontos finais que queria que fossem reticências...
Talvez você possa me ajudar com isso... Na realidade acho que você é a pessoa ideal.
Vamos pintar outros pontos? Vamos encarar finais e planejar começos.

Você que chegou no meio do almoço de um dia qualquer e ficou pra passar o Natal, tomar café da manhã... Lembra que você ligava de manhã pra acordar a gente?!

Obrigada por chegar na hora certa, por fazer parte da história mais bonita.
Tudo de lindo! Tudo de verdadeiro!
Tudo de muito bom!
Tudo de sonho!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Porque você parou de escrever?

No fundo desse olho seu-meu, eu vejo o que não posso mais escrever.

Esses tempos de agir me deixam sem mãos pra tocar o que se precisa de toque,
Pra traduzir,
Pra entender tudo que precisa de mim.

E, nem por um segundo esqueço seu abraço.

Tatuo em algum lugar das minhas lágrimas que viram pele pra tentar lembrar um dia qualquer...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Todos os degraus ou cansaço.

Já que agora ela vai ter que acordar cedo resolveu comprar o despertador.

O primeiro.

Tirou a carteira de trabalho e descobriu que os tênis moderninhos vão ter que esperar o próximo final de semana livre pra saírem do armário.

Ó vida, essa que tem que ser vivida. Todas as suas gotinhas e suor.

Estar dentro de um arranha céu é menos charmoso e mais complexo do que poderia supor.

Deitar a cabeça molhada no travesseiro em uma noite quente é a sensação que precisava pra aquele dia que anunciava o primeiro verão em dois anos.

Ela sabia que no final desse verão raro haveria outra razão pra esquentar tudo em volta.

Sentir que as pernas estão se moldando de tanto correr atrás, concentrar-se no bem que se faz. Um dia de cada vez. Um dia de cada vez. Deixar o coração crescer desordenadamente, como cidades em desenvolvimento sem qualquer plano estratégico.

Quem nunca se apaixonou hoje, não mora no Rio.

Tenho resolvido as pendências, to colocando a casa em ordem e vou trocar o colchão pra quando você chegar só ter mesmo que me preparar pimentões com arroz.

Só ter mesmo que me espreguiçar, espantar a saudade, me tirar pra dançar.

domingo, 28 de agosto de 2011

Além.

encontrar o que eu quero e deixar ir tem sido um exercício constante.

Amanhã mais um passo, mais uma corrida, um ônibus e muita vontade no caminho.

Vou nessa.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Qualidade rara de sereia.

Descobrir novas maneiras de querer bem.
Acho que só não consegue o que quer quem se distrai.
Objetivo.
Fechar e deixar solto.
A velha história dos barquinhos.
Ele existir é a mais bonita prova de que no fundo a menina que sonhava com príncipes e almoçava abóboras não estava assim tão errada. Estamos certas em crer demais, sorrir demais e acordar tarde.
Fuso horário só mostra que nossos ponteiros ainda não estão no mesmo compasso.
Acertaremos o passo, e dançaremos.
Palcos, pistas, seu abraço enorme pra sonhar.
Preparei o terreno.
Tirei todos daqui. Sem matinho nenhum.
O solo espera agora a hora certa da árvore ser transplantada, criar raízes, frutificar, florescer.
Amanhecer e mãos dadas.
Tenho aprendido, apreendido que amar tem mais de dedicação e cuidado que poderia supor.
Amar é como vestir pensamentos com véus de nuvens, olhares generosos, chocolate e espera.
É carnaval de carinho e pestanas.
É tentar chegar mais cedo mas perceber que sempre é bem no tempo.
É fazer planos de cruzar Oceanos, trabalhar duro, escrever o que tem dentro do peito enquanto as mãos não alcançam rostos, pernas, algodão e muita, muita saudade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pra dizer ciao.


Carregar as malas.

Dizer tchau ao que tanto se amou.

Aonde tanto se amou.

Perceber que o que a gente leva, a gente já tem...

E o resto é poeira.

Já que você vai por último, já que você é quem teve força de ficar até a última música...

Lembre-se de apagar as luzes e guardar as estrelas.

Lembre-se que nos vemos e nem por um segundo estamos distantes.

Amor é amor e ri.


Vai com tudo, bebê.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Já sentiu um profundo amor por tudo e todos?
Amor pelo líquen que faz as pedras mais frágeis ao carinho da mão.
Já sentiu amor pelos desencontros?
Eles te livraram de caras chatos, de mentiras, te fizeram ter força pra partir em uma cruzada em busca daquele que coloriu seus dias, né?!
Já agradeceu hoje de manhã a existência das llamas, alpacas, de você e de mim?
Descobri uma nova capacidade de amar: o desconhecido!
O meu velho conhecido mundo veio de dentro me ensinar mais coisa.
Os Incas, Camile, Vivi, Raffa, Hugo e mais um tantão de gente com quem eu cruzei em vagões de trem, bares e filas. Obrigada vocês!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Bolívia

O fuso é só de uma hora... A maioria é brasileiro e isso não parece justificar essa mexida toda.
Tá tarde, tá cedo demais.
A Bolívia parece pra mim um retorno a um lugar que nunca fui.
Os cheiros, gostos e sotaque. A gente que parece um pouco comigo.
Nosotros, latino americanos.
Sinto uma unidade nova. Faço parte e me sinto tão igual.
Essa igualdade que me faz sentir todas as minhas diferenças.
Virei um tipo híbrido?
Acabei de ler a minha importância na vida de alguém.
E, ele que me perdoe: eu fui enorme, né?
É triste quando se poupa e sinto muito por você, cara.
Acontece.
Às vezes é só isso: Acontece. Aconteceu, né.
Como dizem nossos hermanos: que pasa? no pasa nada. paso.
El paso que vamos.
Acontece de eu achar as respostas e torcer pra encontrar de novo quem nasceu espontâneo, nasceu do meu passo em direção a sorrisos limpos, verdades doces, flores reais, assim, bem matinal.
Talvez eu já soubesse.


sábado, 16 de julho de 2011

Latas de salsicha.

Quando eu cismei de ir pra Lisboa mais dura que côco, Marina me acompanhou na loucura.
Tínhamos X de dinheiro, precisávamos de X+2.
O que fazer?
Podíamos ficar em casa, comer bem e ponto... Ou, poderíamos sair, andar pela cidade, andar pelos vinhos, comprar aquele vestido perfeito que a H&M insiste em vender sem pena do meu orçamento etc.
No entanto, escolhendo a segunda opção entramos também em uma dieta: nada de carne.
A carne por aquelas bandas é item de boutique e não se adequava em nada aos nossos bolsos.
Depois quando as festas aumentavam e o dinheiro diminuía eu e Marina inventamos uma brincadeira: Tínhamos que gastar 10 euros e comprar tudo que iríamos comer em uma semana.
Quem achasse os itens mais baratos ganhava pontos.
Eu no início ficava meio deprimida, como assim não podia comprar bacalhau?
Eu nem sei preparar, mas ficava triste por pensar que não poderia ter tudo que eu poderia querer, e nem queria. Olha que doideira!
O dia mais feliz para Marina foi quando ela encontrou uma lata de salsicha por 38 centimos.
Ela quase gritando "Annanda, vamos comer salsicha!!! Vamos levar duas latas!!!"
Eu fiquei chocada. Mas, Marina me ensinou muito mais do que ela poderia imaginar.
Ela só estava feliz,
Mas, ali, no meio do continente do Colombo, ela me ensinou que temos sim que ficar feliz com o que temos, com o que podemos ter.
A caça as salsichas deveria ser o objetivo diário de todos.
Sempre temos muitos pontos de vista. Eu estava ali triste porque não poderia ter tudo, enquanto Marina me mostrou o quanto deveria ser feliz, pelo simples fato de que teríamos salsicha para o jantar.
Não é deixar de querer mais, é querer mais porque sabemos que temos o melhor pra hoje e devemos querer sempre o melhor pra amanhã também.
Começamos a rir. Compramos duas latas. Elas entraram de vez pra nossa dieta e pra sempre pra minha visão da vida. Quero caçar latas de salsicha em promoção!
Sempre temos duas possibilidades: Porque não escolher a de rir disso tudo?

E, você, já achou sua lata de salsichas hoje?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

certas.

Eu nunca escrevi sobre ela, dispensamos obviedades.
Ela não lê meu blog, eu acho ela metódica às vezes.
Nos conhecemos dentro da barriga, mas a cabeça dela provavelmente foi feita anos antes de nós. rs
Tem certas coisas que eu não sei dizer.
Ficamos meses (primeira vez em 24 anos) sem nos falar, imagino o susto dela quando me atendeu do outro lado do mundo, desesperada: "Pego o avião ou não?"
Ela me ensina a ter calma e eu sacudo ela.
Somos uma equipe improvável e perfeita. Ela me fez aterrissar, decolei e ela me ajuda a aprender a voar.
A vida (ou algum complô secreto dos nossos pais cansados de pagar telefone) deu mais voltas que nossos cabelos ao dançar Spice Girls na festinha da Igreja e nos fez cair na mesma Universidade, no mesmo curso.
Sem ela não teria levado a Produção tão longe, morar em repúblicas nunca foi fácil e sua casa era e é refúgio pros dias difíceis.
A mesma toalha sempre me esperando no box pela manhã, minha escova de dentes e o lençol que eu gosto mais. Como um ritual, pra quem não tem rotina é bom ter essa, eu sou mais feliz por ter esse combo na minha vida.
Sua família não tem o mesmo nome que o meu por mera convenção... Porque os sinto meus.
Minha tia, meu tio, O estrogonofe do Marcelo que é meu também e eu roubo e Aninha sempre rindo de alguma coisa.
O barulho de casa que eu gosto de estar.
Hoje, a Rê me deu o melhor presente que se pode ganhar: um nome escrito em agradecimento na sua monografia.
Agradecer? sério mesmo? Eu só encho o saco dela e no fim do mês eu ainda ligo a cobrar.
Mas, de algum modo ela talvez veja em mim o que eu vejo nela: certeza.
Nesse mundo louco é bom ter umas.
Ela é uma dessas raras e preciosas.
E, sim, ela é minha amiga de sempre.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Satisfeito, sorri.

Talvez no dia em que eu não signifique mais ímpar, nem ser sozinho.

Nem ir dormir com minha cueca do tigrão enquanto o Rio faz amor seja a melhor opção.

Sabe, ãs sextas e véspera de feriado é só ficar em silêncio que se ouve pelas ruas da antiga capital brasileira os gritos e sussurros, os mocinhos ensaiam tapas, vinho e lulu santos.

Às cariocas bastam o jeitinho delas andarem e a fingir que acreditam nas promessas que já cansaram de esquecer.

Ou no dia em que eu resolva gritar o grito entalado na garganta, como no dia em que descobri que o cara que eu julgara- tão estupidamente- ser alguma coisa estava há três anos fudendo a minha melhor amiga. É feio falar isso né? Me soa tão amargo... Mas, feio mesmo foi quem fez.

A eles restou o cinza e quiçá alguns buracos negros n`alma.

Quem sabe no dia em que eu fale que goste e possa ficar, que não explique minha paixão sem me desculpar 'Que não justifique oceanos como única razão para não casar, comprar geladeira e falar que você é muito mais lindo de pijama do que pode supor.

Que as milhas possam ser contadas em centímetros, ou nos passinhos que meus dedos tem que dar pra chegar ao seu umbigo, as feridinhas do seus braços. E, talvez nesse mesmo dia eu não precise mais esperar mais que cinco minutos pra te ver.

No tempo em que montanhas-russas sejam certeza e traduzam-se em beijinhos ao pé do ouvido.

No exato dia em que eu puder ser de verdade, falar em manhãs e finais de semana.

Talvez nesse dia as constelações resolvam parar de tilintar em minha homenagem, o mundo decida girar ao contrario e volte ao exato instante que eu não devia ter nos deixado escapar... foram muitos.

Não sei se devo me sentir burra, ou se entendo... É estranho reconhecer um sorriso depois de ter acreditado em tantas próteses.

Tenho dedicado meus dias a antropologia, tento entender o Homem pra ver se entendo você, busco a Humanidade e acredito que ela possa me fazer desistir de pegar o próximo vôo pra andarmos de bicicleta.

SAssim, sem promessas, só as variantes de quem pode ser tudo.

sábado, 11 de junho de 2011

it.

Sobre o lugar mais distante do mundo.
Queria mesmo saber de que jeito te chego.
Não sei o que sinto, sinto muito.
Quais das mensagens engarrafadas que jogo nesse Oceano que insiste em existir chegam até onde você está?
O amor acaba quando a capacidade de associar coisas boas ao ser amado diminui gradativamente, eu leio neuropsicologia, sabia?!
O amor existe quando associamos coisas muito boas a alguém. Nosso cérebro funciona em função disso.
Vou esquecendo seus pedacinhos na mesma medida que lembro de detalhes, das suas pintinhas e do seu sorriso permanente, você ri enquanto fala e acho isso uma arte, você ri enquanto existe.
Se estivêssemos, se fossemos...
Não quero esses tempos verbais, mas, por hora, são os únicos possíveis.
Tudo que poderíamos ser e talvez sejamos mesmo.
Como falar pra você que eu to louca? Que eu amei aquela música que você me mandou que repetidas vezes fala que não vai deixar ir, você não deveria ter me deixado ir.
E talvez por isso eu não saiba bem onde devo ficar.
Vamos fazer um acordo?
Enquanto decidimos o que atravessar, pega aquela sua caixinha de coisas boas e me coloca lá dentro mesmo.
Me guarda que eu vou te guardar também.
E assim que decidir se fico com você pra sempre, te deixo saber.
O lugar mais distante do mundo sou eu mesma.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todas as coisas sobre mim.

Eu nasci no dia dos namorados e detesto ervilha.
É quase uma religião.
As coisas demoram a passar, mas quando passam não tem volta, baby.
Aprenda a gostar logo de mim, porque é assim mesmo.
O sorriso é quase sempre estampado, as dores são fundas e eu não costumo me arrepender.
Em caso de arrependimento corra comigo para a cama da minha mãe.
Lá é o único lugar seguro no mundo.
Faço festas dentro de mim.
Quando tudo fica normal demais, largo trabalho, arrumo um curso novo..
Foi assim que fiz duas faculdades, cursei japonês, percurssão clássica e me especializei em freelancers.
Falo demais, como demais, amo demais, espero demais.
Tente não me decepcionar, costumo entender e depois esqueço, inclusive você.
Gosto de cultivar carinhos. Lembra daquele menino que quase ficou pra sempre?
Adoramos trocar segredos, falar de amores, se a distância não existisse poderíamos até tentar uma ou duas cervejas.
Assim. Gosto de frases sinceras, simples. Tenho preferido as de um certo rapaz que chegou grande, cheio de coisas engraçadas, desencontros.
Acho mesmo que a vida resolveu me dar um descanso depois de tanto caixote.
Acho mesmo que esse tempo é pra criar força, exercitar coragem, merecer mais.
Sou sortuda.
Ganho rifa, bingo, os melhores do mundo vão desfilando na parada de sucesso que se tornou a minha vida.
Em pouco menos de uma semana vou ter q idade dos meus pais quando casaram, confesso que isso é um peso.
Mas, descobri há pouco que estou tão comprometida quanto eles na minha idade.
Minha felicidade e a de quem eu amo carrego como aliança.
Todas as coisas sobre mim não dariam aqui, não cabem em mim.
Tento fazer dos meus órgãos invisíveis meu jardim secreto.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Isso sim é oração.


Quero tomar café em Istanbul.
Quero ficar no sofá, em silêncio. Do lado do Tuna, porque não precisamos falar nada.
Quero ligar pro Gui de 5 em 5 minutos e chamar ele pra comer o bolo que minha mãe vai fazer no fim de semana.
Quero ver House com a Má 24h ininterruptas.
Quero que o Gui meu irmão saia pra tomar um chopp com as espanholas na cinelândia e me chame pra encontrar com eles antes de irmos pro Bairro Alto.
Quero dormir na Renata e ir com nossas famílias para Minas e sentir que as duas famílias, são mesmo uma só.
Quero passar o final de semana em Itaipuaçú com meus primos e voltar Segunda pra Lisboa porque tem Minimercado e a Karol adoraria se acabar lá... Comigo, Má, Giulia e Seiji.
Quero comer a pasta que o Fredinho vai fazer no quintal dos meus avós, lá em Realengo. Com o bacon da fazenda do Michelle. Quero o Marco e meu pai gritando pra eu me arrumar rápido.
Quero mesmo que a Lara xingue "puta que pariu" no aeroporto enquanto planejamos nossa volta ao mundo...
Mas, antes do próximo vôo quero uma cerveja na primeira esquina, na Lavradio. Com Petra, Petr, Pavlinia, Bila e Monique... Não sei porque acho que meus amigos de negócios, mesmo vivendo em mundos tão diferentes, poderiam se entender muito bem.
Quero minha mãe me acordando em campo grande com pão com nutella para passarmos a tarde em Madrid tomando Sunny de frutas cítricas.
Quero Aninha e Bia com Ygit na cozinha da minha casa... Uma falando das histórias de sempre e o outro ensinando uma receita tão turca quanto seu sotaque.
Quero Kazim ensinando a minha vó a desenhar e fingindo que entende o que ela fala.
Quero Ana, Laura, Fran, Thais, Carol, Eloá e Lorena dançando até o pé ficar com calos.
Quero Fandangos e Mariana.
Quero aula de introdução a computação com a Martha e encontrar com Mabel, Ana, Marina e Sylvia para um licor de negro café!
Quero Renata e Juliana treinando Francês, enquanto comemos um pan au chocolat no café da Amelie, depois de pegarmos um Sol em Ipanema.
Quero Lu e Helena e o barulho de casa cheia, cheia de gente, amor e confusão.
Quero um final de semana de festa em São Paulo com Javi e Ju Braz.
Uma biblioteca com um Utku sorridente, dividindo torta de maçã com Clarissa e ouvindo suas lorotas e do tempo que ficamos um ano sem implicar.
Quero ir a Disney com a Mari, pra acreditarmos de novo, juntas, em conto de fada.
Quero que meus amores morem comigo, quero morar em todos os lugares que amei.
Diante de tantas impossibilidades, resolvi querer tudo e muito.
Quero todos os absurdos, porque pra mim parecem perfeitamente possíveis na sua improbabilidade.

ERRATA: Quero até as possibilidades... Porque não?

Camila e horas no telefone mesmo enquanto estamos uma do lado da outra ;)


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Claro.

Sonhar com você deixa a vida real mais difícil.
Acordar é abrir os olhos e te deixar no travesseiro.
Quero muito tirar essas coisas do armário. O criado mudo tá quase berrando de tanto que ando sonâmbula e falo de você pra ele.
Aquele abraço arrancado... Eu sei que congelaríamos ali.
Cruzo os dedos, simpatia, gosto de você antes de dormir.
Vivo acordando de sonhos despertos, no meio do dia.
Elevadores, escadas, filas, aviões, navios, inscrições.
Quanto vai acordar pra você e pra mim?
Deixar os cabelos soltos, o vento bater, engolir... Deixe também!
Conto os minutinhos pra cada pedacinho seu.

domingo, 15 de maio de 2011

"Não se pode viver sem amor"

Hoje precisava te contar... Amor, amor mesmo é comprar briga e vender fiado.
Amor é defender, brigar, fazer cosquinhas, pedir desculpa e rir de piada velha.
É tomar partido, ouvir com os olhos cheios de lágrima.
Amor é meu pai na churrasqueira, minha mãe no telefone e meu irmão me irritando, me fazendo rir.
É fazer planos de loteria e incluir o ser amado na divisão das cifras.
Amor é a lasanha da Marina.
Amar é se espantar, como amor pode ser grande!
Como há coincidências quando a gente ama...
A cor da camisa dele nos meus olhos, as penas do edredom na minha blusa...
Tudo empacotado na mais perfeita desordem.
Amor é respirar aliviado por saber, que mesmo do outro lado do mundo tem alguém que fica mais quentinho quando pensa em nós, bicicletas e cuidado.
Amar é confiar, parte de você que é vital... Seu coração e grande parte da sua sanidade mental.
Vi o filme "Não se pode viver sem amor".
Nunca vivi sem amar.
Amor é cansar de ser sozinho.
É carregar as compras do mês, é fazer carinho com a presença.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Bebê"


O nosso amor não foi a primeira vista... Amor precisa de tempo e acontece. Amizade é o amor tranquilo, o amor que pode ter certeza, e eu tenho.

Guilherme, o Polita, logo após eu chamá-lo para uma pizza no cortiço me liga:
"-Annanda, chegou meu roommate... Ele é turco e não fala nada de nada, ele não conhece ninguém, é o primeiro dia aqui... Posso levar ele?!"
Respondi: "Porra Gui, vai trazer um homem bomba pra minha casa?! hahaha Tá tranquilo! Traz mais bebida então..."

Encontrei com eles perdidos na rua, eu de pijama. Desde esses primeiros minutinhos soube que ele tinha chegado pra ficar. Sabe dessas coisas que parecem que já aconteceram antes? O Tuna é assim pra mim.

"Isso, menina, é muito normal"."

Ele chegou... Não é que era bonito o danado?!
Em dois segundos todas já estavam devidamente derretidas pelo turco.
Prestativo e cuidadoso, não entendia nada que aqueles brasileiros tagarelas falavam sem parar.
No segundo dia ele me esperou 3h. Andamos e chegamos em um lugar lindo, daqueles que você pensa quando fala em Europa, com direito a toalha xadrez vermelha, nós 4 sentamos pra tomar vinho.
Na época que precisávamos de tradução, Ana fez as vezes.
Perguntei se na Turquia cortavam a mão das pessoas- santa ignorância da minha parte!- ele quase me matou e, aluno de direito que é, me deu uma aula de constituição Turca.
Aprendi muitas outras coisas e de como podemos ser parecidos com alguém que supostamente deveria ser tão diferente.
Com o tempo aprendemos a amar as diferenças também.
Imitei uma cantora de Fado, e foi ali nas ruas de Alfama que ele me disse, mais tarde, que ganhei o título de "amiga mejor".
Foram esporros e almoços, ligações, cafés, cervejas e encontros.
Foram histórias. Eu saber mais dele do que podia supor, ele me conhecer só de olhar.
Não me deixar chorar por quem não me faz feliz, roubar um sorriso, me chamar de idiota.
Dividir cama, reclamar da bagunça e do atraso: - Bebê, precisas chegar na hora!!! Metade do tempo que passei em Lisboa foi te esperando! Como vai ser seu futuro assim?

Temos piadas internas, caralho que sim! ;)

Ele me mostrou uma nova forma de amar logo depois que subiu com todas as minhas malas e com as da minha mãe até o seu apartamento, que fica no último andar das Janelas Verdes, 13.

Ainda dormindo: "- Annanda, ainda tem alguma roupa no Brasil????!!!" hahahaha

Eu posso viver atrasada, mas você chegou na hora, bebê!
Eu não sei vocês mas eu tenho um irmão que nasceu de outra mãe e outro pai...
Mãe essa que virou minha amiga sem que eu nunca tenha a visto pessoalmente.
Considero a sua família a minha e sei que a "Tia lulu" é a carioca favorita dele.
Em suas palavras: A mulher mais doce do mundo e com melhor português.
Meu irmão de sangue diz que sente que o Tuna está na próxima esquina, de tanto que falo nele.
Talvez ele esteja mesmo.
Eu tenho um irmão que nasceu há quase oito meses, e eu não imagino mais minha vida sem ele.
Sinto sua falta sempre!
Tuninha é alguém que me faz feliz, hoje, pelo simples fato de existir.

Ah! Como vai ser meu futuro?
Isso eu ainda não sei... Mas, sei que você vai estar nele.

domingo, 1 de maio de 2011

Alguém pra passar.

Com golpes de pincel.
Escolhi os melhores lápis coloridos pra pintar esse tal amor que ninguém mais vê.
Mas nem eu vejo!!!
Que devo eu desenhar?
Todos os vagões estão cheios demais querido... Vou te devolver pra velha estação.
Pra estação que tentamos nos encontrar mas esquecemos de escolher o fuso...
Era uma hora pra você, é uma outra hora pra mim.
A tua solidão me dói, como cantam os Hermanos.
Sei de todas as mesas, as que dividimos e as que não vamos dividir.
Não tem como não pensar que alguma coisa aqui está errada demais.
Tem algo fora do lugar e olha que hoje quando cheguei guardei os tênis.
Eles furaram, não são eles. Nem é você.
Se é igual, serei eu a diferente.
Não procure mais, não estou.

sábado, 30 de abril de 2011

Pra já!

Quanto tempo você vai levar pra levar aquele tênis pra passear na orla que está há três quadras do seu traseiro?

Pegar uma fila, mas tomar iogurte na manhã seguinte... basta de pizza gelada!

Se você quer chegar aos cem e conhecer o mundo de mochila, as coisas precisam mudar por aqui!

O sangue começou a correr mais rápido pra ver se você se apressa também em fazer essas coisas que deixa pra próxima segunda.

Não tem nada pior do que medir pressão... Tem coisa que é imensurável.

Ficar sem notícias é uma delas.

sábado, 23 de abril de 2011

Vamos.


Achei primeiro que o problema era fonte... Pesquisei nos meus sites favoritos imagens...
Depois achei que era falta de drama... Resolvi ressucitar todos os amores, pseudos, casinhos e dores de cabeça do passado...
Nada!
Depois cismei que deveria ser o layout... E coloquei essa titica de fundo.... Uma prateleira cheia de livros...
(Estou lendo 4 ao mesmo tempo... Larguei uns 3 no último mês. Nenhum deles parece ter história ou argumento bom o bastante que mereça minha atenção)
Achei que era falta de contato com o outro... Fiz contato.
Pensei até que eu não estava tentando o suficiente... Soltar as amarras, me permitir.... Esse blá, blá, blá todo.
Fato é: Não sai nenhuma letra legal, frase de impacto... Algo que me comova.
Nada me comove demais.
Hoje vi minha mais nova prima andando, o menos mais novo aprendeu a falar, o seguinte na fila decrescente hoje pôde me mostrar que aprendeu a ler. Isso é uma coisa bem legal e foi uma coisa que nas últimas semanas valeu a pena... Mas, sem maiores frases, reflexões.
Só é bom... Incrível, fantástico... Ok, bom.
Vou continuar me esforçando, quem sabe em um próximo parágrafo não encontre a velha eu... Tomamos um café e decidimos... Quem vai e quem fica.
Enquanto isso essa nova e remendada, tenta em vão buscar a inspiração que transpirava.
Tô achando tão bobo escrever quando se pode tocar.
Nem que pra isso seja necessário fechar os olhos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

é Aqui que mora a sua falta.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não consigo mais escrever nada que preste.
Alguém faz favor de devolver o que eu achava que era bom em mim?
A boêmia, sociável e inspirada foi tirar férias e não voltou...
Tô chata, saudosa, reclamona e inventei de desenhar.
Meus desenhos tem o mesmo distúrbio que as letras tinham: não tem um lugar certo e uso cores bem estranhas.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Do que pode ser culpa.

Hoje foi aniversário de um irmão meu.
Não falei com ele, não sei mais seu número.
Esse meu primo que foi criado em parte pelos meus avós, em parte pelos meus pais, transformou-se em um irmão mais velho...
De mais velho só seus três anos que constava em alguma certidão.
Ele sempre me teve como exemplo.
Prometeu que sua filha mais velha seria minha afilhada... Também não sei mais dela.
Não sei se me culpo, não sei se existe culpa.
É chocante você ver um pedaço seu se desgrudar, sentir que o que antes era sangue, domingo e ovo estalado no prato cor de abóbora, hoje cheira a naftalina e a falta de notícias.
Lembro de quando meus pais me contavam de como eram amigos de seus primos, que alguns eram irmãos de criação também... E, eu do alto dos meus dez anos ou qualquer coisa ficava revoltada com eles, com sua falta de cuidado...
Como se perderam?
Como não tem um número? Endereço?
Cadê os finais de semana, o bolo de aniversário e o primeiro pedaço?
No que se transforma uma família quando passa?
Hoje, esse meu irmão deve estar dormindo mais velho... 27 anos...
Ele faz o favor de envelhecer na minha frente, assim eu me acostumo em ser adulta também.
Ele fez isso com o casamento e os filhos que já são dois... Será que são mais?
Hoje, Thiago, eu pensei em você.... Desejei por um instante breve, sem qualquer senso ou maturidade, que o tempo voltasse, e nossos erros não passassem de perder no megadrive e ser o que fica de fora na rodada. Desejei que nossos erros fossem nas palavras-cruzadas da Coquetel e não no que deixamos de dizer, ou não se entendeu.
Hoje queria nossos avós... Rabugentos, reclamando de você, vendo Chaves, pão da silbene, Coca-Cola, Maggiore e a felicidade que eles traziam ou embrulhada pra viagem, ou na alegria de nos ver... Pura e simples.
Queria os tios e a briga pelocanal: Faustão, Gugu ou futebol?
Queria o cachorro-quente da van da porta do prédio e como você sempre ia buscar pra mim.
Estou aqui ou aí, se você estiver... Parabéns.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Pra ficar.

Alguém tem alguma paixão pra me emprestar?
Trocar?
Vender?
Calhei de arrumar uma dessas bem bonitas, impossíveis e cheias de coisinhas que me fazem querer mais.
Queria querer uma paixãozinha rasa, fácil, dessas incolores. (mentira mentira!)
Só por saber que por hora só posso mastigar alguns momentos e nutrir esperanças.
Inventei de começar a tomar café puro, forte, alto, desengonçado, com açúcar, carinho e bochechas cor de rosa.
Inventei de querer pra mim, pra cuidar, pra sentir falta, pra ser importante.
Todas essas coisas que eu deveria me policiar, sabe?!
Todo mundo usa adoçante, manera na sobremesa e pede pro anjo da guarda segurar a peteca.
Eu me esbaldo... Deixo avisado pra cara lá de cima que dessa vez eu gostei da surpresa... Que ele já pode facilitar, já dificultamos o possível...
Pode deixar ele construir uma ponte, transoceânica.
Deixa ser possível, porque o impossível parece que aconteceu.
Aprendi que acreditar nas sensações é o mais sensato e racional a se fazer.
Saber o que vem pra ficar.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Espero que você entenda e fique do meu lado.

A frase mais simples, a mais difícil.

En.

Estar envolvida talvez signifique respirar alguma coisa ou alguém.
Envolvimento talvez seja o maior compromisso, justamente porque não implica um compromisso, mas, acontece.
Organizar seu dia pra isso.
9h levanto e leio algum artigo que sirva pro meu projeto.
10h vejo como está o clima na sua cidade, se vai chover ou se o Sol resolveu te esquentar enquanto.
Acho que sonhei a noite toda com as coisas que me envolvem.
Elas me levam pra tomar café.
O melhor café do mundo e como, envolvido, serviu.
Mantenho velado, cuidado.
Todas as palavras favoritas do nosso português.
Quantas coisas se dividem com o olhar?
Quantas coisas não precisam de tato pra acontecer?
O que tá no seu sangue, e você escreve por acreditar?
Monografias se tratam disso, amores de primavera também.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

In.Mim.

Não ter mais letras, não saber mais inventar.
Talvez a realidade tenha se misturado demais com o que traduzi, um dia, em palavras.
Elas me escapam.

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Ando pensado muito sobre envolvimento... E, talvez o meu seja tanto com o que sinto que agora é só meu.
Nem meus dedos conseguem mais roubá-los e tentam em vão transferi-los para as teclas, para a tela.
Não consigo mais contar o que me dispara, o que me faz dormir.
Fecho os olhos e sorrio. Esse é o máximo que consigo detectar em palavras e transcrever.
Todas as palavras parecem repetidas e desbotadas demais pra usar pra isso que é completamente novo.
Inaugurei um novo pavilhão dentro do peito e nem sei onde ele fica, mas, acontece.In.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Meu Enorme.

Would you hear me if I told you
That my heart is with you now

She's only happy in the sun

-Ben Harper-

Você saber que pode ser você mesmo comigo me deixa feliz.
Eu realmente preciso do Sol... Preciso de você e do que a gente sente.
Assim... Tranquilo, enorme e sem ligar pra esses meros detalhes... E, guardar todos eles.
Obrigada por me guardar pra você.
Vou tentar continuar ser quem a gente ama.
Você me faz feliz só de existir, sabia?
Um beijo daqueles que a gente nem sabe.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Um par.

Cara, o negócio é... Saudade não passa: aumenta!
A cada dia amo mais as escolhas que fiz.
Amo mais quem eu conheci e me torna mais florida, radiante, extrema e feliz... Quase boba de tão feliz.
Fico triste, mas até a tristeza é feliz.
Certeza que amor deixa as coisas mais bonitas.
Escrevi pra Istambul ontem pra falar que a vida é mesmo surpreendente.
Conheci uma menina do Canadá que contou uma história linda, que esquentou o peito, reproduzo:
Ela mora com uma dinamarquesa, um inglês, um canadense e um brasileiro... Eles se conheceram enquanto estudavam em Lisboa em 2009 e vieram todos morar no Brasil um período... Juntos outra vez!
Não sei ainda pra onde eu vou, mas aprendi que amor é a força motriz... É o carimbo mais importante em um passaporte, é aprender que se tem pra onde ir, voltar...
Por quem atravessar... Essa semana, uma quinta, um ou dois Oceanos... O tempo.
Vou atravessar a gente.
Deixar pra trás e esperar a próxima maré.
Te carregar como todos os desenhos que fiz e vou fazer.
Sentir atemporal.
Já sabia que sempre soube.


quarta-feira, 23 de março de 2011

free fallin.

Só pra ver se quietinha isso passa... Vou poupar as letras dessas rimas azuis que insistem.

Hoje me disseram que amor é a coragem de admitir pra si mesmo que alguém é mais importante que você e seu umbigo.

Depois disso ele imitou algo que me lembrou o que eu deveria me esforçar pra esquecer.
Até penso em tentar, mas nada me parece melhor do que a brotoeja que nem de bebê que o frio faz nos seus braços.

terça-feira, 15 de março de 2011

2 semanas.




Um alguém muito querido me ensinou algo... Ele me ensinou muitas coisas, mas a que está na minha cabeça desde que voltei pra casa e que decido o que fazer com isso é alguma coisa como: ir para não ficar... Ou: não vão para permanecer.
As possíveis traduções que encontramos são quase exatamente contrárias, mas nesse momento parecem falar da mesma coisa: EU.
Ele que de tanto ir parece que fica, me disse que as coisas seguem...
Não sei se vou porque não posso ficar, ou não quero.
Ou se vou justamente pra permanecer, essas coisas que teimam em ser eternas.
Nem sei se vou.
Que a gente só é feliz porque não dura pra sempre... Como se vida só existisse com Utopia.
Entendendo isso é liberado brincar de eternidade.
Ou buscar a graça que se tem em querer entender o que já se está careca de saber...
Promessas, coisas bobas, superficialidades...
Junto tudo e declamo a minha velha nova vida: -Ficar, ir, estar: Vocês, verbos intransitivos, só me cansam e confundem.
Decidi Ser. E, sendo assim: Hoje, como ele me disse... Hoje é o que existe.



segunda-feira, 14 de março de 2011

"Hey, soul sister"

Acabo de sufocar por alguns breves segundos.
Cochilei no sofá do que juram ser a minha casa... Sonhei que estava do outro lado de novo.
Do lado de quem aprendi a amar, do lado do cara que me faz rir no meio do dia, de quem me faz sentir a saudade mais forte e difícil, a mais sincera.
Acordei, e o Big Brother fez questão de tocar a nossa música.
No sonho cantávamos todos juntos, e há umas duas semanas também...
Sinto falta das noites.
Me senti me enganando, mas hoje de dia estava feliz... Aos poucos pego minha vida de volta e meu sonho parece tão surreal quanto o foi.
Não sei se fiz bem, se foi certo... Se esse foi um dos erros homéricos, se eu me arrependo.
Não sei se devia ter ido, voltado, deixado ser comum.
Sinto saudades, daquelas que te ensinei tão bem... E, nas fotos que você não me mostra vejo estampado as suas... vamos respirar juntos?
"traquilo, annanda, tranquilo"- era isso que queria pra dormir.
Preciso das respostas que tenho e sonhar de verdade me faz cambalear... Quero sim tudo de novo!
Do jeito mais infantil, imaturo e de quem não sabe deixar passar...
Como prender entre os dedos?
Não posso te deixar escoar.
A música?

A game show love connection
We can't deny


sexta-feira, 11 de março de 2011

Leite Quente.


Só porque agora me deu uma vontade absurda de falar com ele.
Ele que entrou na sala do curso, enquanto o coordenador português explicava que raios fomos fazer do outro lado do Oceano.
Atrasado, foi bem na hora.
Pensei logo "brasileiro".
Não sei porque... Mas soube.
Novo demais pra eu pegar... Logo vi que era bonzinho demais pra eu deixar ele passar.
Depois de me distrair brigando com o portuga que falou a pérola "Nós em Portugal somos sérios e bem diferentes dos brasileiros!"-Virei onça.
Acho que ele achou graça ou ficou com medo demais.
Menino e branquelo, as espanholas nem acreditaram que era brasileiro.
"Sou do Sul, tchê"
"Sou do Rio, cara." - Falei cheia de marra.
Somos improváveis e por isso nos damos tão bem.
Mais uns minutos e tive certeza que tinha escolhido meu calo, meu branquelo, meu irmão em terras lusas.
Homônimo do meu irmão de sangue, o gaúcho virou meu protegido, mesmo que muitas vezes tenha sido ele a cuidar de mim.
"Oi, minha Morena..."- Aprendeu rapidinho coma malandragem carioca! Danado!
Viu o filho da mãe com a dentuça, não me contou e pagou a cerveja... Devia ter desconfiado!rs
"Compra um celular, traz pizza e vinho."- Disse no tempo em que ele não sabia o que era o mais importante: o vinho. hahahah (Sacanagem! você também tinha importância: abrir o vinho!)
Foram muitas pizza's, feijões, arroz carreteiro e nos empanturramos. (ok, o pavê foi só um....rs)
Apesar d'ele achar que arroz com sanduíche de atum é comida, é uma boa pessoa...Aprendeu meus dramas e sabe fazer cafuné. Não aprendeu a conjugar "trouxer"... mas um dia ele chega lá!
Meu Gui virou um Homem adulto e foi o cara que segurou a peteca, me emprestou a piada e a crise. E depois dessa outra estrada?
Rimos juntos e crescemos. Ele mais do que todos, arrisco.
Ele ligava pra me acordar pra aula e levou chocolate pra tpm, emprestou calça, casaco, cama e o ombro... E quanto ouvido! Muito ouvido!
Trouxe um turco de baixo do braço e me presenteou com uma gaúcha. Eu deixei ele usar minha preta e apresentei a patricinha e deixei ele ficar no meu sofá.
Que grande parceria! Tardes de biblioteca, fuga de aulas, brindes e conversas embriagadas, cúmplices de uma volta ao mundo perfeita, nem que seja uma reviravolta no nosso!
Meu amigo, você faz falta! Você é sempre presente!
Te amo, companheiro!
Uma coisa eu tenho certeza... Apesar de não saber bem pra onde ir: Quem a gente ganha é nosso.

domingo, 6 de março de 2011

Além.


Sempre quis cair no mundo, quem me conhece um pouquinho já tá cansado de saber... Antes de qualquer coisa o sonho maior era ver o que tem "Além do rio da minha aldeia".
Não sabia se era possível, mas sabia que queria muito, quero sempre muito.
Não sei o que eu esperava, mas nunca pensei em algo tão grande...
Que, parafraseando o poeta Caio F.: Tive que quebrar as paredes pra caber.
Há uma semana cheguei no Rio.
Não avisei muita gente, não acreditei muito.

Voltar pra casa tem pouco a ver com pegar um vôo.

Tem muito pouco a ver com isso.

Pra mim estar de volta significa saudades... Em todas as suas representações!

Saudades daqui, dos cheiros e gostos... Estou comendo como uma louca e sinto que assustei a balconista da lachonete ao devorar um bolinho de aipim e ainda com boca cheia pedir um pastel de queijo minas e um guaraná natural, "por favor!"

Saudade, simples.

Saudade da minha cidade do outro lado do Oceano... De todas as palavras que remetem, transmitem e são a minha iluminada e ora gelada Lisboa.

Sabe tem um autor sul americano, que diz que a cidade é feita pelas pessoas, que a paisagem é apenas um pano de fundo, que a cidade é realmente feita pelas tensões de reconhecimento e estranheza entre os sujeitos.

A minha Lisboa é feita de tanta gente que eu amo, que eu estranho e me reconheço.

Deixei eles lá há alguns dias, muitos nem estavam mais lá... Mas, estão.

Nas fotos, no que eu estranhei, no que eu me vi.

Eles me mostraram pra mim, me mostraram o contrário do que a maioria pensa e eu sempre insisti em discordar... E, tive certeza: O mundo é lindo porque tem muita, tanta, tanta gente linda nele.

Me vi em todos um pouco.

Me sinto indo pegar um vôo pra Istambul com o peito apertado e depois feliz por ter abraçado minha mãe.

Me sinto espanhola e aprendi a gostar de sangria.

Sei que pasta com zucchine é a minha favorita e detesto Berlusconi.

Aprendi meia dúzia de palavras em tcheco e polonês e a tomar chá, aprendi que eles podem ser mais brasileiros, ser mais eu que eu pensava.

Deixei eles em mim.
Trago todos dentro do meu peito, deixei que tomassem meus pulmões para caber.
Eles me inspiram fundo.
Expiro porque é justo que tudo que aprendi voe por aí, espalho no vento.

Às vezes respiro realmente fundo, e solto seus vestígios pela minha cidade maravilhosa, conto sobre eles às vezes só pra mim mesma, pra que a gente saiba que tem coisas que são pra sempre.

Eu jamais serei a mesma, eles também.

E, podemos sim brincar de eternidade!

Cada um deixou marcas coloridas, furta cor, matizes ora suaves, ora intensas na minha alma.
Tô enorme!
Alguns deixaram apenas pequenas lições ou roubaram risos de uma noite, com outros eu dividi quarto, comida, banheiro e coração... Todos fazem parte, todos são um pouco cariocas e estão meio perdidos de tanto amor e gratidão pelo mundo e pela vida, eu estou.

Alguns costumam dizer que nos unimos porque estávamos todos sozinhos... Eu realmente acredito que nos unimos porque almas especiais se reconhecem e é a atração natural da vida.

Marina, Guilherme, Ana, Paula, Tuna, Rosana, Manu, Tiago, Rafael, Ricardo, Giulia, Marco, Freddinho, Kazim, Justina, Rafal, Gosha, Marina, Ana, Sylvia, Marta, Mabel, Javi, Javi, Matias, Hugo, Carmem, Sarah, Sara, Lara, Carol, Hector, Victor, Aida, Ygit, Utku, Mert, Petr, Petra, Pavlinia, Natasha, Bru, João Pedro, Maria João, Paolo, Barbara...

A vocês que deixaram meus seis meses de sonho muito melhor: MUITO OBRIGADA!

Vocês foram ALÉM e me mostraram que o Rio da minha aldeia desemboca em um mundo muito mais fantástico do que poderia supor e que em vocês eu tenho casa, abraços, risos, festa e verdade.
Obrigada por me mostrarem que tudo, tudo sempre vale a pena!
Espero vocês pra um samba,
Vejo vocês pelo mundo!
Desejo força nos novos sonhos... Nos seus e nos meus!
Afinal, Toda saída é uma nova entrada e tudo novo de novo!



terça-feira, 1 de março de 2011

See u soon.

Hoje, falta pouco pra atravessar de volta.
Ou em partida... Porque hoje a Annanda é um pouco dividida... Sim, sou carioca da gema, cara.
Mas pode acreditar que tem pedaços meus em todos os cantos do mundo.
As últimas duas semanas foram as mais difíceis... Despedidas e uma sensação de término que sabemos que não existe, mas mesmo assim insiste em nos invadir e a proferir frases fatalistas, melancólicas e bla bla bla...
Não vai ser a mesma coisa, nunca é. Vai ser melhor!
O bairro alto não será mais o mesmo... Mas, veja ele já não é mesmo.
Nossos primeiros dias, miradouro, sangria, shorts e ninguém entendendo nada.
Nada acaba aqui e meus quase 24 anos já deveriam ter me ensinado isso... Mas, a verdade é que nesses dias queria agarrar quem me é querido e levá-los às unhas, dentro da bagagem.
Queria levar pra alguma ilha no meio do Oceano onde viveríamos a la Peter Pan algum conto de fadas.
Vivemos um conto de fadas!
Ontem, algumas dessas pessoas sentou comigo pra rir... Depois de seis meses conseguimos nos entender, paramos de rir uns dos outros e rimos juntos!
Espanhóis, Italianos, Turcos, Tchecos, Polacos e Brasileiros... Levo vocês nas coincidências, nos encontros, no riso que vou abrir quando lembrar das nossas histórias...
São coisas que serão só nossas! Que já são eternas!
Levo vocês na saudade que espero que vocês tenham aprendido o que realmente significa: Deixar ser inesquecível, lembrar com carinho, sorrir, fechar os olhos e mandar energias positivas... Independente da latitude.
Tenho no meu pulso infinitas pulseiras que os mais diferentes amigos me deram para lembrar-los... Eu tenho vocês no coração, isso o tempo não tira.
Trago vocês na palma das mãos, o que vocês mudaram na minha linha da vida.
Muita gente pode não perceber... Mas eu jamais serei a mesma.
Volto com quilos a mais em todos os sentidos, volto com quilos a mais de amigos, surpresas e amores.
Podemos não estar juntos na próxima temporada, mas não se iludam que eu não vá aparecer na sua casa em breve de férias, sorridente, falando alguma sacanagem, dormindo na sua cama, chamando sua mãe de tia, e perguntando o que tem pra jantar...
Mesmo diante de todas as impossibilidades, improbabilidades... A gente é quem a gente ama.

Erasmus Lisboa 2010/2011, Obrigada por terem feito meus dias mais coloridos!




domingo, 27 de fevereiro de 2011

" Como voltar
"No way"
Não sei nem divagar sobre nós
Como voltar
E esperar o prêmio intenso
De voltar pra mim diferente
Vou tentar fazer daqui o meu lugar"

Já encontrou seu lugar?
Por alguns meses tive tanta certeza, e a ingenuidade doce de quem ainda pensa em pra sempre's e eternidades de algodão doce com pipoca e pastelzinho de nata.
Abrir o peito e deixar essa agonia cheia de dúvidas no meio do caminho... Metade do meu vôo de volta é Oceano.
Não sei mais falar sobre os nós, laços e carinhos.
Tá tudo preso na garganta e os dedos não arrancam ainda.
Vai ser tudo meio retardado, atrasado, como eu tenho sido mesmo... Sem timming pra vida e pros momentos que me escaparam no meio dos meus dedos...
Que por serem tão grandes às vezes deixam passar os instantes.
Instantes são tão pequenos e é justo neles que se encerra boa parte da vida.
Ela toda?
Eu todo?
Ele estava lá inteiro?

Vou tentar fazer "dai" o meu lugar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ladeira.

Me deixa saber das faltas que te faço.
Tá urgente.
Atravessar o Oceano me deixa com medo de triângulos, saudades e você.
Hoje te procurei mesmo sabendo que era impossível.
Temporada de noites sem graça.
Sem você.
Hoje me falaram de como você é grande... Meu peito fica pequeno, engasgo, disfarço, quase posso sorrir.
Ir no nosso lugar, pensar que em alguns dias você vai estar no mesmo lugar e eu de um outro lado, eu fico um pouco aqui.
Te espero e não me alcanço.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ou murcham.

Adoro aquelas coisas que a vida faz, quando não temos mais nada a fazer...
Hoje ri das coisas que doeram... me pareceu fácil ser eu e gostar de quem não.
Dancei com todos os poros, parei de sentir... Precisava de um pouco de descanso de tanta informação.
Coisas a flor da pele desabrocham também.

..

Já ficou sem conseguir respirar?
É físico né?!
Dessa vez ainda não deu pra ver a lição... foi a seco, a queima roupa, a torto e a direito.
Com o coração na mão, aperto ele na palma já que agora me falta você.
"Você sempre sabe quando eu não entendo"
Eu sei dessa vez que você entendeu e não sabe o que fazer com isso... Eu também não sei.
Vou seguir seus conselhos e esquecer o ontem...A ordem hoje é ser feliz!
Não te procurar mais na rua e parecer ter te visto em cada esquina... Ontem todos tinham toucas listradas.
Você que roubou tantos sorrisos agora ganhou umas lágrimas para a coleção dos sentimentos múltiplos que desperta em mim.
Eu não quero voltar atrás, sei que tem caminho pra frente.
Adoro a nossa delicadeza, continuo adorando você.
Vá e me mande notícias.
Vá e seja arte!
Transformei você em poesia pra caber na minha história.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

.

Ok, frases e parágrafos né?!
Eu te disse a verdade e até tirei as máscaras.
Acredito no que você sente, mas acredito mais ainda nas suas piscadinhas e sorriso bobo.
Deixou a italiana dentuça de lado e me tirou pra dançar com as palavras que não entende.
Todas as vezes que você fecha os olhos pra poder entender o que eu digo eu sinto que se abre um milhão de portas.
Eu me abro.
Me abri e foi natural, ser com você é natural.
Todas as vezes que você tenta me entender eu entendo também.
O choro instantâneo ao saber que seria nossa última noite, nosso segundo tempo, nossa prorrogação.
Não jogo mais, estou inteira aqui e com você.
Atende, entende, intermitente.
Não vou sentir saudades, porque eu já vejo todas as suas marcas delicadas de baixo da minha pele.
Vou ficar morena de novo, meu branco.
Vou guardar nossos segredos e esperar você descobrir sozinho o que já sabemos.
Tem coisa que é eterna.
Segue bem.
E, sim... Nos vimos e nos vemos!
Sem pontos finais essa noite, só reticências.
Te exclamo em mim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tribal

Instinto.
Dicionarıo.
Desencontro.
Confortavel.
Não me deixe ir dessa vez ok?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Do que não quero me despedir.

Eu me concentro no seu cangote.
Não quero ir embora.
Quero ficar pela gente.
Pelo que de mágico acontece quando estamos só nós.
Pensamos juntos e somos.
Eu sei que nossas viagens e nossa passagem intensa pelo mundo não nos deu mundo tempo.
Mas eu jamais serei a mesma.
E quase choro... Mas pensar em você não significa só rir. Significa rir e apertar o peito pra te dar inteiro.
Aguentaria seu clima, baby.
Entenderia as coisas que não tem tradução na minha língua.
Me senti tua.
Me senti com você.
Será que alguém vai notar?!
Uma semana e as nossas fotos.
Durmo e quase consigo me convencer que não é nada.
Vou fingir pra sempre que não sinto sua falta.
Acho que isso é o mais perto do amor.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Meu encontro

5 meses sem colo de mãe.
Não é fácil, mas eis que a filhinha aqui conseguiu.
Não se a custa de muito choro e vela.
Plaquinha na mãe, 6h da manhã, aeroporto.
Conheci duas histórias (lembrei da Karla e a menina de buenos aires)
Uma mulher que está há oito anos aqui sem ir ao Brasil, esperava sua prima ilegal... Passou a noite no aeroporto e eu contei três calmantes no intervalo e 40 minutos.
Às vezes amor deixa a gente nervosa.
Não se se a prima conseguiu.
Imagino que sim e que em uma hora dessas já estão bêbadas de vinho e tanto papo pra por em dia.
Outro um menino com cara de inglês (só mais tarde entendi que era proposital) se aproxima: são brasileiras?!
Siiiiiim!
Contou a história dele: esperava a namorada dele que não via há... uma semana! hehehe
Eles vão morar 6 meses aqui... Mas ela hoje só passaria por Lisboa ruma a Alemanha... Mais uma semana... "Eu precisava vir aqui ver ela... Mas ela não sabe, resolvi quando acordei de madrugada..."
Rimos muito... Atores tem esse dom de encenar coisas incríveis! Que figura! Comprou o sobretudo na liquidação pra parecer com os beatles, mesmo que com o inverno europeu estivesse congelando.
Inverno este que eu toda prosa me gabei de aguentar "só" com três meias agora.
Papo vai papo vem, depois de rir do sotaque do brasiliense: "boto fé!"
Nada dos nossos brasileiros.
Ele vira sem mais: Ah tchau... To sentindo... Minha namorada vai sair agora.
Em 2 segundos a namorada dele sai!!!
SÉRIO! ATÉ AGORA ESTOU CHOCADA!
Não tinha como ele saber!
Não sei vocês, mas eu quero isso.
Não resisti e tirei uma foto do encontro.
Mais um tempo e sai a minha loira.
Que quando viu sua plaquinha começa a chorar e a gritar: É minha filha!
Sim, mãe sou eu.
Mesmo com esses quilinhos a mais, mesmo com essa melanina a menos, mesmo com esses trilhões de anos de coisas que aprendi e senti: Sou a sua!
Choros, abraços e eu rindo de tanto aperto.
Em 2 minutos pareceu que nos vimos ontem e eu já falava dos dez dias que ela virá passar comigo: Oh mãe, não enche! É tempo demais! hahah
Mal sabe ela que isso faz parte da estratégia de matar todas as saudades desses meses.
Ela chora, eu implico.
Ela ama, eu amo mais.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Da arte de ser tarde.

Só porque você me faz rir o dia inteiro.
Até quando você não está.
Antes de falar "alô" já escuto você rindo e eu já estou rindo também.
Sabe dessas coisas leves que são boas só porque são?!
Você é assim pra mim.
Suas confusões e as coisas que você nunca entende mas finge que...
E, se esforça e me tira do chão.
Me deixa sem ar sem me deixar um segundo de sonhar com mais um pedacinho do grande você que você é.
Essas coisas enormes que preenchem espaços que nem existiam antes.


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Perspectiva.

E só porque você é como eu...
Meio perdido assim.
Que achar que pode provar todo mundo, mas no fundo não quer ninguém.
Se quer tanto que esquece de olhar pro lado.
Sei que nosso tempo mora no instante dos nossos olhos.
Por isso não os colocamos muito de frente.
Temos medo de grudar e nunca, nunquinha soltar mais...
Eu volto pro meu país tropical, você diz que um dia vai lá pra me ver...
A gente já se viu tanto e se esconde.
Não te procuro mais porque sei que te conheço.
Você sabe, né?!
Todos os beijinhos, ciao's, todos os desencontros e querer tanto que dê certo.
Eu quero você.
Você quer a dança.
Eu danço.
E, seguimos assim: Somos juntos da madrugada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

De frente.

Eu preciso de dois dias.
Sem tocar no assunto, sem nomes, cheiros e lugares.
Dois dias entre minha cama e no máááximo o barzinho mais próximo pra encontrar os amigos.
Dois dias sem memórias, só coisas bobas como esquentar a água pro macarrão ou brigar pra ver quem lava a louça.
Depois disso, garoto.. Não tem pra ninguém!
Essa aqui bem disposta e com o cabelo limpo... Ela é carioca.
Acho que isso basta pra dizer sem precisar explicar.
De lado e ponta cabeça.
Amanhã não tem preguiça, nem pijama... Nada de filminho, Marina!
Tá na hora de pegar esses dias de volta, pode vir frio!
Tô bem quentinha por dentro!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Meu.

Não é porque você é mais doce do que deveria, ou porque você já tem que ir.
Ou já foi, né?!
Não é porque você é lindo.. O tipo de lindo universal que todo mundo baba... Eu não babei por você.
É porque você sabe o jeito certo de me olhar...
Não foi de primeira, mas na segunda ou terceira vez...
"Olá, boa tarde... Ela é brasileira, ela é muito bonita!"
Ela não é igual a você, honey! E sim, eu sei... Você baba... É o meu samba!
Tivemos boas tardes e dias... Mas, as noites foram as mais coloridas.
Talvez você tenha sido o primeiro que usou um pronome possessivo comigo e não tenha me incomodado... Por hora temos validade.
Posso ser sua, podia.
Não foi um problema, você e eu nunca seríamos um.
Te ensinei sobre a saudade... Vou senti-la só o suficiente, faça o mesmo por nós!
Sei que te roubo um riso, você também tem os meus.
Hoje não foi a mesma coisa, me faltou por um segundinho você... E seu arzinho de deixar tudo bem. De perguntar de 5 em 5 minutos se está tudo bem... Sempre esteve e mais uns dois dias volta a estar.
Sim, a sua aqui está bem... Tô feliz!
Tenho um pedacinho seu... Leva o mais bonito que te dei... Aquelas palavras e o beijo.
Leva o bairro alto, leva nossos abraços longos e que esquentam, o português embriagado que trocamos, a dança, o rebolado, leva o carinho, o entender com o olho, leva o que você esperou por mim, leva a sua beijo e as promessas que tentamos não fazer, leva tudo que não tivemos tempo de viver e que nos torna perfeitos.
Sim, eu sempre sou atrasada...
Um dia voltamos pra algum lugar que nem fomos.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pra desafogar.

Tenho mania de eternidade.
Sei que é tolice... Preciso aprender a dizer adeus.
Decidi voltar pro meu cantinho... Já sabendo que o cantinho é meu o que eu escolher.
Vou voltar pro colo da mãe, pro abraço do pai e para as brigas com meu irmão.
Poderia ficar mais... Mas, fico.
Fico um pouco nos que eu aprendi a amar.
Estamos nos despedindo... Mas, não estamos sempre?!
Ontem dei tchau para a festa com todos juntos... Daqui pra frente seremos partes.
Hoje dei tchau pra um grande amigo... Já fiz isso muitas vezes e nunca é igual.
Vamos nos ver de novo.
Mas, não na mesma situação... Nunca é.
Essa coisa de morar em cidade pequena... Nos vemos todos, todos os dias.
Um pedacinho de mim vai com cada um, fica.
Não consigo escrever o que eles são pra mim... São uma casa.
E o que deixa tudo mais leve é que descobri que o mundo é pequeno e que a gente se ama... Prematura, intensa e verdadeiramente.
Assim, bem como adolescente que troca pulseirinha...
Trocamos de lugares e aprendemos a aceitar o outro.
Os atrasos das brasileiras, as frases sem sentido do turco, o verbo conjugado errado do gaúcho... Até a comida congelada da Ana a gente engoliu...
Aceitamos que italianos podem ser mais cariocas que muito carioca por aí.
E que o que a gente fala não é o que o outro entende... Isso certamente levo comigo!
E por saber que tá acabando... falamos tudo sempre... Quero ser mais assim.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Porque não querer ir embora não significa querer ficar.
Tem como morar no meio do Oceano?!
Muito aperto me toma... Tanta gente lá, tanta gente aqui...
Tanta gente indo e eu já nem sei.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Presente perfeito do indicativo indescritível.

Devagar e parece natural,
Vamos andar abraçados por todas as ruas?
Aproveitar que estamos perto e honestos...
Estamosestamosestamos.
Vou repetir pra ver se o sono fica mais tranquilo.
Pra vê se consigo ficar sem planejar um futuro inteiro,
Que encerra nessas noites frias da nossa Lisboa.
Aqui você vai morar pra sempre pra mim, eu moro aqui pra você também.
E, às vezes ri quando lembrar de mim, tá?
Eu vou conseguir fazer o mesmo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

En cont[r]o

A força que eu faço pra arrancar a pulseirinha da noite anterior é inversamente proporcional a força que eu faço pra entender a gente.
Agora falamos a mesma língua e eu não sei o que dizer.
Dancemos!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Facebook-me

Meu maior medo é que ele resolva descobrir quem são seus top followers!!!
Imagina, eu que faço a indiferente-moderninha-descolada-misteriosa sendo pega no flagra!!!
Não pode ser!
Já sei que ele puxou aquela boca linda da parte da mãe e que o pai dele parece um anão de jardim...
Como pode ele ser lindamente 2m X 2m?!
O fato é que ele foi passar as festas com a família, se despediu lindo (ele sempre é lindo!!!), prometendo presentes e falando (lindo!!!!!) a nova frase que aprendeu só pra me derreter.
Ok, perfeição, já sei pronunciar seu nome!
Então, voltou pra cidade, né?!
Não era só semana que vem, hein hein?!
Isso não foi lindo, Seu lindo!
Mas, tudo bem... Puxo assunto no talk só pra ver se um dia sou surpreendida com um inbox...
Mas, esqueço que você me surpreende mesmo ao vivo. Com um samba mal sambado, que me tira o rebolado.
Com algum verbo conjugado errado que me deixa sem saber se te agarro pra mim ou se você é mesmo daquela terrinha!!!
Ô coisa!
Então, você está aqui... Eu estou aqui... E, tô tentando entender porque você ainda não me disse que trouxe o que eu pedi: Você embrulhado pra presente, lindo!
Foi isso que cantamos, né?!
Se foi pra querer outra coisa de Papai Noel você deveria parar de curtir meu status, minhas músicas, sua brasileira, minha confusão e péssimo inglês, as poesias que traduzo pra você.
Garotas bobas como eu acham isso fofo, então te manca... e Para! Ou continua e volta!
Pode parar! Isso não é legal... Não ensinam isso daonde você vem, lindo?!
Não quero mais atualizações que não seja você chegando in-box, in-tei-ro.
Hoje descurti as fotos novas e tem festa sem você.
Vou colocar no status que estou muito feliz!
Em todas as línguas pra ver se assim você entende que tô esperando você e algumas solicitações.
Tô online.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Minhas viradas.

"Em cada lugar tão longe que parece nem ser de verdade,
Vou pedir pro Sol ficar até mais tarde...
Eu vou te contar que a vida é boa!"
Afonsinho- Escândalos de Luz.

Hoje, estou morrendo de saudades daqui.
O ano novo deixou tudo mais inédito e com gostinho de finalzinho...
Começo acabando o que é maravilhoso.
É, É, É!!!
Escrevo no presente, pra quando no futuro isso for passado eu ter certeza.
Cada pedacinho meu tá vivo e sente muito.
Quanto amor!!!
Amor pelas coisas pequenininhas que salpicam meus dias.
Amor pela saudade... Da casa e quem mora lá, da risada das meninas, de morar com os meninos, das ruas do Rio e o sotaque carioca.
Amor pelo chopp gelado, irmão!
Desce mais uma!
Amor pela menina, pela minha Amiga e companheira que divide quarto comigo há exatos quatro meses.
Aturando minha bagunça, minhas paixões instantâneas, minhas teorias e porcarias, virando um pouco minha mãe, muito minha irmã e às vezes minha filha.

"-Amanhã eu vou arrumar as roupas! Juro! Você lavou a calça do pijama rosa? Má, sério, perdi meu passaporte! pqp! e agora?"

Ela é a única que sabe como e o quanto isso está lindo. Os dias são perfeitos até de moleton sem sair da cama rindo das histórias da noite anterior.
E quanta história! Povo, se prepare que vou ficar rouca e vocês com calo nos ouvidos =)
Aprendemos línguas e a nos entender.
Aprendi que - incrivelmente- eu posso rir mais.
Paciência! (Brigada, Má!)
Não quero que acabe... Mas, o tempo parece que é indiferente à minha vontade e passa.
Minha eterna mania de me apegar e querer agarrar os momentos.
Quero todos eternos! Quero reviver presentes!
Meu Papai Noel chegou em Setembro e me deu um Ano Novo.
Hoje vi também que no meu rosto tem rugas... As marcas que o mundo faz em mim são os sulcos mais gostosos de cultivar.
Juro que vi um pé de galinha que ganhei em Paris e uma marca de expressão no cantinho direito da minha boca. (!!!)
Adoro enrugar de vida e ver que a cada mudança de latitude tudo me parece cada vez mais perto, mais novo, mais velho, mais.
Vivi vinte anos em 120 dias.
2010 me deu um amor, um sonho, muito trabalho, uma superação, algumas certezas, outras furadas e o mundo.
Comecei 2011 com todos os ingredientes perfeitos: Gente boa que se busca e ao outro e quer mais... Muito mais! Essa gente me inspira todos os dias!
Minha família do outro lado da linha, meus amigos na saudade, meus novos amigos como brisa nos cabelos de manhã (pra acordar!), meus amores na gratidão por terem existido...
Quanta gente me fez e não me sinto sozinha. Fechei os olhos e pensei em todos vocês!
Cada um!

Cantaram que amor a gente tem quanto a gente dá... E distribuo sem pudores pelos cantinhos que vou indo.
Amo até as pedrinhas portuguesas que acabam com meus saltos.
Se descobre compartimentos para o amor... A capacidade aumenta vertiginosamente quando se quer. Queda livre pro alto, assim sem sentido mesmo, sabe?!

2011, pode entrar querido... Senta, tome um vinho, você já começou lindo, me invada, me tome, surpreenda e vamos rir juntos! Vamos ao amor! =)

Que"a felicidade nesse mundo é pra quem quer."