quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pra desafogar.

Tenho mania de eternidade.
Sei que é tolice... Preciso aprender a dizer adeus.
Decidi voltar pro meu cantinho... Já sabendo que o cantinho é meu o que eu escolher.
Vou voltar pro colo da mãe, pro abraço do pai e para as brigas com meu irmão.
Poderia ficar mais... Mas, fico.
Fico um pouco nos que eu aprendi a amar.
Estamos nos despedindo... Mas, não estamos sempre?!
Ontem dei tchau para a festa com todos juntos... Daqui pra frente seremos partes.
Hoje dei tchau pra um grande amigo... Já fiz isso muitas vezes e nunca é igual.
Vamos nos ver de novo.
Mas, não na mesma situação... Nunca é.
Essa coisa de morar em cidade pequena... Nos vemos todos, todos os dias.
Um pedacinho de mim vai com cada um, fica.
Não consigo escrever o que eles são pra mim... São uma casa.
E o que deixa tudo mais leve é que descobri que o mundo é pequeno e que a gente se ama... Prematura, intensa e verdadeiramente.
Assim, bem como adolescente que troca pulseirinha...
Trocamos de lugares e aprendemos a aceitar o outro.
Os atrasos das brasileiras, as frases sem sentido do turco, o verbo conjugado errado do gaúcho... Até a comida congelada da Ana a gente engoliu...
Aceitamos que italianos podem ser mais cariocas que muito carioca por aí.
E que o que a gente fala não é o que o outro entende... Isso certamente levo comigo!
E por saber que tá acabando... falamos tudo sempre... Quero ser mais assim.

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