sábado, 11 de junho de 2011

it.

Sobre o lugar mais distante do mundo.
Queria mesmo saber de que jeito te chego.
Não sei o que sinto, sinto muito.
Quais das mensagens engarrafadas que jogo nesse Oceano que insiste em existir chegam até onde você está?
O amor acaba quando a capacidade de associar coisas boas ao ser amado diminui gradativamente, eu leio neuropsicologia, sabia?!
O amor existe quando associamos coisas muito boas a alguém. Nosso cérebro funciona em função disso.
Vou esquecendo seus pedacinhos na mesma medida que lembro de detalhes, das suas pintinhas e do seu sorriso permanente, você ri enquanto fala e acho isso uma arte, você ri enquanto existe.
Se estivêssemos, se fossemos...
Não quero esses tempos verbais, mas, por hora, são os únicos possíveis.
Tudo que poderíamos ser e talvez sejamos mesmo.
Como falar pra você que eu to louca? Que eu amei aquela música que você me mandou que repetidas vezes fala que não vai deixar ir, você não deveria ter me deixado ir.
E talvez por isso eu não saiba bem onde devo ficar.
Vamos fazer um acordo?
Enquanto decidimos o que atravessar, pega aquela sua caixinha de coisas boas e me coloca lá dentro mesmo.
Me guarda que eu vou te guardar também.
E assim que decidir se fico com você pra sempre, te deixo saber.
O lugar mais distante do mundo sou eu mesma.

Um comentário:

Jaya Magalhães disse...

Enquanto lia fiquei lembrando de Nando Reis em "Quem vai dizer tchau?". E relendo seu último comentário no meu espaço. E pensando aqui, que talvez essa seja a última cena desse seu capítulo. Os meus já passaram. Preciso é de uma temporada inteira novinha. E te desejo o mesmo.

Sempre.

"A gente não percebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho." Eu acho que a gente percebe sim. E percebe lindo, assim como você percebeu, deixando o carinho guardado. Eternizado.

Um beijo, dona.