segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
SEF.
sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Fé.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Midas-eu.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Erasmus.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A mulher da minha vida.
Ela e do pior tipo, daqueles que fazem a gente acreditar que pode tudo e por isso podemos.
Quer ser astronauta? Comeca a estudar agora!
Minha mae sempre esteve na plateia enquanto eu me apresentava, seja na escolinha, seja agora.
A verdade e que o show sempre foi dela: do seu carisma, carinho, otimismo, bom humor e inteligencia bem acima do normal.
Nao e a toa que eu e meu irmao a apelidamos de wikipedia.
Meus amigos estao cansados de saber sobre o dia em que eu e o Gui conversavamos despretensiosamente sobre os mormons e mamae nos assaltou com toda a historia da religiao e detalhes sobre o mito fundacional: Como assim mae?
Quando eramos criancas minha mae dava aulas sobre tudo, ser filho dela deveria contar como estagio ou hora extra curricular, so passavamos para o proximo parque quando acertavamos o tipo de vegetacao e o modo de transplantar, o clima etc. haha
Nem ela sabe como sabe, nem ela sabe que sabe tanto.
E pra ela que eu ligo pra saber sobre qualquer coisa: especie de plantas, acontecimentos historicos, o que fazer do resto da minha vida ou com um coracao em mil pequenos pedacinhos.
Ela sempre sabe, ela sempre cola tudo.
Quando eu ja nao tenho forcas ela me obriga a sonhar, nem que pra isso ela tenha que me fazer dormir e abrir a forca meus olhos.
Banho gelado, abraco no meio da madrugada, me escutar falando ate eu nao ter mais voz, lembrar quais sao minhas verdadeiras paixoes, nao me deixar abater por pouco e depois rir, rir muito de tanta palhacada que eu invento.
Juntas.
Enquanto estou aqui vivendo o sonho que fizemos juntas e nela que penso a cada esquina e e pra ela que corro pra contar e contar de novo.
E facil ser filha dela.
Sempre foi.
Porque a minha mae e a melhor do mundo, mesmo do outro lado do mundo.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Encantado.
¨Abro a geladeira e tem DOIS potes de nutella que estão lá há tempos...
Ligo a tv, começa "Em busca do vale encantado V", e ninguém pra discutir quais os treze que já assistimos... HUAhuauhAUHuhahuAuhahuuah¨
Com essa frase meu irmao fez a saudade congelar...
Na minha geladeira nao tel dois potes de nutella porque eu nao permito que isso aconteca, mas em outros cantinhos sobra a sua falta.
E em voce que eu penso quando vejo carros lindos, neve, brinquedos.
E pra voce que eu ainda quero correr quando as coisas nao vao bem, e quando vao tambem.
Tem coisa que e imensuravel, voce e.
Ver Harry Potter sem voce do lado me mandando calar a boca e querendo advinhar o final nao e a mesma coisa.
O que eu respondi pra ele?
¨ahhh boiola hahahahahahhahahahha¨
Amor e isso.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
rodape.
Quando me sinto bem melhor sozinha eu agradeco por voce nao ter existido.
Ou por ficar em silencio me vendo, me deixando crescer.
Me deixando.
Quando eu aprendo a esquentar sozinha e mando os outros irem embora eu rio sozinha de como vamos rir disso.
Ainda.
Quando o plural sou eu, so eu e tudo que esta em volta.
O frio tem cheiro.
Hoje nevou e eu fiz questao de desenhar no gelo a falta que voce ja nao me faz.
Repito pra quem nao acredita: da certo!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Paris.
Aprender a ler de novo!
Sonhar pode ser andar na rua.
Comi o melhor cachorro quente do mundo!
Estar em casa do outro lado, encontrar familia onde se e amigo.
Ser Sol quando neva la fora.
Nao pontuar e dormir tranquila.
Rir alto das mesmas piadas, com a mesma pessoa.
Rezar baixinho.
Ser feliz e pensar em quem se ama em oracao.
sábado, 27 de novembro de 2010
Terracota
O Pôr-do-Sol mais lindo que já vi foi ao lado de mim mesma e rodeada pelo amor de vocês.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Sobre as voltas.
"Pra onde você tá indo?"
E, é sempre verdade que eu tenho uma resposta... Minha vida parece um itinerário constante.
Sempre fui a ovelha desgarrada.
Quando bebê ia no colo de qualquer um, varri o salão da minha festa de um ano, aos 2 pedia pra ir pra escolinha, aos 10 já dormia na casa das minhas amiguinhas, sai de casa com 18 e voltava no fim de semana pra curar a ressaca e lavar a roupa.
Achei que cair no mundo fosse mais fácil.
Comecei a lavar a minha roupa, e essa é a melhor constatação de mudança pra quem sempre dependeu da mamãe pra esse tipo de tarefa.
Aqui lembro de cenas que pensava que tinha esquecido.
Adorava lavar o banheiro do meu antigo apartamento... Lá era a minha casa, ainda é.
Enchia a pia do banheiro e enfiava a cabeça toda... Gostava de observar como meu corpo não me deixava afogar naqueles 15cm de água.
A gente se ama muito pra se deixar morrer por pouco.
No apartamento pequeno do subúrbio do Rio, eu sonhava com o mundo que incrivelmente tá de baixo dos meus pés... ok, a 3 andares e em baixo dos meus pés.
Nunca achei que fosse possível.
Ontem do alto de um castelo digno de contos de fadas, encontrei o que vim buscar: A Annanda que se emociona com histórias com final feliz.
Não sei qual vai ser o meu, mas sei que vai ser muito feliz.
Alguém me disse que vim pra cá só pra esperar a hora de voltar, só pra isso.
Descobri que eu voltei. Tenho lembrado de coisas lindas de mim.
Dos domingos na casa da minha vó, do cheiro do vicky vaporub que ela passava nas minhas costas e no meu nariz á cheio de ziquezira.
Diante de Portugal inteiro, que vi do alto do Castelo construído pelos Mouros no Séc. II, tive a certeza de que sonhos existem pra serem vividos.
Meus olhos não cabiam e eu tive que dilatá-los...
Eu e Lord Byron dividimos uma paixão durante o domingo.
Ontem, me apaixonei por Sintra.
Me apaixonei pela vida, de novo.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Pequeno.
Pensei nisso o dia todo.
Na aula de equipamentos culturais ao invés de anotar qual o tipo de nó melhor pra fixar o ecrã, eu pensava e ia longe.
O mais perto que cheguei foi:
O mais importante de mim é o verso.
O resto encontra-se um tanto prolixo, superficial e definitivamente fora da área de cobertura.
Nem tente me achar.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Trechinho.
Os emails que se seguiram foram perfeitos! Pena que tem muito podre!
As meninas da minha vida contando o que acham...
E, rimos, cada uma em um canto do mundo, das coisas que já choramos há tempos.
O que eu penso?!
Sei lá...
Mas, não tô com a menor pressa de descobrir.
"Mar, Metade da minha alma é feita de maresia."
Acho que a outra metade também...
sábado, 6 de novembro de 2010
Fome.
Em uma tentativa de que as coisas dentro de mim se ajeitem também...
Passamos o dia eu, Marina, Tiago e Manu limpando o apartamento.
Nessas horas eu vejo que tem mais da minha mãe em mim do que eu poderia supor.
Suas neuroses estão tão em mim quanto seus ombros largos.
Ela ficaria orgulhosa de como ficou o banheiro das meninas, lindo e brilhando!
Minha mãe me dava banho com lysoform quando eu era pequena... Mania de limpeza?!
Depois da pasta maravilhosa italiana de ontem (Deus existe!!!) que Giulia preparou com o bacon que os pais de Miguel fazem em casa, direto da Itália (Deus existe mesmo!!!), nos inspiramos e resolvemos fazer daqui também o nosso lar, está tudo no lugar.
Comida é capaz de fazer bem, alimentar a alma, melhorar o humor.
Estamos felizes!
Até o armário tá arrumadinho.
Tenho três livros sobre pós-modernidade na cabeceira... Jameson, Giddens, Weber e seus amiguinhos... Vou entender o pensamento contemporâneo... O bacon é poderoso mesmo.
Mas, hoje só amanhã.
Agora é lembrar que eu sou filha de Deus, e ir pro jantar dos Erasmus da minha Universidade.
Incrível como o que mal começou já parece estar acabando.
Alguns já vão para casa no Natal e não voltam.
Vamos mastigar essa noite, comer cada pedacinho do prato principal dessa experiência: As pessoas incríveis que eu conheço, inclusive eu mesma.
Estranho essa sucessão de despedidas... Era a única certeza que tinha quando cheguei, é a única coisa que eu não quero...
Vou ficar um pouco mais.
Estou vivendo de fome!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
"Mundança."
Desde que os ratos apareceram e a vizinha começou a nos acordar aos gritos na madrugada, dizendo que ia matar o marido, sentimos que era hora.
Depois que o senhorio apareceu com um papelão cheio de cola com uma linguiça no meio (a ratoeira mais bizarra que já vi, e que mora no meu quarto) vimos que era a gota d'água.
Nunca o ditado que minha mãe adora repetir "Tudo que é demais é sobra" fez tanto sentido.
No final de semana a Giulia e o Marco- o casal italiano que morava aqui- foram embora pra outro lugar, quando bateram na porta pra se despedirem, mesmo sabendo que vamos continuar nos vendo e "manjando" juntos... Deu saudade.
Pensar que não teria a Giulia todos os dias fazendo suas pastas maravilhosas e ensinando italiano, ou o Marco gritando como mantra "Annanda só manja, dorme, bebe e facebook" hahaha foi triste.
Parece que a família- que não sei como- formamos nesses dois meses ficara um tanto mais dissolvida, nessa chuva que invadiu Outubro e inunda hoje.
Marina, Ana, Tuna, Gui, Giulia, Marco e Bia (a vizinha) são os que me deixam mais perto de casa, apesar de que a maioria nunca nem pisou no Rio... Mas, certeza que já moram em mim.
Arrumar as malas me faz acordar um pouco... Sei que tudo é passageiro, mas hoje, sinto isso diferente, sinto um pouco mais.
Vamos mudar pra um lugar melhor.
Vou morar com um casal de baianos, ela faz doutorado e uns salgadinhos de salsicha de comer rezando, ele faz mestrado e poesia, já no primeiro dia enquanto nos engalfinhávamos com o quitute da sua musa inspiradora, ele recitava seus versos.
Pode ser mais perfeito?!
Foi amor a primeira vista, logo que eles terminaram de contar como se conheceram... Eu e Marina já sabíamos que queríamos viver lá.
Bom, estamos indo.
Acho que aqui a vida fica mais clara... Estamos sempre de partida, e às vezes nem dá tempo de arrumar a mala direito... Vai dentro só o que cabe... Algumas coisas ficam pra trás não porque gostamos menos delas ou deles... Mas, não dá... Exemplo disso é que deixei um potinho de iogurte na geladeira...
Continuo amando iogurte, mas não cabe em nenhuma das minhas malas que lota o carro que ainda não veio e sobrecarrega de vontade os meus braços, o meu corpo.
Ontem enquanto subia a Morais Soares, comecei a querer tudo de novo.
Chegar aqui, tirar foto de seus prédios, inaugurar o que eu já conheço tanto.
Despedir-me do bairro mais imigrante de Lisboa tem gosto de nostalgia.
Aposto que Marina vai sentir saudades do Mickey.
E só de pensar que não preciso mais fugir do gnomo e das investidas da D. Celeste... Fico mais tranquila!rs
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
"Se alguém perguntar por mim..."
Bom, houve quem me dissesse que minha vida mudaria muito porque ia morar na Europa.
Como se aqui fosse algum universo paralelo onde não existissem problemas, nem dores...
Como se os trabalhos se fizessem sozinhos, e cansaço fosse coisa de terceiro mundo.
Como se desilusões, dorzinhas, coisa mal curada, assunto mal resolvido, pinimba e micose se resolvesse com o simples fato de que existe um Oceano de distância.
Não vou mentir... As coisas ficam mais fáceis.
Ando por ruas que não me dizem nada, por isso eu digo a elas...
Tem uma rua aqui perto que vivo contando pra ela como suas esquinas se esbarram com meu futuro,
Tem uma transversal a terceira rua a esquerda da minha casa que sempre conto como é no Brasil e que mesmo no sinal vermelho a gente não para, ela fica boba, ri e se mostra pra mim... Ela tem varais e é tão européia da parte dela ser assim.
A minha rua é a mais colorida.
Conto pra ela todo dia como gosto de estar aqui, de como ela não representa nada além que eu.
Eu cada dia um pouco um sonho tão sonhado.
De qualquer maneira os problemas existem.
Meus vizinhos são fofoqueiros, Marina é boa demais pra mim.
Meu tênis novo abriu no meio de um temporal e não tinha meus pais pra me buscar, nem me ajudar a secar.
Escrevo errado de tanto falar línguas misturadas... Falo italiano, espanhol, inglês e turco ao menos uma vez ao dia cada.
Já estou enrolada até o pescoço com histórias que eu nem queria que fossem minhas.
E, por não querer as quero e são minhas até demais.
Pois é... O jetlag não me fez mais simples.
Os dilemas insistem. Pra sempre ou até amanhã?!
Peço um café, compro feijão enlatado.
Sinto muitas saudades de você.
Muita mesmo.
No início saudade não existe, a gente fala só pra quem ficou não ficar mais triste. A saudade é quase educação.
Mas quando ela acontece é forte, cara.
Queria ir em casa rapidinho, abraçar meu mundo e voltar.
É engraçado quando eu sonho que estou em casa, acordo chamando minha mãe e quando dou de cara com uma parede vermelha mal acredito que estou aqui.
Quando ouço o ronco da Marina, caio em mim. Começo a flutuar.
Triste porque me faltam abraços, vozes.
Feliz porque me sobra amor. Me sobre amor.
Hoje um dos meus meninos favoritos respondeu ao meu drama de sempre- "Você me abandona, Rá!"-
"Impossível eu fugir do meu coração, impossível te abandonar."
Anoto no meu diário [aqui] pra não esquecer nunca.
A gente não se abandona, mesmo quando não pode estar.
A gente se ama e coração nenhum cai no Oceano.
Não se iludam. Amor fica na gente até a hora que tem que ficar.
Mas às vezes é do outro lado do mundo que a gente encontra o lugar pra estar.
Corre na janela, eu estou lá.
ps.: Ganhei o concurso "Crônicos!" da Editora Multifoco. Vou ser publicada!!! Um dos textos que postei aqui vai ser ilustrado e sair em uma coletânea com outros textos vencedores, inclusive o da minha dear Karol Gonçalves (quase uma editora daqui rs). Isso tudo é muito surreal!!! (A hora que li o email com o resultado foi um dos momentos mais felizes). Registro aqui meu carinho e gratidão aos que sempre lêem essas coisas - cada dia mais - desconexas da minha cabeça.
Os comentários e força e toques e críticas foram a força motriz do blog e muitas outras coisas que não se encerram em palavras.
Uns mais, outros muito mais foram inspiração pra mim.
Não sou jornalista, sou amadora e escrevo aqui justamente por isso.
Quem me conhece sabe como isso é importante pra mim e importante também é dividir coisas boas.
Obrigada do fundo da cabeça.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Do que se pensa, devora, se é e vive.
Todas as lâmpadas incandescentes aqui de casa queimaram.
O incêndio foi instantâneo.
Como o macarrão que fazemos todos os dias...
Um macarrão nunca foi tão gostoso quanto aquele que eu deixei no prato antes de comer com garfo, faca e pernas aquele que era o meu destino.
Talvez, o grande problema do Homem seja mesmo o presente.
Quem vive de futuro não morre.
Queria que você fosse futuro, eu.
Queria o há Devir.
Devir é só futuro.
Um passo de dança!
Ignorar não é não pensar nisso todos os dias,
Nem é pensar.
Não consigo não estar aqui, e estando aqui até o amanhã é presente.
E, tudo que provo começa, lentamente, a ter gosto de passado.
Sabe aquela história gasta de sentir saudade de agora?!
Existe.
Me auto-censuro em todas as linhas, pra ver se encontro de uma vez um ponto final.
Mas as reticências fazem parte de mim... Assim mesmo: exibida.
Tem muita gente me fazendo feliz no caminho, quem sabe esse não é o sentido do presente?!
Shhhhi! Não descreva nada que suscinte, que me resolva, nada que sustente.
Gosto assim. E, que venham desabamentos, só pra dar trabalho de construir tudo outra vez.
Só pra eu pensar em uma maneira diferente de montar isso exatamente pra mim.
Deixemos o caos fazer moradia, montar um ninho, um loft, ser furacão!
Nada é contínuo, sejamos, então, contíguos!
sábado, 9 de outubro de 2010
Tele.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Do que chega e aquilo.
Fecha o olho pra ler isso, ok?!
Desistir quando é questão de sobrevivência,
Não desistir quando é sobre viver.
Sobre amor!
Encontra ele dentro de você e multiplica.
Quando é o seu edredom e seu futuro que estão em jogo.
Presente!
Quando dormir abraçada ao seu ursinho é questão de não morrer de frio.
Vestir a armadura de manhã... Tem vezes que espero até a tarde,
Deixo amanhecer.
Frio de dentro.
Deixo ver acordar... O mundo!
Mundo, sabe?
Encontrei você em uma praça ou foi dentro de mim?!
Assaltante.
Cambaleei quando nos vimos pelo vidro...
De que lugar mesmo? Quantos carimbos?
Se não fosse tão grande, poderia confundir com um espelho.
Quem falou em futuro aqui?!
É só presente, e até amanhã é presente e depois é presente.
Só ri, me abraça e conta uma piada que não faça o menor sentido.
Só me tira daqui, porque é aqui que eu quero estar.
Enconstado, um de cada lado. De novo, de novo.
Eu também não entendo nada.
O globo a brincar de desencontrar, encobrir e descobrir e trazer.
As nuvens saem dos meus pulmões,
Vertiginosa.
Quando estive lá no alto, percebi que podia sempre voltar a voar.
Não se preocupe em falar a minha língua...
Entendo alguma coisa nos olhos- e mesmo que não- Eles dizem as mesmas coisas que calamos.
Que não nos dedicamos a aprender demais.
E, repetimos simples... Empenhamos sentimentos na fala.
Que tua preposição conjugue o verbo que talvez seja mais pessoal que indireto nessa ortografia que ainda não acordamos.
Tudojuntoesemvírgulasquepausaépraquemtemtempoaperder.
Não perco mais a razão, mas às vezes ela não cabe na bolsa.
Adorar vem da garganta, sai pela boca e invade.
Sempre teremos o google translator, não?!
Boa viagem,
pra gente.
sábado, 25 de setembro de 2010
Ao meu melhor amigo.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Tejo... Té, já!
De repente, aparece uma praça...
Dessas cheia de árvores,
Penso em fazer dela uma figurinha pra colocar n'um álbum.
Só pra te mostrar um dia.
Quando corro aqui o suor tem cheiro de cereja,
E o gosto de tudo me parece algum iogurte que ainda não inventaram.
Você devia vir pra ouvir as notas musicais que colei em todas as paredes.
Engraçado como o doce pode ser agridoce também...
E, como a saudade pode ser salgada,
Comungo com ela, entro de cabeça no mar.
Assim não vejo se uma ou outra gota de mar escorre de mim.
Meu olho tá molhado de mundo.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
[In] Diferentes.
Que tem que secar o banheiro depois do banho, como se lava roupa na máquina, como pode-se perder mesmo com mapa e que se achar é questão de esforço e distração.
Como é sentir saudade e ter calma com isso.
Meço a saudade de casa pra quando ela ficar absurda eu saber que a volta sempre chega.
Mas, voltando a filosofia barata...
Penso em fazer uma lista das coisas que estou aprendendo...
Já sei que "ayer" é ontem, mas o que importa mesmo é hoy.
Que os meninos se animarem na disco com kate perry, não significa que eles gostem de outros meninos.
Eles dançam wakawaka de um jeito incrivelmente viril, não me pergunte como... Eu também não imaginava que isso fosse possível!
Assim como não imaginava que nosso "esperanto" pudesse ficar melhor...
Na conversa com os nuevos friends misturam-se todas as languages que existem, quando não são suficientes, hablamos "espacio" e sobram gestos e imitações... Somos ótimos atores de nós mesmos!
Uma das coisas mais engraçadas foi explicar o que significa "sacanagem", agora é a palavra favorita deles.
Incrível como longe de quem a gente ama a gente gosta mais fácil de quem chega perto.
sábado, 11 de setembro de 2010
Queques.
E, parece simples... Os livros me emprestaram todas as razões para estar aqui.
Foi ler a primeira frase e os olhos se encheram d'água.
É isso! Sempre soube o que buscar...
Aos poucos encontro meu lugar no mundo, que é em mim mesmo.
E o que eu gosto faz tanto sentido.
Tanta poesia!
O chão aqui tem poesia!
Só é possível querer ser melhor e só há caminho pra frente.
Em uma mesa reuni minhas gracinhas, espanha, frança, américa, suíça...
Em dois segundo vi que a língua é o menos importante, todos aqui se buscam de maneira intensa e se encontram um pouquinho em cada um e no outro.
Casos sobre sua morada, sobre cerveja e diferenças.
Somos todos sempre tão iguais, sabia?!
Precisava te contar... Como a vida é bonita!
Como tão longe do meu lar me sinto em casa e sinto muito isso, tudo me parece mais aguçado.
Alguém me abraça e diz que vai ficar tudo bem, pela entonação percebo que é isso que quis dizer.
Ou que tudo pode ser uma merda mas acaba bem.
Começa muito muito bem.
O que importa é querer mesmo ir além, nem que seja na esquina.
Nem que não saia do lugar.
Querer muito e com o corpo inteiro.
*Queques=muffins
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Meu lado de dentro.
Acordei em um susto.
Estou do outro lado, maninho.
Não vai dar pra te encontrar nessa noite.
O oceano tá meio engarrafado pra gente.
Eu também sinto. Nunca as coisas foram tão duais e sei que me entende.
Nos concentremos na felicidade que congela esses instantes e torna tudo eterno como deve ser: poeira na nossa história.
Vai passar rápido, é sempre assim mesmo.
Pro bem que me leva daqui pro seu lado, sinto um amor imenso por ti.
E, são vocês e a vontade de ser melhor e ter o que mostrar, contar e rir que me faz seguir ainda mais em frente. Um dia chego de volta.
Ainda estranho,
Sonhar com a realidade,
Acordar com o sonho
E, dormir pouco...
A saudade durante esse tempo será um pressuposto.
Deixemos esse drama pra lá, ok?!
Conte-me apenas as boas coisas e o que te faz parar pra pensar.
Não esqueça as fofocas, as efemérides e coisas do dia-a-dia que nos deixam próximo de quem a gente tem.
Que horas no msn?! Atende a droga do celular, po!
Tú é muito chato mesmo, pqp, te amo.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Primeiro dia.
Eu fiquei chocada mas entendi... Afinal, me vi lamentando que não tinha queijo minas, sendo que há poucas semanas eu nem ligava para ele...
Desde que descobri que aqui não tem virei a maior fã.
Bom, os portugueses são uma incógnita ainda... O comissário era um cavalo, o outro comissário além de lindo e lindo era um doce... Mas, assim, quando eles querem capricham na patada... Eu só consigo rir.
O taxista que nos trouxe do aeroporto nos chamou para almoçar na casa dele, mal sabe o coroa que somos cobras criadas, a personificação da malandragem carioca. E, sem que ele pudesse prever já imaginávamos que ele queria era almoçar a gente: -"Não, obrigada."
Depois conhecemos brasileiras fofas, que moram na nossa casa... Até agora não sei quantas pessoas moram aqui... Na minha parte do corredor são cerca de 6 ou 7 quartos... E o casarão é enorme e- pasmem!!!- super limpo. s2
Me contaram que é costume os portugueses com suas famílias inteiras alugarem quartos em residências assim... Feito pensão de estudante.
Já vi um senhor que mora com o filho, as meninas do Paraná, e o gnomo.
O gnomo é uma figura estranha que me assustou no meio dessa tarde, abri a porta e ele baixíssimo, gordíssimo, careca e peludo estava desfilando com o peito nu, bermuda e um croc rosa (!!!!). Achei ele até simpático, depois que abriu a porta da frente quando a chave empenou... Mas, as meninas do Sul disseram para tomar cuidado que ele fala pegando... E elas juram que ele já apertou o peito de uma menina (!!!!!!).
Ok. Anotado.
Depois andamos horas tentando achar o johrei center... Mas, ó vou te contar... ô povo enrolado.
De resto tudo aqui me parece lindo e um tanto inacreditável.
Tento me manter acordada pra entrar no fuso, mas de tanto sono penso estar dormindo desde ontem e que isso é algum delírio de quem dorme. Acho que aí se chama "sonho", não?!
Meus pensamentos têm sotaque e nem sei daonde é.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Sobre ir.
domingo, 29 de agosto de 2010
Domingo.
sábado, 28 de agosto de 2010
Checklist.
domingo, 22 de agosto de 2010
Esbarrão VIII e o que não acaba aqui.
Ela sabe que quando vinha o outono, ele caia em folhas.
E, com a primavera vinha ela e seu perfume, para eles então, florirem.
No verão, ele trazia o suor e alguma cerveja, para juntos guardarem na geladeira, ela era a companhia.
No inverno, ele, como geada, esfriava qualquer lembrança ruim, ela congelava a saudade e juntos faziam nevar no peito de amantes cristais de alguma coisa-que se não era- era muito próxima de amor.
De resto, não sabiam de mais nada.
Não sei...
Mas, coisas realmente bonitas acontecem quando a gente não sabe.
Depois que a gente não sabe.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Esbarrão VII e o tempo ser relativo.
O desejo é o que torna o irreal possível.
Nando Reis
“Pra que mais que isso?!”- tinha certeza- era a primeira vez.
Poderia ir embora ali, onde nasceu e acabou qualquer chance de promessas, juras e compromisso. Eles eram fantásticos, incríveis e reluziam de tanto docinho, se conheciam demais, profundo e absurdo. Se conheciam de sonhos. No susto o bichinho do mato, ao deixar o asfalto quis abrir mão da princesa pós-moderna que resgatou do alto da torre da superficialidade e efemeridade, do castelo que vivia mais por ter sido ensinada a viver do que por ser assim. Mas, isso ela só descobriu depois de andar do lado dele.
Passado o temporal, a bonança se fez no acordo absurdo proposto pela menina: “Uma vez Por estação. Querer sem promessas, sem amanhã depois de hoje, e todo dia um pouco pra não cansar.”
Ele, sem argumentos, aceitou...Não sabia onde isso o levaria, se o traria de volta de onde nem sabe se foi. Não sabe se passaram dez anos e se ela é essa menina que, de branco, vem ao seu encontro. Não pode imaginar o que se deu, se pôde dar, se fechou o olho e resolveu abrir o peito. Nu. Se deixou ela se aninhar no seu peito, se acostumou o queixo no cantinho do pescoço dela e esqueceu da vida que jurava ser-antes- a dele.
Quantas vidas tem n'uma vida? E em duas?
“Foram vinte anos?! É nosso guri se formando? Então, quem é aquela minha mulher que vejo no Rio?! É o cristo redentor? Guanabara, menina faceira, Que saudades d’ocê! Eu nunca casaria-ele pensou- a não ser que fosse com ela. Eu entrei naquele ônibus?! Eu voltei? Ela não atravessou o oceano?! Quem somos?! É você, eu, ele e ela?!”
É você?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Esbarrão VI e Ele.
Quem sou eu?!- Se perguntam.
Ele, antes de tomar o ônibus, tomou uma pinga. Procurava coragem e a encontrou engarrafada na esquina de casa... Estava em uma bifurcação e nem na estrada tinha entrado ainda. “Voltar pra ela, chegar pra ela, ou chegar em mim?! O que essa mulher quer de mim que já não tenha dado?! Será que dessa vez ela termina tudo? Parte pra outra? Resolve ser solteira cantando o hit da cidade, parada em qualquer praia? Que será de mim?!”- e entornava a coragem líquida goela abaixo.
Não sabia quem era aquela mulher que fez uma puta bagunça na sua vidinha perfeita, sabia que ela não tinha medo e já havia sofrido um tanto, sabia que ela era tinhosa, a danada. Que poderia, sem esforço amá-lo sem limites, pudores e futuro e brincar de eternidade. E, que ela com medo de se entregar a quem não a merecesse, vestiu-se em armadura, de tomara-que-caia estampado e curto fazia dos corações de menino seu parque de diversões favorito, seu passatempo de domingo que, logo, virava cansaço de segunda-feira, mas sabia que ele continuava na quarta.
Diziam, nas noites quentes e estreladas do campo, os amigos, que aquela menina seria seu fim. Diriam, se ele contasse sobre ela a alguém, era seu segredo, quase sagrado. Contava pra si mesmo, até cansar, até não acreditar mais que a carioquinha abusada existe, existiu e persiste escondidinha em todos os seus pensamentos absurdos de planos pra depois de amanhã.
E, num súbito o velho tomou um ônibus, sem saber pra onde, nem porque, nem se pra ver ela, se pra se ver, se pra ser feliz pra sempre, ou só provar pra ela que nem em cinqüenta anos ele a amaria mais que nos primeiros segundos que a viu antes que ela pousasse seus olhos sobre o dele, que mesmo depois de cinqüenta anos ela é aquilo que ele amou, mesmo que fugidio, verdadeiro. Ela o abraçou, achou que tremia, mas, não. Disse estar nervosa, e fingiu que seu único objetivo não era a boca, desviou.
“Pra que mais que isso?!”- tinha certeza- era a primeira vez.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Esbarrão V e Ela.
Decidiu parar, isso não a levaria a lugar algum, e ela nem precisava ir a lugar algum, ela estava onde sempre esteve, onde havia de estar, esperando seu menino-velho voltar, ou chegar, como na primeira vez. Na primeira vez que seus olhos pousaram sobre ele, ela já tinha certeza que aquilo ia demorar, que no início podia ser até pouquinho, mas que a primeira vista, era dele que ela queria mais.
Ela nem conseguia lembrar se teve uma vida que não ao lado dele, e deve ser porque não teve mesmo. Que não de Inverno, Outono, Primavera e Verão. Ele, Ele, Ele, Ele. Não sabe mais se tiveram filhos, se foram felizes para sempre. “É desse pra sempre que todos falam?!”- pensava... E, pensava.
A velha já não lembra bem se em um dos finais de semana que ficavam juntos, ele resolveu jogar tudo pro alto e ficou dormindo no colo de moça, e tiveram uma vida longa e enrugaram juntos ou se eles haviam se separado na segunda semana, se não agüentaram tanta poesia em corpo, em dia a dia. Não sabe mais se viveram juntos além dos sábados e domingos que, durante décadas, inventaram um compromisso qualquer para os outros, que justificasse a ausência e para que, enfim, pudessem se trancar em um quarto.
Não sabe se ele enganava a mulher capial pra vir ter na cidade grande, ou se na sua casa só morava ele e a saudade dela, e fotos que eles não tiraram espalhadas pelo sofá e coladas nas paredes, ela nem sabe se era com ele que acordava toda segunda. Ele existiu?!- se pergunta. Ela chega a duvidar se passaram cinqüenta anos ou se ele acabou de partir,ou ainda, se tem meses que ele foi embora e, em alguns dias ela vai atravessar um oceano pra estudar artes e esquecer um pequeno enorme amor, que faceiro lhe faz pensar em ficar um pouco mais.
Quem sou eu?!- Se perguntam.