quarta-feira, 20 de maio de 2009

colcha de retalhos de tarde.

"Saudade é amar um passado
que ainda não passou
É recusar um presente
que nos machuca
É não ver o futuro
que nos convida..."

-Pablo Neruda-

"O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase."

-
Paulo Leminski-

"Você está vivo.
Esse é o seu espetáculo.
Só quem se mostra se encontra.
Por mais que se perca no caminho"

-Cazuza-

"
Era tempo de terra.
Onde não há jardim,
as flores nascem
de um secreto investimento
em formas improváveis."

-Carlos Drummond de Andrade-

"Andavam por ruas e ruas falando e rindo,
falavam e riam para dar matéria peso
à levíssima embriaguez que era
a alegria da sede deles."

-
Clarice Linspector-

Costuro esses pedaços pra construir a colcha de retalhos que me invadiu no final dessa tarde.
Entendi o choro dos vencidos, se chora pelo desconhecido.
Em seguida, vencidos e vencedores, se é que isso existe, choram sem lágrimas, pelas pequenas dores de cada dia.
Hoje, já não chorei...não o faço há tempos...
Mas teria chorado se ainda tivesse espaço.
mas...

"Às vezes como uma moeda
se acendia um pedaço de Sol
entre minhas mãos."

-
Pablo Neruda-

E, eles falam melhor hoje isso de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu choro porque tenho tempo e ainda há dor. Só por isso!