sexta-feira, 22 de maio de 2009

É que balança.

Ai que saudade sem fim.
Não sei porque,
Isso ainda mora em mim.
Vejo...
E, essas pedras, acho que é mágoa que se instalou,
Que nasceu e cresce, acidente geografico,
Isso é sísmico, terremoto de tudo que vou sendo.
As ondas daqui e de você insistem em bater,
Cadinho,
Cadinho e aos poucos elas vão virando areia...
Queria muito isso ainda aqui.
Queria poder dizer o que não se soube mais.
Ai de repente isso me assalta no meio do dia.
Ao meio-dia a fome desse fel arrebata,
Me arrebata e não me deixaria inteira...
Se já não fosse a hora de navegar em outras nuvens.
Pior que o corvo que assustou em poema no meio da noite,
é a bicicleta que fica parada, encrustrada de diamante raro,
Cheia de poeira de expectativa, do que não pode ser porque não é.
Sem andar nenhuma quadra.
Pedalei, mas queria aprender o caminho de volta para o que seguiu.
-Vem comigo, eu ainda faço força pra isso.


Ou não.

Um comentário:

Karol Gonçalves disse...

"Pior que o corvo que assustou em poema no meio da noite,
é a bicicleta que fica parada, encrustrada de diamante raro,
Cheia de poeira de expectativa, do que não pode ser porque não é.
Sem andar nenhuma quadra."

E eu não sei andar de bicicleta e vc fez uma ótima metáfora para mim!