domingo, 22 de agosto de 2010

Esbarrão VIII e o que não acaba aqui.


Ela sabe que quando vinha o outono, ele caia em folhas.

E, com a primavera vinha ela e seu perfume, para eles então, florirem.

No verão, ele trazia o suor e alguma cerveja, para juntos guardarem na geladeira, ela era a companhia.

No inverno, ele, como geada, esfriava qualquer lembrança ruim, ela congelava a saudade e juntos faziam nevar no peito de amantes cristais de alguma coisa-que se não era- era muito próxima de amor.

De resto, não sabiam de mais nada.

Não sei...

Mas, coisas realmente bonitas acontecem quando a gente não sabe.

Depois que a gente não sabe.


5 comentários:

Karol Gonçalves disse...

Ufa!!!
Pra quem não conseguia escrever parágrafos longos.. Só poeeesia!
Fiquei orgulhosa!

Karol Gonçalves disse...

"No inverno, ele, como geada, esfriava qualquer lembrança ruim..."

O amor é otimista!! Pq no frio é complicado lembrar de coisas boas.

Karol Gonçalves disse...

"Mas, coisas realmente bonitas acontecem quando a gente não sabe."

Não! Não concordo não.

Que muito controle e consciência quando as coisas bonitas acontecem!
Para guardar pra sempre...

lídia martins disse...

Vamos deixar o coração bater forte no mundo... E atravessar todas as fronteiras da desilusão...Nossa morada será no alto. Vamos escolher um lugar onde nunca fomos. Quem sabe perto do sol, nas asas do vento? Onde a única voz que se pode ouvir é a da emoção!


Te abraço
Te entendo.

Jaya Magalhães disse...

E o mais bonito é o não saber. É o mais bonito. E eu sempre digo uma coisa: a primavera, essa sempre coube em todas as estações.

Nega,

Preciso ler os demais esbarrões assim que ficar mais zen.

Um beijo estalado.