As minhas palavras me escondem.Peço desculpas à alguma coisa.Minhas palavras não são minhas , elas vão surgindo sem sentido, quando eu sinto.
Larguei a mão da coerência, e se elas pulsam e jorram é porque não aprendi a estancar isso de mim.
Quando o que vivo reflete em alguma coisa lá dentro do que sou...Escrevo pra entender.
Talvez seja uma tentativa infantil de concretizar o que não existe e me perturba, por ser enorme.
Minhas palavras quando dentro da cabeça são como elefante furta-cor no meio de uma sala.Elas incomodam, brilham, fazem muito barulho.
Nada é feito, nada se posso fazer...A não ser colocá-las pra fora!
E, vai acontecendo assim.Até o momento em que o caminho passa a ser o contrário, muda a mão!
E o que começo a escrever quando o que já existiu esgota, passa a ser uma encenação de vida, a minha simulação do real.
Sou a minha autora.
Me escrevo quando canso de ser.
7 comentários:
Annanda, você me impressiona.
Tenho a sensação, às vezes, de estar lendo Clarice.
Outras, Fernando Pessoa.
Você é fantástica.
Mas não é nenhum deles...é somente e apenas Annanda Galvão.
Amo tudo que você escreve quando sente ou quando nem sabe o que está sentindo.
Preciso te dar um abraço.
olá.
acho que todos somos assim mesmo. mas de certa forma, acho que é bom que consigamos nos reinventar volta e meia, faz bem, a gente bate a poeira, sacode o corpo e logo estamos prontos pra outra.
acho que é assim mesmo, vamos nos recriando e aperfeiçoando tudo que faz da gente, um humano.
parabéns pelo texto.
ah, ia me esquecendo, sorte e luz.
obrigado pelas palavras no blog.
é assim, flor, que você jamais se cansará de você.
Reescreva-se, sim. Sempre.
Beijos!
aaah, escrever... minha paixão, meu ganha pão.
Gostaria de "ter escrito" isso...
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