Quero que você me lembre pelo cheiro e pela a minha confusão.
Quero ser o entendimento sincero e simples de quem desloca orelhas para o peito, pra assim escutar o que a cabeça não entenderia.
Adoro seus silêncios e como pode me decifrar quando eu nem sei do que to falando.
Ainda que seus quadris não acompanhem as batucadas que estão desenhadas pelo meu caminhar, quero que esse dia acabe com seu nariz gelado na minha fronte.
Me sei absurda e por isso o nosso absurdo se encaixa tão bem entre minhas roupas, bolsas e o que me preza de verdade. Umas quantas vezes você.
Frente a isso, cabe em mais alguns versos o que ainda nasce, feito plantinha entre azulejos.
Cabe que a sentença é que você existe.
E, por você existindo e, eu consciente disso, só poderia mesmo aceitar que todo tecido que forra meu corpo, seja repouso das tuas mãos no fim do dia.
Já tão cansadas de fazer música, tenta ainda uma sonata de risos enquanto me toca.
Aceito elas também pelas manhãs de domingo, e que elas me abracem forte quando eu achar que eu vou partir em mil pedaços e daqui.
Nssa madrugada quando ficou frio, encontrei nas tuas palavras vindas de tão longe de onde habito - e me habitua a frio em demasia e vento - o calor que eu precisava pra pegar no sono.
Pra pegar no sonho.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A palo seco.
Não tinha mais sangue.
O corte foi indolor. Ou teria sido se já não tivessem derramado tantos mares pelos olhos.
Sentimento demais estraga relações e textos.
Pessoa já proclamou que o poeta é um fingidor.
Nota mental: fingir a dor que deveras sinto!
Sinto? Que sinto que não essa ausência de sentir?
Que sinto que não minha carne fresca que começa a apodrecer se não te tirar correndo das minhas entranhas?
Te arranco, seco.
Orgulho crescente de levar as relações com carinho.
Sutilezes e arrebates são necessários quando há amor.
E, quando já não há... Um adeus com sorriso nos lábios...
Com uma piscada: Em uma próxima vida?
Não sei... Não sei...
Só sei que não foi tão bom assim... Mas, óh, boa sorte.
Não posso inventariar o que passou, não posso nem pensar nisso agora.
Você ainda é minha criptonita.
Mas, só até amanhã. Porque vou me mudar pra uma terra, dentro de mim, onde não existe você.
As malas estão prontas e te deixar pra trás deixa tudo mais leve.
Meu coração, todo ele, todas as veias, as entradas e saídas e até o cantinho que eu costumava segurar você... Todo ele te deixa livre pra viver um grande amor.
Desses que inspiram novelas, que vai inspirar um texto melhor que esse.
Que vai inspirar outros amores...
Que ela seja linda, uma aparição
Mas, não tão linda quanto eu.
Que ela goste mais de você.
Que eu já não gosto mais, agora.
O corte foi indolor. Ou teria sido se já não tivessem derramado tantos mares pelos olhos.
Sentimento demais estraga relações e textos.
Pessoa já proclamou que o poeta é um fingidor.
Nota mental: fingir a dor que deveras sinto!
Sinto? Que sinto que não essa ausência de sentir?
Que sinto que não minha carne fresca que começa a apodrecer se não te tirar correndo das minhas entranhas?
Te arranco, seco.
Orgulho crescente de levar as relações com carinho.
Sutilezes e arrebates são necessários quando há amor.
E, quando já não há... Um adeus com sorriso nos lábios...
Com uma piscada: Em uma próxima vida?
Não sei... Não sei...
Só sei que não foi tão bom assim... Mas, óh, boa sorte.
Não posso inventariar o que passou, não posso nem pensar nisso agora.
Você ainda é minha criptonita.
Mas, só até amanhã. Porque vou me mudar pra uma terra, dentro de mim, onde não existe você.
As malas estão prontas e te deixar pra trás deixa tudo mais leve.
Meu coração, todo ele, todas as veias, as entradas e saídas e até o cantinho que eu costumava segurar você... Todo ele te deixa livre pra viver um grande amor.
Desses que inspiram novelas, que vai inspirar um texto melhor que esse.
Que vai inspirar outros amores...
Que ela seja linda, uma aparição
Mas, não tão linda quanto eu.
Que ela goste mais de você.
Que eu já não gosto mais, agora.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Com amor, eu.
Você não devia ter me amado. Abriria mão do sorvete, do abraço forte, dos lápis de cores.
Queria que não fosse nada mais que mais um. Uma conta tola, uma lembrança amassada no fundo de algum armário velho.
Não. Você tá ali, feito troféu, reluzente. Mas, não fui eu que te ganhei no último verão.
As brisas do Oceano te despejaram aqui, quase em cima de mim. Pra ser proibido mesmo, como quem quer ser a melhor maçã, sabendo-se mortal, pede pra não ser devorada, mas, só por hoje, você queria que eu te tirasse uma lasca.
Você tem me deixado bêbada todos esses dias. Tenho 900 dias de ressaca e pra melhorar, precisaria de doses cavalares do seu peso sobre mim.
Não posso ter seus pedaços enquanto ainda existe o querer inteiro.
Queria a vida toda e mais duas ou três. Queria curar minha febre no teu pescoço, arrumar uma cabana e ir morar na praia só pra te ver pescar de bermuda e chinelo e ver tua pele envelhecida, castigada pelo Sol e pelo quanto não te deixaria pegar no sono. Contaríamos estrelas e histórias. Seria eu, você e maresia.
Por isso, por certo, digo que você não deveria ter me amado.
E toda essa revolta que tua chegada me trouxe, vira nada quando eu tenho que enxugar tuas lágrimas com aquele velho vestido rodado.
Tem razão o que não é pra sempre?
Nos últimos cinco minutos parimos uma filha e até o final desse texto terei ainda mais três meninos pra você dar o nome.
E, agora eu que já não sei mais que nome dar pro que já não fomos. E reluto a cada vírgula perguntar o que podemos ser.
Teus filhos pesam em mim. São as memórias que você cravou com unhas e algodão doce em cada centímetro de tudo ao meu redor.
Sem beijo pra dormir, sem querer saber se estou bem depois de descer ruas escuras.
Os véus sobre nós dois não passam de bobeiras ditas a meia luz, de tudo que se calou.
Enquanto você apruma a vela pro próximo destino, sambemos juntos ao som da velha cuica.
Deixe que o nosso ritmo passe, me abraça forte que eu já to preparada pra uma próxima canção.
Que nossos novos pares sejam doces e que que a gente viva o amor como ele deve ser, todo dia, feito oração.
Descortino tudo e as janelas, portas e frestas levam ao sabor do vento o que um dia foi o nosso amor.
Assim mesmo como quem é leve, fluido e arrepia.
Torço pra que ele seja respirado por pulmões ávidos e prontos pra uma aventura.
Te amar é o melhor desvio do meu caminho.
Queria que não fosse nada mais que mais um. Uma conta tola, uma lembrança amassada no fundo de algum armário velho.
Não. Você tá ali, feito troféu, reluzente. Mas, não fui eu que te ganhei no último verão.
As brisas do Oceano te despejaram aqui, quase em cima de mim. Pra ser proibido mesmo, como quem quer ser a melhor maçã, sabendo-se mortal, pede pra não ser devorada, mas, só por hoje, você queria que eu te tirasse uma lasca.
Você tem me deixado bêbada todos esses dias. Tenho 900 dias de ressaca e pra melhorar, precisaria de doses cavalares do seu peso sobre mim.
Não posso ter seus pedaços enquanto ainda existe o querer inteiro.
Queria a vida toda e mais duas ou três. Queria curar minha febre no teu pescoço, arrumar uma cabana e ir morar na praia só pra te ver pescar de bermuda e chinelo e ver tua pele envelhecida, castigada pelo Sol e pelo quanto não te deixaria pegar no sono. Contaríamos estrelas e histórias. Seria eu, você e maresia.
Por isso, por certo, digo que você não deveria ter me amado.
E toda essa revolta que tua chegada me trouxe, vira nada quando eu tenho que enxugar tuas lágrimas com aquele velho vestido rodado.
Tem razão o que não é pra sempre?
Nos últimos cinco minutos parimos uma filha e até o final desse texto terei ainda mais três meninos pra você dar o nome.
E, agora eu que já não sei mais que nome dar pro que já não fomos. E reluto a cada vírgula perguntar o que podemos ser.
Teus filhos pesam em mim. São as memórias que você cravou com unhas e algodão doce em cada centímetro de tudo ao meu redor.
Sem beijo pra dormir, sem querer saber se estou bem depois de descer ruas escuras.
Os véus sobre nós dois não passam de bobeiras ditas a meia luz, de tudo que se calou.
Enquanto você apruma a vela pro próximo destino, sambemos juntos ao som da velha cuica.
Deixe que o nosso ritmo passe, me abraça forte que eu já to preparada pra uma próxima canção.
Que nossos novos pares sejam doces e que que a gente viva o amor como ele deve ser, todo dia, feito oração.
Descortino tudo e as janelas, portas e frestas levam ao sabor do vento o que um dia foi o nosso amor.
Assim mesmo como quem é leve, fluido e arrepia.
Torço pra que ele seja respirado por pulmões ávidos e prontos pra uma aventura.
Te amar é o melhor desvio do meu caminho.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
O que o Alzheimer me deu.
Hoje minha avó faz 78 anos.
Meus pais estão em casa, arrumando o jardim e as comidinhas pra quem há de chegar pro bolinho da tarde.
Minha avó mora com a gente há 4 anos.
Há 4 anos os sintomas do Alzheimer, deram medo nela, que consciente do que estava para vir, pediu pra ficar aqui. Ela que é mãe do meu pai, só se sentia confortável na casa da minha mãe.
A doença não é fácil. Assistir alguém que você ama indo embora um pouco todos os dias, dói.
No caso da vó, que sempre fora uma mulher com muita personalidade, muito cuidadosa com a casa, uma super avó, isso ficou ainda mais evidente.
Eu costumo brincar que eu tenho duas avós: a de antes e a de agora. E eu amo as duas na mesma, mas ainda acho que a de agora me ensina ainda mais que a de outrora.
O Alzheimer não tem cura. Nossa dor também não.
Mas, nesses anos aprendemos a driblar qualquer choro inconveniente no meio do dia, com uma risada ou um 'Que isso vó?'
O que mais dói não é o que ela não lembra... Isso se aprende a lidar. O que mais dói é ver uma família inteira, que costumava se reunir todo domingo, acabar.
Sim, acabar. Porque é fácil estar junto quando tudo soa um comercial de margarina.
Eu não posso e nem consigo ter o mesmo carinho por alguém que tendo o mesmo sangue que o meu, tendo conhecido a D. Nice que eu conheci, ainda assim foge do compromisso que filhos devem ter com mãe, amor incondicional que filhos tem por mães e sugere que devemos sim, colocá-la em um asilo.
Afinal, ela não é mais a mesma. Mal sabe ele, que quem se degenera a cada proposta dessa ou cada fuga, é ele. Eles tem filhos, eles tem família e esse é o exemplo que dão.
-Hey, aqui em casa essa idéia não passa da porta, não é bem-vinda, nem considerada. Aqui ainda sabemos que a Vó Nice existe, ela tá aqui na varanda e há cinco minutos viu um disco-voador... Quer saber? Eu também vi!
Minha vó é aquela que fazia leitinho queimado com canela pra garganta que doia, a que fazia montinho nos pés com o cobertor pra espantar o frio, ovo quente pra comer de colherzinha, jogava dama e dominó comigo até o olho fechar e me ensinou a ser uma expert em jogo da velha.
Minha vó me acordava cantando Maria Bonita, o café já estava pronto. O shampoo no seu banheiro era sempre o Seda pra cabelos pretos e o sabonete Phebo.
Até hoje, só de sentir o cheiro de phebo eu sou transportada no tempo e espaço... E, lembro dela penteando seu cabelo preto e liso e reclamando que era ruim demais ser "boi lambeu". Me fazendo ficar feliz com meus cachos mesmo ainda invejando os seus.
Alguém que pode experimentar toda a generosidade de uma mulher, que tendo 3 filhos homens, ainda carregava água na cabeça pro banho deles, simplesmente por amor. Ainda assim, pode negar esse amor de volta. Eu não.
A minha avó amou muito e eu sou uma vítima declarada disso, ele está nas fotos, ele está quando por um segundo, ao cantarmos "Carinhoso", olhamos nos olhos uma da outra e sabemos que vai ficar tudo bem.
Já está tudo bem.
Ela pergunta por eles, a gente tem vontade de falar que eles não ligam mais pra nada além da divisão do apartamento e que ela virou trabalho pra eles, a visita inconveniente e ignoram que dentro do peito, bate um coração, com marca passo, mas ainda cheio da gente lá dentro.
Minha vó de agora me ensinou que o amor que você dá pode não ser o amor que você tem de volta.
Minha vó de agora acha que minha mãe é sua filha. Isso me ensinou que sangue influencia muito pouco.
Acho que minha mãe também acha que ela é sua mãe, não o fosse assim, ela não a colocaria todas as noites pra dormir com um beijo de boa noite... Mesmo que ela levante dez vezes pela madrugada, dez vezes minha mãe está lá.
Meus motivos para comemorar hoje são imensos: Tenho uma avó que me ama há 25 anos e ainda me olha como se eu tivesse cinco e precisasse que ela me mostrasse o mundo. E, eu o vejo pelos seus olhos.
Sou a neta que está do lado dela, sou quem assiste desenho animado do seu lado, sou quem ouve suas histórias, sou quem inventa histórias pra confortar suas angústias. Somos uma família. Meus pais, eu, meu irmão, ela e a Márcia.
Descobri que minha família é que eu escolhi.
E, meus pais são os filhos que um dia eu quero ser.
Esse é a maior lição que minha vó me dá todos os dias e que me fala desde que sou criança: 'A gente só dá, aquilo que tem". E, é verdade, caráter e amor, ou você tem ou você não tem.
Obrigada vó, por mesmo quando esquece de tudo, ainda lembrar que eu sou sua menina.
O Alzheimer não nos tirou nada, ele nos deu um amor mais forte.
domingo, 15 de julho de 2012
Tudo o quanto for.
Gongolo, dormideira, filhotinhos.
Pedra, musgo, limo.
Hortelã.
Tudo o quanto for natural.
Deixe assim.
O toque, o sutil, a interrogação ante a certeza.
O corpo. a forma. Os braços ante o braço.
Correr sob pedras, sobre pedras transcorrer e dizer ao outro tudo que passou, tudo que ainda, inevitavelmente, espera.
Antes de estragar tudo, espera só mais um pouquinho.
O outro amor, vibra, transforma e transtorna o que poderia.
O que poderia?
A falta de tempo, um novo amor, a falta.
Alimentar a pele e as esperanças.
Ele natural dali, Ela de lá.
E, aqui jaz.
Sem lugar e com espaços enormes no peito, no discurso, na vida e no tempo.
Bromélia cheia d'água.
Orquídea violeta.
Rosa amarela.
Gérbera laranja.
Deixa assim, só me traz e dá o que for natural.
Andar descalço, querer que melhore.
Espalhar lavanda pela casa.
Parar de fumar, porque o outro não pode mais.
Ter a certeza que o melhor café do mundo é o dele.
Eu sei, você não toma mais café. Te faz mal. Nostalgia ou enjôo, Querida?
Ele não está, nem vai, nem vem.
Sirva uma xícara pra quem está do seu lado e precisa, abrace.
Torcer e de olhos fechados pedir, mas, só pelo outro.
Ficar junto, mesmo quando e as vezes que não se está.
Entender o bicho selvagem que reside, o nativo,
A tua doce, arredia e imprecisa natureza.
Pedra, musgo, limo.
Hortelã.
Tudo o quanto for natural.
Deixe assim.
O toque, o sutil, a interrogação ante a certeza.
O corpo. a forma. Os braços ante o braço.
Correr sob pedras, sobre pedras transcorrer e dizer ao outro tudo que passou, tudo que ainda, inevitavelmente, espera.
Antes de estragar tudo, espera só mais um pouquinho.
O outro amor, vibra, transforma e transtorna o que poderia.
O que poderia?
A falta de tempo, um novo amor, a falta.
Alimentar a pele e as esperanças.
Ele natural dali, Ela de lá.
E, aqui jaz.
Sem lugar e com espaços enormes no peito, no discurso, na vida e no tempo.
Bromélia cheia d'água.
Orquídea violeta.
Rosa amarela.
Gérbera laranja.
Deixa assim, só me traz e dá o que for natural.
Andar descalço, querer que melhore.
Espalhar lavanda pela casa.
Parar de fumar, porque o outro não pode mais.
Ter a certeza que o melhor café do mundo é o dele.
Eu sei, você não toma mais café. Te faz mal. Nostalgia ou enjôo, Querida?
Ele não está, nem vai, nem vem.
Sirva uma xícara pra quem está do seu lado e precisa, abrace.
Torcer e de olhos fechados pedir, mas, só pelo outro.
Ficar junto, mesmo quando e as vezes que não se está.
Entender o bicho selvagem que reside, o nativo,
A tua doce, arredia e imprecisa natureza.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Carta a um desavisado.
Caro Desavisado,
Eu sei... Ninguém te avisou.
Antes de mais nada, preciso mesmo lhe explicar a razão desta
carta: Ouvi dizer, (ou você me disse?), que você estava meio assim, sei lá. Meio
sem saber se vai e se fica e, isso tudo seria no mesmo lugar.
Olha, nada do que eu escrevo aqui faria sentido pra mim,
mas, eu realmente espero que faça pra você. Tem algumas pessoas que parecem
nosso reflexo ou aparecem no reflexo. O
que poderíamos ter sido. Eu nem te conheço direito- ou demais- e, sinto isso,
talvez eu também não tenha me conhecido direito um dia.
Das poucas coisas que aprendi nesses anos, quero dividir uma
ou duas contigo, pupilo.
Não se desiluda, conserve tuas lágrimas a postos. Isso te
manterá vivo, são. Orgulhe-se delas e
não disfarce com cílios, óculos, ciscos. Nada de migalhas e muitos exageros!
As coisas que transbordam é o cantinho onde a vida fica. São
as coisas que não são coisas, entende¿ Desconfio que sim...
Não é manter ilusões, é acreditar. Não sei porque acreditar
passou a estar vinculado a ilusão, como se verdades fossem como fadas do dente
ou papai Noel.
Enfim, praia é legal, frio também, gente que te sacaneia?
São seus melhores amigos. Sério!
Você entende depois de um tempo que aquela traição foi o
impulso necessário pra pegar o primeiro avião em busca de um sonho ou que
aquela fofoca idiota era tudo que você precisava pra ser mais verdadeiro, mais
ainda e sempre. Reconheça seus facilitadores, aprenda e se afaste quando chegar
o tempo.
Acordar cedo é necessário, trabalhar poder ser um saco,
todavia, evita suicídios e porres diários.
Para de corrigir as vírgulas, nem dê tanta atenção ao número
de parágrafos, não brigue... No final, ninguém nunca sabe quem foi que começou
ou qual o porquê do qual e porém dos afins.
Contudo, preciso te avisar, não será tão fácil e as vezes é
pesado. Dói e não dá pra ficar falando sobre tudo todo dia (eu até gostaria).
Há que ser generoso.
Acho que esse é um segredo: generosidade. Com os outros e
principalmente com você mesmo.
Um olhar mais doce deixa tudo melhor. Não é ser idiota, é
saber profunda e totalmente a verdade. E, mesmo assim escolher o lado mais
doce, o melhor, “não foi por querer” ou ainda “ foi por querer, e eu não me
chateio tão fácil”.
Mudar de fase é foda. Eu lembro que quando sai do Rosário eu
sofri muito, faltava ar. Era medo da próxima etapa. Mal sabia eu que ia pro
lugar que eu mais amei. Fui amada por cada disciplina, professor mal-humorado,
cadeira quebrada, encontros na cantina, fui amada pelo que me tornei, de repente...
Voilá! Aquilo tudo que você sempre pôde ser, vira você... Distraído e de uma
maneira quase orgânica. Você tem os amigos que quer, as conversas que nunca
imaginou poder participar, as festas mais selecionadas com música que você
costumava ouvir sozinho no seu quarto. Hey, cara! Isso existe...
Sim, você está certo... Você não precisa de uma instituição
pra isso... Nem você, nem Jobs.
E, nem acredito que alguém deva te convencer, você deve
querer, com cada pedacinho, cabelo e unha encravada.
Mas, vai que você vai preso! Cela especial, saca¿
Nada vai ser melhor que os anos que você estiver na
Universidade? Mentira, utopia está aí pra isso... Mas, é verdade que estar lá é
a desculpa perfeita pra todo o resto, de que você está fazendo algo de
relevante enquanto você sai, vai a praia, se apaixona uma vez por mês, tem
ressacas e notas baixas. E, mais uma vez... Tcharam: Passam-se 5 anos e você,
de fato, fez algo útil. Você se distrai e nasceu um sonho, uma vontade.
Da etapa seguinte, estou ainda descobrindo os pormenores...
Prometo fazer um bom trabalho e mandar tudo por correio.
Estou pensando nos custos.
Meus sinceros votos de sucesso,
Uma desavisada.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Trechinho ou chame do que quiser.
Meu amigo Rafael Mendes postou um trecho de livro... Vi e tive que salvar... Hoje acordei pensando no que li.
Divido aqui:
"Têm sido assim meus dias. Sou mais feliz que 97,6% da humanidade, nas contas do professor Schianberg. Faço parte de uma ínfima minoria, integrada por monges trapistas, alguns matemáticos, noviças abobadas e uns poucos artistas, gente conservada na calda da mansidão à custa de poesia ou barbitúricos. Um clube de dementes de categorias variadas, malucos de diversos calibres. Gente esquisita, que vive alheia nas frestas da realidade. Só assim conseguem entregar-se por inteiro àquilo que consagram como objeto de culto e devoção. Para viver num estado de excitação constante, confinados num terrítório particular, incandescente, vedado aos demais. Uma reserva de sonho contra tudo que não é doce, sutil ou sereno. É o mais próximo da felicidade que podemos experimentar, sustenta Schianberg. Não sei o nome que você daria a isso. Bem, não importa muito, chame do que quiser. Eu chamo de amor." Marçal Aquino, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios.
Divido aqui:
"Têm sido assim meus dias. Sou mais feliz que 97,6% da humanidade, nas contas do professor Schianberg. Faço parte de uma ínfima minoria, integrada por monges trapistas, alguns matemáticos, noviças abobadas e uns poucos artistas, gente conservada na calda da mansidão à custa de poesia ou barbitúricos. Um clube de dementes de categorias variadas, malucos de diversos calibres. Gente esquisita, que vive alheia nas frestas da realidade. Só assim conseguem entregar-se por inteiro àquilo que consagram como objeto de culto e devoção. Para viver num estado de excitação constante, confinados num terrítório particular, incandescente, vedado aos demais. Uma reserva de sonho contra tudo que não é doce, sutil ou sereno. É o mais próximo da felicidade que podemos experimentar, sustenta Schianberg. Não sei o nome que você daria a isso. Bem, não importa muito, chame do que quiser. Eu chamo de amor." Marçal Aquino, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Caminho da Lorena (ou das Índias)
Estudamos juntas durante o bom e velho segundo grau.
Ela nega... Mas, sentava lá na frente.
Eu nego, mas, sentava lá atrás.
Sem saber a razão exata, de repente, conversávamos quando o intervalo acabava e as duas,quase sempre, chegavam mais cedo em sala pra esperar o professor.
Talvez tenha sido a única coisa em comum naqueles anos tão incomuns.
Passada a formatura, mudaram as estações e, tudo mudou.
Nos encontrávamos 2 vezes ao ano, nossos aniversários.
Em junho e julho, colocávamos um ano em dia.
Até que um dia chegou até mim a notícia de que ela, a Lora mais morena da parada, poderia estar triste.
Pedi seu número e, naquele mesmo dia, passamos horas no telefone.
Eu precisava de uma amiga, ela precisava de uma amiga. E, acabamos precisando uma da outra.
Acabamos rindo muito. Começamos. Ela corrigiu minha monografia e me ensinou regras de ABNT.
Eu a levei pra dançar e a apresentei ao "sex on the beach"... Ao que ela aprovou e após ao segundo gole, já dançava até o chão.
Me orgulho em dizer que anos depois ela sabe beber sem me fazer passar vergonha!
E, foi assim... Uma certeza calma e uma amizade boa. Amiga de ombro, copo e sofá.
Ela sempre com os pés no chão, mas, me dando força pra voar.
Quando eu cai de cabeça, lembro de uma das coisas que ela disse, que mais me ensinou e comoveu:
"Não acredito que ele fez isso com a gente!"
Não aguentei e respondi: "Lorena, ele fez isso comigo!"
E, ela, ainda revoltada: "Fez comigo também! E aquela semana que passamos juntos? Eu gostei tanto dele! Dei tanta força e carona... Ai amiga...Nunca mais quero vê-lo!"
Muitos risos.
Eu sei que você pegou minha dor, dividiu comigo. Me ensinou mais uma vez a rir. E, como rimos, né?
Fico feliz em partilhar essa marca registrada com você! Sou imensamente grata por ter alguém que sente junto. O que esse dia me ensinou é que quem tem você por perto, nunca está sozinho. Você é sempre uma equipe! E, realmente espero que esse seu senso de respeito, caráter, consideração ao próximo, possa ser aproveitado, vivido da melhor maneira pelos sortudos que hão de cruzar os seus muitos caminhos nos próximos e mágicos 45 dias que estão por vir...
Os indianos não tem idéia da sorte que tem :)
Vai com todo seu coração e aproveite todos os minutos!
Não pense em nós... Estaremos exatamente aqui ou ali te esperando!
Que bom que você vai fazer isso pela gente!
Cada um de nós, o povo que te ama, está indo um pouquinho na sua mala!
Ela nega... Mas, sentava lá na frente.
Eu nego, mas, sentava lá atrás.
Sem saber a razão exata, de repente, conversávamos quando o intervalo acabava e as duas,quase sempre, chegavam mais cedo em sala pra esperar o professor.
Talvez tenha sido a única coisa em comum naqueles anos tão incomuns.
Passada a formatura, mudaram as estações e, tudo mudou.
Nos encontrávamos 2 vezes ao ano, nossos aniversários.
Em junho e julho, colocávamos um ano em dia.
Até que um dia chegou até mim a notícia de que ela, a Lora mais morena da parada, poderia estar triste.
Pedi seu número e, naquele mesmo dia, passamos horas no telefone.
Eu precisava de uma amiga, ela precisava de uma amiga. E, acabamos precisando uma da outra.
Acabamos rindo muito. Começamos. Ela corrigiu minha monografia e me ensinou regras de ABNT.
Eu a levei pra dançar e a apresentei ao "sex on the beach"... Ao que ela aprovou e após ao segundo gole, já dançava até o chão.
Me orgulho em dizer que anos depois ela sabe beber sem me fazer passar vergonha!
E, foi assim... Uma certeza calma e uma amizade boa. Amiga de ombro, copo e sofá.
Ela sempre com os pés no chão, mas, me dando força pra voar.
Quando eu cai de cabeça, lembro de uma das coisas que ela disse, que mais me ensinou e comoveu:
"Não acredito que ele fez isso com a gente!"
Não aguentei e respondi: "Lorena, ele fez isso comigo!"
E, ela, ainda revoltada: "Fez comigo também! E aquela semana que passamos juntos? Eu gostei tanto dele! Dei tanta força e carona... Ai amiga...Nunca mais quero vê-lo!"
Muitos risos.
Eu sei que você pegou minha dor, dividiu comigo. Me ensinou mais uma vez a rir. E, como rimos, né?
Fico feliz em partilhar essa marca registrada com você! Sou imensamente grata por ter alguém que sente junto. O que esse dia me ensinou é que quem tem você por perto, nunca está sozinho. Você é sempre uma equipe! E, realmente espero que esse seu senso de respeito, caráter, consideração ao próximo, possa ser aproveitado, vivido da melhor maneira pelos sortudos que hão de cruzar os seus muitos caminhos nos próximos e mágicos 45 dias que estão por vir...
Os indianos não tem idéia da sorte que tem :)
Vai com todo seu coração e aproveite todos os minutos!
Não pense em nós... Estaremos exatamente aqui ou ali te esperando!
Que bom que você vai fazer isso pela gente!
Cada um de nós, o povo que te ama, está indo um pouquinho na sua mala!
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Sobre bochechas, febre e festa.
Queria a vontade absurda!
A querência tardia.
Febre de manhã e festa a noite.
Céu estrelado e arrancar as palavras da boca.
Arrancar sua boca da distancia.
Ela, danada, sorrateira.
Te tem. Sempre.
Vocês, que moram juntos.
Meu amor, sua pele, a saudade e distancia.
Cheiro de halito, abraço apertado, confiar.
Tudo que eu já não sei, nem sei mais.
Te sei no passado e futuro.
Mas, perdi o que voce me deu de presente.
Preciso de você amanhã, bem cedinho.
Que dia faz sentido sem suas
bochechas rosas pra me colorir?
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Paisagem
Resolvi juntar em um saquinho todas as mini-dores.
Coloquei tudo em tratamento.
Tem que ver menina! Tá virando um jardim lindo!
Tem cor pra todo lado...
Meu peito?
Inevitável.
Virou um jardim.
Eu já consigo sentir as raízes me fazendo cócegas por dentro.
Cicatrizes virando caminhos.
O coração passou por uma revitalização paisagísitca.
Descobri uns musgos que ficam ótimos em novos vasos.
Gente que estava por ali, passou pra ajudar e papear pela cerca.
To cercada de gente boa, água gelada, abraço quente e costas suadas.
Coloquei tudo em tratamento.
Tem que ver menina! Tá virando um jardim lindo!
Tem cor pra todo lado...
Meu peito?
Inevitável.
Virou um jardim.
Eu já consigo sentir as raízes me fazendo cócegas por dentro.
Cicatrizes virando caminhos.
O coração passou por uma revitalização paisagísitca.
Descobri uns musgos que ficam ótimos em novos vasos.
Gente que estava por ali, passou pra ajudar e papear pela cerca.
To cercada de gente boa, água gelada, abraço quente e costas suadas.
sábado, 10 de março de 2012
A verdade é mesmo muito bonita.
Ficar sem escrever é varrer tudo pra de baixo do tapete.
Ok, eu sinto mais tarde.
Escrever revoluciona. É arrumar o quarto, chorar pelos dedos e rir nas vírgulas.
Quando não dá mais pra segurar, escorre.
Cansei e vou, inevitavelmente, me apaixonar de novo.
Está aberta a temporada de caça às borboletas.
Vamos buscar o que queremos deixar livres.
Sê espontâneo e as portas do céu estarão abertas, escancare-se!
Combater as coisas tão mais feias com uma faxina.
Coração, cabelos e agenda: limpos.
Reluzir em silêncio.
As coisas mais importantes não são ditas.
Você é uma visão, um sinal de que algo maior existe e lembrou que eu existo também.
Mudou o tom da vida, os acentos, eu não me sento mais a toa.
Mas, a toa... Eu só me sinto mais.
Voa.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Para uma Martha.
Hoje, uma amiga pediu para ler alguma coisa minha.
Não queria decepcioná-la.
No entanto, os dias têm sido tão cheios de tanta coisa que me faltam letras, frases e rimas.
Quando estamos cheios têm de ter calma pra esvaziar em cores.
Agora, todos os caminhos parecem um só e as certezas tornam-se líquidas.
É verão!
O suor escorre, a cerveja seca e as saudades viram samba.
Martha, realmente acho que " Piru" é um bom nome pra cachorro.
Você está certa em ser feliz, em dividir isso.
Sinto-me grata por ter conhecido alguém assim.
Minha amiga de introdução a computação, escrevo mal... Mas, ando vivido bem.
Espera-me, que pronto voy volver para mais uma festa de amor!
Dessas que nos deixem como tontos... Falando frases emotivas a qualquer hora, por qualquer razão. Sem razão!
<3
Não queria decepcioná-la.
No entanto, os dias têm sido tão cheios de tanta coisa que me faltam letras, frases e rimas.
Quando estamos cheios têm de ter calma pra esvaziar em cores.
Agora, todos os caminhos parecem um só e as certezas tornam-se líquidas.
É verão!
O suor escorre, a cerveja seca e as saudades viram samba.
Martha, realmente acho que " Piru" é um bom nome pra cachorro.
Você está certa em ser feliz, em dividir isso.
Sinto-me grata por ter conhecido alguém assim.
Minha amiga de introdução a computação, escrevo mal... Mas, ando vivido bem.
Espera-me, que pronto voy volver para mais uma festa de amor!
Dessas que nos deixem como tontos... Falando frases emotivas a qualquer hora, por qualquer razão. Sem razão!
<3
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