sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

301

Quero que você me lembre pelo cheiro e pela a minha confusão.
Quero ser o entendimento sincero e simples de quem desloca orelhas para o peito, pra assim escutar o que a cabeça não entenderia.
Adoro seus silêncios e como pode me decifrar quando eu nem sei do que to falando.
Ainda que seus quadris não acompanhem as batucadas que estão desenhadas pelo meu caminhar, quero que esse dia acabe com seu nariz gelado na minha fronte.
Me sei absurda e por isso o nosso absurdo se encaixa tão bem entre minhas roupas, bolsas e o que me preza de verdade. Umas quantas vezes você.
Frente a isso, cabe em mais alguns versos o que ainda nasce, feito plantinha entre azulejos.
Cabe que a sentença é que você existe.
E, por você existindo e, eu consciente disso, só poderia mesmo aceitar que todo tecido que forra meu corpo, seja repouso das tuas mãos no fim do dia.
Já tão cansadas de fazer música, tenta ainda uma sonata de risos enquanto me toca.
Aceito elas também pelas manhãs de domingo, e que elas me abracem forte quando eu achar que eu vou partir em mil pedaços e daqui.
Nssa madrugada quando ficou frio, encontrei nas tuas palavras vindas de tão longe de onde habito - e me habitua a frio em demasia e vento - o calor que eu precisava pra pegar no sono.
Pra pegar no sonho.

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