domingo, 15 de julho de 2012

Tudo o quanto for.

Gongolo, dormideira, filhotinhos.
Pedra, musgo, limo.
Hortelã.
Tudo o quanto for natural.
Deixe assim.
O toque, o sutil, a interrogação ante a certeza.
O corpo. a forma. Os braços ante o braço.
Correr sob pedras, sobre pedras transcorrer e dizer ao outro tudo que passou, tudo que ainda, inevitavelmente, espera.
Antes de estragar tudo, espera só mais um pouquinho.
O outro amor, vibra, transforma e transtorna o que poderia.
O que poderia?
A falta de tempo, um novo amor, a falta.
Alimentar a pele e as esperanças.
Ele natural dali, Ela de lá.
E, aqui jaz.
Sem lugar e com espaços enormes no peito, no discurso, na vida e no tempo.
Bromélia cheia d'água.
Orquídea violeta.
Rosa amarela.
Gérbera laranja.
Deixa assim, só me traz e dá o que for natural.
Andar descalço, querer que melhore.
Espalhar lavanda pela casa.
Parar de fumar, porque o outro não pode mais.
Ter a certeza que o melhor café do mundo é o dele.
Eu sei, você não toma mais café. Te faz mal. Nostalgia ou enjôo, Querida?
Ele não está, nem vai, nem vem.
Sirva uma xícara pra quem está do seu lado e precisa, abrace.
Torcer e de olhos fechados pedir, mas, só pelo outro.
Ficar junto, mesmo quando e as vezes que não se está.
Entender o bicho selvagem que reside, o nativo,
A tua doce, arredia e imprecisa natureza.




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