terça-feira, 1 de junho de 2010

Vendinha.

A verdade é que amor vende!
Vende flores, bombons e tranqueiras mil.
Vende a passagem mais cara, a conta de telefone na estratosfera [três horas? não foram 5 min?].
A terapia, o santo antônio.
Vende o tarô ["será que é ele?"].
É tudo produto da sociedade do consumo... O espetáculo de Guy Debord!
Coisa chata!
Prova são os comentários no blog... Post açucarado.... comentários, comentários!
Agora é só ficar um pouco amarga e cadê ????
Cadê as flores, os passarinhos que vão buscar pimenta? Não sei onde foram parar!
A vida real, às vezes, espanta a poesia a golpes de vassoura velha.
Às vezes, o passarinho se enrola nele mesmo e culpa você, calado, por não ser em verso.
Surpresa!
A música não tocou, o pé não levantou. Baby, isso é só o começo!
Podia te contar sobre como as coisas vão piorar [e melhorar], mas acho que isso se aprende sozinho.
Você e a tomada.
Querido, eu sou real. E, essa pose e esse ar cruel foram ensaiados pra você não passar perto.
Eu sou [ou era] daquelas que não liga e que se liga não atende.
Aí você entra dizendo que vai ficar pra sempre, com o pé na porta, com esse arzinho de quem sabe do que tá falando.
Ai de mim! Que você não sabia, e agora nem lembra.
Durante alguns anos que- de/na verdade foram meses- eu me deixei acreditar.
Acreditar que ia chover, que eu tinha.
Que era eu.
Não acreditei por ser crente, mas, por serem insistente.
Vende afinal!
Vende que eu sou a menina esperando o mocinho.
Vende que talvez andar com alguém de metrô seja melhor que sozinha.
Mocinho, mocinhos, nunca fui menina de esperar.
Você deveria ter percebido aí.
Não, eu não sou apaixonante e complicada. Sou indecisa, inconstante.
Ok, complicada sim.
Eu sou chata pra cacete, sou mimada.
Pois é... Isso não vende né?!
As mocinhas tem tempo. Elas -a gente- não espera esperando.
Mas é certo que não vão/vou esperar você dar o click e falar. Sabe porque?
Porque eu quero-queremos! queremos!- gritado bem baixinho no pé do ouvido.
E, isso, amor, porque amor vende. Isso, amor, a gente aprende com o tempo.
Aprende a calcular o custo-benefício.
Vende, mas não agrada.
Vende mas foi propaganda enganosa.
Vende e eu não posso pagar.
Vende e acho bom devolver logo.
Vende e se deu.
Quem sabe no próximo looping a gente não vê o que agora não tá?
E se eu tenho que pedir-se temos, pra que?-... Pra mim não vale, vale não.
A mim não me vende.
E eu me banco.

6 comentários:

Clarissa Benvindo disse...

Já cansei de te dizer: "Todo sofrimento gera amadurecimento"
E pensa bem, você está escrevendo como nunca!

Karol Gonçalves disse...

"Vende, mas não agrada.
Vende mas foi propaganda enganosa.
Vende e eu não posso pagar.
Vende e acho bom devolver logo.
Vende e se deu."

E eu me banco!!!

Karol Gonçalves disse...

[três horas? não foram 5 min?].

♥♥♥♥♥♥

Karol Gonçalves disse...

Viva la société du spectacle!!!

Sabe o que vende mais que amor?
Sexo!
Voto por contos eróticos de agora em diante...

Karol Gonçalves disse...

O amor não vende o que vende é a idéia de amor idealizado!
Somos a geração das comédias românticas e amém!

E quem não quer comprar um amor invetado?

Unknown disse...

Quem não quer comprar um amor perfeito? Perfeição a 2? Bom, não existe...
Cada vez mais me apaixono pelos seus posts....