- Ninguém sabe o que um Produtor Cultural faz;
- Produtor Cultural é egocêntrico;
- Se você perguntar para um Produtor Cultural o que ele faz, vai receber uma resposta curta e uma expressão de alguém que não agüenta mais repetir a mesma coisa:
- O Produtor Cultural, mesmo quando está errado, sempre está com a razão;
- Produtores Culturais não ganham dinheiro;
- Produtores Culturais não tiram férias;
- Produtores Culturais estão sempre atarefados e sempre vão ignorar suas necessidades afetivas;
- Toda vez que forem a algum show ele vai ficar horas analisando/criticando a produção;
- Mesmo depois de casado um Produtor Cultural pode descobrir sua porção mulher/macho, te largar e jogar no outro time;
- Toda festa que vocês forem ele vai comentar no dia seguinte que não é nada comparada as choppadas do tempo dele no convés;
- Sua comemoração de aniversário se torna uma produção da Broadway, com patrocínio da padaria da esquina, cheia de gente, e você não consegue aproveitar a festa direito;
- Produtores Culturais só vão te levar aos cinemas que passam filmes lado B em alemão sem legenda;
- Todo Produtor Cultural possui pelo menos dois celulares mas você nunca vai conseguir falar com ele quando precisar;
- Não ouse comparar pagode com samba perto de um Produtor Cultural. É capaz de você ouvir por algumas horas um panorama histórico da música popular brasileira;
- Sempre que um Produtor Cultural for te responder um e-mail vai acabar copiando para toda a lista de contatos;
- Se tem amor à vida, nunca compare o trabalho de um Produtor Cultural à realização de uma micareta. Nunca;
- Sempre que você mandar um e-mail romântico para um Produtor Cultural ele vai deletar sem dó nem piedade pois sua caixa de entrada já está lotada e ele não tem tempo para essas baboseiras românticas;
- O Produtor cultural sempre vai te largar para ir em várias estréias ou vernissages, mas nunca irá admitir que vai pelo coquetel e pela boca livre;
- A primeira casa do Produtor Cultural é no escritório, a segunda é no bar. Aprenda a conviver com isso;
- Produtor Cultural só sabe conversar sobre as alterações nas Leis de Incentivo e como fulano fez pra enquadrar o projeto em dois dias na Petrobrás;
- Produtor Cultural nunca vai te dar carona porque não tem carro;
- Produtores Culturais não fazem viagens de final de semana, porque trabalham final de semana;
- Produtores Culturais vivem cercados de gente interessante, inteligente e mais bem sucedidos que você;
- Produtor Cultural sempre está atrasado e chega em casa tarde com a desculpa que estava "preso no trabalho";
- Produtor Cultural vai pra farra com a desculpa de que estava trabalhando;
- Produtor Cultural não acorda antes de meio-dia porque estava trabalhando;
- Produtores Culturais vivem nos seus celulares;
- Produtores Culturais se vestem como se tivessem 25 anos pra sempre;
- Produtores Culturais procuram o objetivo, a justificativa e as estratégias de ação da relação, claro que só depois do estudo de viabilidade e de analisar se o cronograma de vocês batem e se está dentro do orçamento;
- Produtor Cultural é controlador e quer saber “quem foi que mandou você fazer isso?” o tempo todo;
- Produtor Cultural prefere ocupar as horas de lazer com novas idéias de projetos do que com você;
- Quando um Produtor Cultural fala que está afim de sair isso significa que quer ir para um bar beber e participar de uma rodinha de violão;
- Produtor Cultural quer sempre fazer contato pra ampliar o network, inclusive com gente chata;
- Quando sai com você, o Produtor Cultural te leva para as festas mais alternativas onde encontra os amigos mais estranhos do mundo;
- Produtor Cultural acha tudo relativo, inclusive você;
- Produtor Cultural no cinema analisa luz, fotografia, som, se o lanterninha é educado, se a pipoca tá fresca, se o banheiro tá limpo;
- Produtor Cultural em palestra analisa luz, som, se os recepcionistas são educados, se o banheiro tá limpo, se serviram água para os palestrantes sem passar em frente a câmera que registra o evento, se a arte do evento é bem feita, em que gráfica fizeram e se tem o telefone disponível;
- Produtor Cultural sempre quer o telefone, email e facebook de tudo e todos, inclusive daquela vizinha piranha, vaca e suja que você não gosta;
- Produtor Cultural cita nomes estranhos como Pierre Bourdieu, Mussum, Zeca Pagodinho, Canclini, Teixeira Coelho, Cartola e Stuart Hall numa mesma frase e espera que você entenda;
- Produtor Cultural não fala em mudanças, mas em “quebra de paradigmas”;
- Produtor Cultural dorme mal, come mal, fuma muito, bebe muito e toma muito café;
- Todo Produtor Cultural já ficou com mais da metade das amigas e/ou amigos;
- Metade do armário do Produtor Cultural é preto e a outra metade são blusas de projetos que trabalhou;
- Produtor Cultural acha que entende muito de música e por isso pode ser DJ;
- Produtor Cultural acha que entende muito de moda e por isso pode ser estilista;
- Produtor Cultural acha que entende muito de filosofia e por isso pode falar merda;
- Produtor Cultural acha que entende muito de cinema e por isso pode fazer filmes;
- Produtor Cultural acha que entende muito de teatro e por isso é ator;
- Amigos, namorado (a) e família de Produtor Cultural sempre trabalham em seus projetos de graça para economizar recursos;
- Produtor Cultural sempre reclama de tudo.
terça-feira, 29 de junho de 2010
50 razões para não se casar com um Produtor Cultural
Hoje de tarde no twitter, recebi a proposta de criar a 4 mãos com o @pedigra um texto sobre Produtores Culturais nos mesmos moldes do 50 razões para não se casar com um designer e do 50 razões para não se casar com um fotógrafo. O resultado de horas de risos, auto-investigação e diversão vocês conferem abaixo:
30 e poucas coisas que eu [não] procuro em você.
Edital 2010/2011
00) Fingir amar;
01) Tem que ter bom português;
02) Bons dentes;
03) Cheiroso;
04) Não ser caminhoneiro;
05) Esquentar no frio;
06) Bom humor;
07) Ter feito o colégio;
08) Não gostar de pagode, sim samba;
09) Ser real;
10) Não conhecer na internet;
11) Querer se envolver;
12) Não ter saído de um relacionamento recentemente;
13) Não usar gel no cabelo;
14) Ter cabelo bom;
15) Se sustentar;
16) Não morar na Penha Circular;
17) Não ter nome composto nem bíblico;
18) Não fumar;
19) Não fazer vergonhas em formaturas;
20) Não comparar;
21) Não trocar o nome;
22) Estatura mediana;
23) Gostar de viajar;
24) Volúpia;
25) Romantizar;
26) Ter um violão (pra não zerar);
27) Não ter traumas;
28) Não cantar ‘meu bem querer’! (Em hipótese alguma!)
29) Não gostar de Lady Gaga;
30) Ser fácil de esquecer.
01) Tem que ter bom português;
02) Bons dentes;
03) Cheiroso;
04) Não ser caminhoneiro;
05) Esquentar no frio;
06) Bom humor;
07) Ter feito o colégio;
08) Não gostar de pagode, sim samba;
09) Ser real;
10) Não conhecer na internet;
11) Querer se envolver;
12) Não ter saído de um relacionamento recentemente;
13) Não usar gel no cabelo;
14) Ter cabelo bom;
15) Se sustentar;
16) Não morar na Penha Circular;
17) Não ter nome composto nem bíblico;
18) Não fumar;
19) Não fazer vergonhas em formaturas;
20) Não comparar;
21) Não trocar o nome;
22) Estatura mediana;
23) Gostar de viajar;
24) Volúpia;
25) Romantizar;
26) Ter um violão (pra não zerar);
27) Não ter traumas;
28) Não cantar ‘meu bem querer’! (Em hipótese alguma!)
29) Não gostar de Lady Gaga;
30) Ser fácil de esquecer.
O candidato deverá preencher ao menos 60% !!!!!!!!!
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Qualquer coincidência é mera semelhança com a realidade.
O presente é resultado do magnífico encontro entre essa que vos escreve com suas digníssimas amigas Eloá Pontes e Lorena Braga. A nível de curiosidade o cenário para reunião de tamanhas personalidades: chumbinho bar.
Aos prezados [nem tanto? haha] que ao longo dos anos nos ensinaram o que é ou não bacana: Nossos mais sinceros agradecimentos!
sábado, 26 de junho de 2010
Minha implicância.
Tem amigos que a gente sabe que vai ser amigo. Tem amigo que é surpresa. Com ela foi assim. Nos conhecemos desde os 6 anos de idade. Colônia de férias.
Eu já era tonta naquela época, de maiô da escolinha de natação acreditava piamente na mentira que ela me contava- posando com seus já grandes olhos azuis e seu já minúsculo biquíni- de que era mais velha que eu dois anos e estava na temida quarta série do colégio.
Em meio a risinhos cínicos, ela acabou virando a amiga de uma prima distante.
Anos e mais anos, nos esbarramos no vestibular. A vida reservou uma surpresinha. Voilá!
Tentávamos os mesmos cursos nas mesmas faculdades. E, inteligentes que somos, passamos.
Dividimos réguas, papéis de modelagem, a moda e fofoca (que era quase como matéria optativa, só que a gente não precisava escolher pra ela acontecer).
Eu era sua implicância favorita, e ela gostava de mim de graça, só de graça.
Em meio a risinhos cínicos, ela acabou virando a amiga de uma prima distante.
Anos e mais anos, nos esbarramos no vestibular. A vida reservou uma surpresinha. Voilá!
Tentávamos os mesmos cursos nas mesmas faculdades. E, inteligentes que somos, passamos.
Dividimos réguas, papéis de modelagem, a moda e fofoca (que era quase como matéria optativa, só que a gente não precisava escolher pra ela acontecer).
Eu era sua implicância favorita, e ela gostava de mim de graça, só de graça.
Nos falávamos muito esporadicamente, só quando eu ficava com Aquele cara, ou quando ela terminava com Aquele rapazinho.
Assim, em 4 anos estreitamos o laço.
Na hora da tão temida monografia, cada uma se isolou do seu mundo e passou a viver sobre regras de ABNT, orientações do Zé e encontros no giga. Cada uma passou a entender mais quem era a outra.
Impossível não contar sobre a escolha do papel de impressão sem falar da impressão que se tinha do mundo.
E, assim fomos nos conhecendo sem perceber, nos reconhecendo porque sabíamos demais sobre recortes, fichas técnicas, medos de virar gente grande.
Passávamos 20h/dia online, baby!
Quando eu pensava em jogar tudo pro alto, ela ria comigo.
No dia derradeiro, quando já havíamos feito tudo o quanto possível, deixamos nosso sonhos impresso pra encadernar e partimos ao bairro que temos em comum no coração.
Sentadas no Arco-íris (o da Mem de Sá, por favor), pedi uma cerveja, ela uma caipirinha. Depois da segunda, pediu uma cerveja também. Ela aprendeu a tomar cerveja ali comigo.
Passamos a tarde na lapa, tentando entender como era a vida agora, a partir dali.
E, se nos dedicássemos a encontrar uma resposta talvez estivéssemos lá até agora.
Rimos tanto de tanta gente, dos que passavam, dos que passaram.
Rimos da gente.
Quando o entregador da gráfica chegou no bar com o trabalho final, achamos que ele fosse vender amendoim “-não moço, brigado!”
Deus é pai e percebemos a confusão a tempo de pegar o pacote e correr pro jacaré. Mais pra lá do que pra cá entregamos o trabalho e uma barra de chocolate pro professor (!!!), em troca queríamos apenas o dez.
Não sei o trabalho... Mas a gente vem tirando nota máxima desde então.
Foram odisséias, ressacas de todas as espécies, pizza, vinho, pro seco, praia, confidências, cerveja, caipirinha, tequila, vodka, álcool etílico, açaí. Nós enchemos a cara da gente.
Talvez por brincar demais nunca tenha dado tempo de contar o tamanho da importância dela pra mim. É pra ela que eu ligo quando eu cansei de chorar e tá na hora de rir, trocar de roupa, começar uma nova história, um novo negócio e ser feliz.
Assim, em 4 anos estreitamos o laço.
Na hora da tão temida monografia, cada uma se isolou do seu mundo e passou a viver sobre regras de ABNT, orientações do Zé e encontros no giga. Cada uma passou a entender mais quem era a outra.
Impossível não contar sobre a escolha do papel de impressão sem falar da impressão que se tinha do mundo.
E, assim fomos nos conhecendo sem perceber, nos reconhecendo porque sabíamos demais sobre recortes, fichas técnicas, medos de virar gente grande.
Passávamos 20h/dia online, baby!
Quando eu pensava em jogar tudo pro alto, ela ria comigo.
No dia derradeiro, quando já havíamos feito tudo o quanto possível, deixamos nosso sonhos impresso pra encadernar e partimos ao bairro que temos em comum no coração.
Sentadas no Arco-íris (o da Mem de Sá, por favor), pedi uma cerveja, ela uma caipirinha. Depois da segunda, pediu uma cerveja também. Ela aprendeu a tomar cerveja ali comigo.
Passamos a tarde na lapa, tentando entender como era a vida agora, a partir dali.
E, se nos dedicássemos a encontrar uma resposta talvez estivéssemos lá até agora.
Rimos tanto de tanta gente, dos que passavam, dos que passaram.
Rimos da gente.
Quando o entregador da gráfica chegou no bar com o trabalho final, achamos que ele fosse vender amendoim “-não moço, brigado!”
Deus é pai e percebemos a confusão a tempo de pegar o pacote e correr pro jacaré. Mais pra lá do que pra cá entregamos o trabalho e uma barra de chocolate pro professor (!!!), em troca queríamos apenas o dez.
Não sei o trabalho... Mas a gente vem tirando nota máxima desde então.
Foram odisséias, ressacas de todas as espécies, pizza, vinho, pro seco, praia, confidências, cerveja, caipirinha, tequila, vodka, álcool etílico, açaí. Nós enchemos a cara da gente.
Talvez por brincar demais nunca tenha dado tempo de contar o tamanho da importância dela pra mim. É pra ela que eu ligo quando eu cansei de chorar e tá na hora de rir, trocar de roupa, começar uma nova história, um novo negócio e ser feliz.
Nem sei dizer ao certo quando começou isso... Sei que ela briga quando deixo o box aberto, que eu não preciso falar o que eu tô sentindo, ela sabe e me leva pra rua pra mostrar que tudo é bem melhor do que se pode imaginar.
É pra ela que eu ligo quando tenho alguma idéia mirabolante e quero cia. pra rir, pra ir.
Tudo é samba e vontade!
Ela me ajuda lembrar quem eu sou e que tudo é tão pequeno diante de quem é grande assim, que nem a gente.
Cla, amiguinha, pra você não esquecer das cores. Você é colorida, Ben.
sábado, 19 de junho de 2010
gaivotas.
Obrigada por ter cheiro de sabonete, cor de nuvem e gosto de pipoca.
Obrigada por me fazer rir, acelerar meu coração, dar um soco na boca do estômago, me fazer soluçar, obrigada pela rasteira. Mas, mais ainda por me fazer sentir.
Obrigada por ter me despertado enquanto eu te acordava.
Por ter me inaugurado, enquanto era eu que te provava.
Obrigada por ter ido embora, porque veio.
Obrigada por ser um garoto, por poder tão pouco e fazer por mim.
Obrigada por ter me aproveitado, roubado minhas cores, se multiplicado.
Ter falado que ia dar tudo certo, ter feito tudo errado.
Obrigada por me partir no meio, me fazer duas vezes mais forte.
Obrigada por falar de alma, poupar palavras, destilar veneno, acabar com a poesia, me deixar ser a garota certa.
Me fazer a garota errada, errante, sua e primeira.
Obrigada por não me entender, me entender demais.
Obrigada por me desconhecer.
Obrigada por sorrir na minha boca, me deixar louca de vontade de você.
Me tirar da dormência, latência vã.
Me mostrar que a mesma mão que acalenta, aperta, despe, fere e despede.
Obrigada por insistir, desistir, existir. Existido.
Obrigada por não deixar nenhum vestígio, sumir do mapa, de mim, ser quase um delírio.
Obrigada por ser meu, enquanto não se acreditava nisso.
Obrigada por ser possível, por deitar n’um chãozinho, por esfregar na minha cara todas as impossibilidades.
Obrigada por me fazer rir, acelerar meu coração, dar um soco na boca do estômago, me fazer soluçar, obrigada pela rasteira. Mas, mais ainda por me fazer sentir.
Obrigada por ter me despertado enquanto eu te acordava.
Por ter me inaugurado, enquanto era eu que te provava.
Obrigada por ter ido embora, porque veio.
Obrigada por ser um garoto, por poder tão pouco e fazer por mim.
Obrigada por ter me aproveitado, roubado minhas cores, se multiplicado.
Ter falado que ia dar tudo certo, ter feito tudo errado.
Obrigada por me partir no meio, me fazer duas vezes mais forte.
Obrigada por falar de alma, poupar palavras, destilar veneno, acabar com a poesia, me deixar ser a garota certa.
Me fazer a garota errada, errante, sua e primeira.
Obrigada por não me entender, me entender demais.
Obrigada por me desconhecer.
Obrigada por sorrir na minha boca, me deixar louca de vontade de você.
Me tirar da dormência, latência vã.
Me mostrar que a mesma mão que acalenta, aperta, despe, fere e despede.
Obrigada por insistir, desistir, existir. Existido.
Obrigada por não deixar nenhum vestígio, sumir do mapa, de mim, ser quase um delírio.
Obrigada por ser meu, enquanto não se acreditava nisso.
Obrigada por ser possível, por deitar n’um chãozinho, por esfregar na minha cara todas as impossibilidades.
Obrigada por esfregar minhas costas.
Obrigada por me fazer mais incrível, gracinha, estampada e minha.
Obrigada por brigar pelos meus cachos. Obrigada pelas serenatas, versos e bobeira.
Obrigada por não me poupar. Por me enxergar gigante, distorcida e menina.
Obrigada por não brigar por mim, não me deixar chegar, esquecer que entrou de baixo das minhas unhas. Ou fingir.
Obrigada por não me deixar entender o que se deu, o que fiz pra receber olhos de faca enquanto falava de música, Sol, férias e carinho de você.
Obrigada por me fazer mais incrível, gracinha, estampada e minha.
Obrigada por brigar pelos meus cachos. Obrigada pelas serenatas, versos e bobeira.
Obrigada por não me poupar. Por me enxergar gigante, distorcida e menina.
Obrigada por não brigar por mim, não me deixar chegar, esquecer que entrou de baixo das minhas unhas. Ou fingir.
Obrigada por não me deixar entender o que se deu, o que fiz pra receber olhos de faca enquanto falava de música, Sol, férias e carinho de você.
Obrigada por confundir vontade com título, importância com cobrança, sinceridade com crueldade, eu com elas, você com eles.
Obrigada por me confundir.
Obrigada por lembrar de mim quando ouve sobre o Rio, moda, areia e amores de Outono.
Obrigada pelos seus olhos, por eles terem me perseguido e por não terem conseguido ser mais pra mim, por mim.
Obrigada pela saudade que esvazia e enche minha cama vazia.
Pelo silêncio, amargura, pela dureza, pela doçura e pela pureza.
Obrigada pelo fantástico e pela mesmice.
Obrigada por me fazer inesquecível e ser contumaz.
Obrigada pelo côco gelado, pela companhia no mercado, por ter me machucado, por ter amanhecido embolado em mim.
Obrigada por não voltar, daqui pra frente e atrás.
Me mostrar que não vale esperar. Que valeu esperar.
Obrigada por lembrar de mim quando ouve sobre o Rio, moda, areia e amores de Outono.
Obrigada pelos seus olhos, por eles terem me perseguido e por não terem conseguido ser mais pra mim, por mim.
Obrigada pela saudade que esvazia e enche minha cama vazia.
Pelo silêncio, amargura, pela dureza, pela doçura e pela pureza.
Obrigada pelo fantástico e pela mesmice.
Obrigada por me fazer inesquecível e ser contumaz.
Obrigada pelo côco gelado, pela companhia no mercado, por ter me machucado, por ter amanhecido embolado em mim.
Obrigada por não voltar, daqui pra frente e atrás.
Me mostrar que não vale esperar. Que valeu esperar.
-Já agradeci por tornar o arco-íris preto e branco? Por ter me feito abrir a caixinha de giz de cera e pintar tudo outra vez?
Obrigada por ter me sujado de colorido, translúcido!
Obrigada por me ensinar a operar telescópio pra ver a gente, me ensinar a envergadura de uma gaivota e a distância entre dois.
Obrigada por ter chovido, ter virado tempestade, ter sido só metade.
Obrigada pelo completo, inteiro, verdade e intenso.
Obrigada por me ensinar a operar telescópio pra ver a gente, me ensinar a envergadura de uma gaivota e a distância entre dois.
Obrigada por ter chovido, ter virado tempestade, ter sido só metade.
Obrigada pelo completo, inteiro, verdade e intenso.
Obrigada por ter desenhado na areia comigo, ter me deixado ver você crescer em pouco tempo tanto.
Obrigada pelo baú de coisas que você não me deu, pelo violão que não veio, pelo que nunca se vai ter.
Obrigada por ter me feito brinquedo da sua vaidade, obrigada por ter vindo brincar comigo.
Obrigada por brincar de eternidade e falar em nunca e pra sempre.
Obrigada por estar atento demais pra se distrair e ser feliz pra sempre.
Obrigada por ter tapado os ouvidos pras coisas lindas que tentei dizer.
Obrigada pelo baú de coisas que você não me deu, pelo violão que não veio, pelo que nunca se vai ter.
Obrigada por ter me feito brinquedo da sua vaidade, obrigada por ter vindo brincar comigo.
Obrigada por brincar de eternidade e falar em nunca e pra sempre.
Obrigada por estar atento demais pra se distrair e ser feliz pra sempre.
Obrigada por ter tapado os ouvidos pras coisas lindas que tentei dizer.
Obrigada por ter me raptado de mim, só assim pude ser pra você.
Obrigada por esquecer de você, que eu tô do seu lado de dentro.
Obrigada por ter me feito Julieta, Bentinho.
Por ser Machado de Assis enquanto podíamos ter Shakespeare e todos os livros da biblioteca que morou no nosso colo, nos narizes, na curvinha da orelha, ali onde acaba a coluna e tem uma penugem douradinha.
Obrigada por me fazer margarida, por me deixar florir, por não querer saber se criei raiz. Ou saber demais.
Obrigada por não ter motivo,
Por me dar todos eles.
Obrigada ao menino bobo que não queria acordar nos nossos dias de manhã. Vai ver era só vontade de sonhar mais um pouco. Deu tudo certo, viu?!
Obrigada por esquecer de você, que eu tô do seu lado de dentro.
Obrigada por ter me feito Julieta, Bentinho.
Por ser Machado de Assis enquanto podíamos ter Shakespeare e todos os livros da biblioteca que morou no nosso colo, nos narizes, na curvinha da orelha, ali onde acaba a coluna e tem uma penugem douradinha.
Obrigada por me fazer margarida, por me deixar florir, por não querer saber se criei raiz. Ou saber demais.
Obrigada por não ter motivo,
Por me dar todos eles.
Obrigada ao menino bobo que não queria acordar nos nossos dias de manhã. Vai ver era só vontade de sonhar mais um pouco. Deu tudo certo, viu?!
Coisas realmente bonitas acontecem quando a gente não sabe mais.
Depois que a gente não sabe.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Conspiração.
Promessa não se faz, se cumpre.
Pupilas que dilatam,
Mãos que suam,
Soa assssim,
Pra mim.
É lindo.
Têm se cumprido.
Tem-se compriiiido, longe, longo, enorme.
Eu já sei o que se tem.
O que eu não soube, to revendo ao catar esses pedacinhos que ficaram espalhados.
-Quem fez da minh'alma um travesseiro de penas e brincou de guerra logo de manhã?!
Não posso escrever, nem voltar atrás.
O caminho evaporou, amor.
Só tem estrada pra frente.
Tem um Oceando que me espera, e já tem dia certo.
De certo só que sinto muito o que nem sei.
Decerto já vai passar assim que pegar no sono.
Assim que pegar no sonho.
Eu vou ter dois verões esse ano.
Nenhuma primavera.
Promete que aqui vai florir pra mim?
Pupilas que dilatam,
Mãos que suam,
Soa assssim,
Pra mim.
É lindo.
Têm se cumprido.
Tem-se compriiiido, longe, longo, enorme.
Eu já sei o que se tem.
O que eu não soube, to revendo ao catar esses pedacinhos que ficaram espalhados.
-Quem fez da minh'alma um travesseiro de penas e brincou de guerra logo de manhã?!
Não posso escrever, nem voltar atrás.
O caminho evaporou, amor.
Só tem estrada pra frente.
Tem um Oceando que me espera, e já tem dia certo.
De certo só que sinto muito o que nem sei.
Decerto já vai passar assim que pegar no sono.
Assim que pegar no sonho.
Eu vou ter dois verões esse ano.
Nenhuma primavera.
Promete que aqui vai florir pra mim?
Balancete.
"Não quero lhe falar meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos." (Belchior)
Então, em 23 anos o mais duro aprendizado é que não interessa o quanto você se esforce, algumas coisas não são pra você. Ou não foram pra mim.
Aprender sobre guarda-sóis foi moleza, difícil é fincá-los na areia.
Foi difícil também aprender sobre a morte, e como ela não espera ninguém estar preparado.
Morte de gente morta, de sentimento, de gente viva, de nózinhos.
Difícil aprender sobre arrependimento, que aquele final de semana que eu escolhi pra passar com minhas amigas, foi justamente o último final de semana do meu avô aqui... E ele fez batata frita e esperou por mim. Isso foi difícil.
Aprender que garotas de 14 anos que dançam de calcinha com as amigas no quintal ouvindo Raimundos, não sabem que alguém realmente eterno vai...ali, agora. E, que culpa ocupa um puta espaço.
Unha encravada, nota errada, chuva inesperada... Isso... Isso passa!
O mico na porta do colégio, o vestibular, o trote, a dor de barriga quando vê aquele menino com aquele sorriso... ah... passam!
Aliás, poucas coisas não passam pela gente.
Algumas, aprendi, atropelam! Quando a gente vê... Já foi!
E, aprendi, quase ao mesmo tempo, que o quanto a gente se esforça conta muito. Querer com o corpo inteiro, acordar cedo, contar moeda, fazer surpresa, ser um pouco mais, um tanto, além.
Isso conta!
Conta pra deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo.
A minha parte eu [quase] sempre fiz. A minha parte no acordo comigo mesma de ser feliz a beça.
-Hoje, Senhor/Forças do Universo/Alá/Tupã/Joaninha do quintal, Hoje, eu dei o meu melhor!
Hoje eu fui incrivelmente eu.
Pulei da cama e tomei banho! Não sai da cama e tô há 2 dias sem sabonete! Hoje, o meu melhor foi não reclamar, ou reclamei de tudo... sem parar!
Hoje consegui enfiar 28 fandangos na boca de uma vez só!
Acho que o que aprendi que viver bem, não importa o que, é a melhor resposta.
Que no fim das contas o que vale é a capacidade que alguém tem de esquentar nosso coração.
Sair de convenções do tipo: Se pisam no seu pé, você deveria se sentir assim, assssado.
Nããão! Abaixo coisa normal!
Viva o genuíno!
Viva o que se sente!
O que não faz sentido, justamente porque é deveras sentido.
Viva a paz que é aceitar o que tem no peito.
Que é poder arrumar o que tem jeito,
Que é aceitar tanta coisa e amar todo e cada e seu defeito.
Sábado, dia 12... Dia dos namorados e meu,
Tive tantas surpresas e no último minuto do segundo tempo a minha torcida me mostrou que todo amor que se dá, se tem de volta.
Seja na forma de um lacinho que encontrei jogado na minha cama, depois da banda passar...
Seja em visitas inesperadas, em cerveja gelada, em gente que saiu de campo carregada... Meu jogo de futebol foi a prova de que a escalação tá em dia, e que com meus torcedores em campo, jogando, o campeonato, o mundo... é meu!
E falta pouco... Ou não falta nada.
-Obrigada ao Senhor/ Forças do Universo/Alá/Tupã/Joaninha do quintal, hoje eu tive o melhor!
Então, em 23 anos o mais duro aprendizado é que não interessa o quanto você se esforce, algumas coisas não são pra você. Ou não foram pra mim.
Aprender sobre guarda-sóis foi moleza, difícil é fincá-los na areia.
Foi difícil também aprender sobre a morte, e como ela não espera ninguém estar preparado.
Morte de gente morta, de sentimento, de gente viva, de nózinhos.
Difícil aprender sobre arrependimento, que aquele final de semana que eu escolhi pra passar com minhas amigas, foi justamente o último final de semana do meu avô aqui... E ele fez batata frita e esperou por mim. Isso foi difícil.
Aprender que garotas de 14 anos que dançam de calcinha com as amigas no quintal ouvindo Raimundos, não sabem que alguém realmente eterno vai...ali, agora. E, que culpa ocupa um puta espaço.
Unha encravada, nota errada, chuva inesperada... Isso... Isso passa!
O mico na porta do colégio, o vestibular, o trote, a dor de barriga quando vê aquele menino com aquele sorriso... ah... passam!
Aliás, poucas coisas não passam pela gente.
Algumas, aprendi, atropelam! Quando a gente vê... Já foi!
E, aprendi, quase ao mesmo tempo, que o quanto a gente se esforça conta muito. Querer com o corpo inteiro, acordar cedo, contar moeda, fazer surpresa, ser um pouco mais, um tanto, além.
Isso conta!
Conta pra deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo.
A minha parte eu [quase] sempre fiz. A minha parte no acordo comigo mesma de ser feliz a beça.
-Hoje, Senhor/Forças do Universo/Alá/Tupã/Joaninha do quintal, Hoje, eu dei o meu melhor!
Hoje eu fui incrivelmente eu.
Pulei da cama e tomei banho! Não sai da cama e tô há 2 dias sem sabonete! Hoje, o meu melhor foi não reclamar, ou reclamei de tudo... sem parar!
Hoje consegui enfiar 28 fandangos na boca de uma vez só!
Acho que o que aprendi que viver bem, não importa o que, é a melhor resposta.
Que no fim das contas o que vale é a capacidade que alguém tem de esquentar nosso coração.
Sair de convenções do tipo: Se pisam no seu pé, você deveria se sentir assim, assssado.
Nããão! Abaixo coisa normal!
Viva o genuíno!
Viva o que se sente!
O que não faz sentido, justamente porque é deveras sentido.
Viva a paz que é aceitar o que tem no peito.
Que é poder arrumar o que tem jeito,
Que é aceitar tanta coisa e amar todo e cada e seu defeito.
Sábado, dia 12... Dia dos namorados e meu,
Tive tantas surpresas e no último minuto do segundo tempo a minha torcida me mostrou que todo amor que se dá, se tem de volta.
Seja na forma de um lacinho que encontrei jogado na minha cama, depois da banda passar...
Seja em visitas inesperadas, em cerveja gelada, em gente que saiu de campo carregada... Meu jogo de futebol foi a prova de que a escalação tá em dia, e que com meus torcedores em campo, jogando, o campeonato, o mundo... é meu!
E falta pouco... Ou não falta nada.
-Obrigada ao Senhor/ Forças do Universo/Alá/Tupã/Joaninha do quintal, hoje eu tive o melhor!
domingo, 13 de junho de 2010
Nu.
Você é idiota ou o que? - ela disse num repente, eles não se falavam há um mês e continuou- Hein?! Você é idiota?Você acha que eu não sei? Que eu sou burra a ponto de duvidar do que eu sei que você sente?- Ela gritava, tentando não deixar transparecer que ria e chorava ao mesmo tempo.
Quando ela leu a crônica que ele publicara no jornal local- que aos olhos mais desavisados passou despercebida, como um jogral sem ritmo- teve vontade de estrangular ele.
Ele que ela não sabia mais muito bem quem era. Ele que se transformou num misto de todos os homens que passaram pela sua cama, cabeça, pele, coração.
Ele ficou mudo e tentava entender o que ela dizia com isso. Ele era do tipo que só dava o que não queriam dele.
Ele fingia não se importar quando um assunto não lhe saia da cabeça. E, quando ele não sentia, proferia as mais belas promessas de amor fingido e fugidio. Ele ficou quieto.
Ela continuava a procurar as palavras certas que dessem o tom de um desprezo+importância. Pra ver se ele entendia que ela queria que ele quisesse, pra ela então explicar pra ele que isso era impossível, que ela não quis. Pra então, ela entender isso também.
Mas, ele brincava: -Não, não sou idiota. Não foi pra você.
- claro que foi pra mim! -ela sabia.
-Ok, foi pra você. Mas, e daí? Eu acho que você não sabe mesmo o que sinto.
- Como você pode falar isso?- em um quase descuido, ele quase colocou tudo a perder, quase deu pra ela o que ela queria pra ser feliz.
- Vai a merda! Eu não vou te perguntar! Eu demorei mas entendi a sua dinâmica. Você não diz o que eu não sei e ainda assim quer que eu saiba.
-Para de complicar. Não posso mais, não sou.
-Não quero nada mais. Aliás, quero. Quero sim! Quero o que é meu! Quero que você não tenha vindo! Quero que você suma. Quero aceitar que te esqueci. E quero que você me dê esse afeto, porra! Desgraçado!
-Desgraçado? Desde quando você xinga "desgraçado"?
-Não interessa! aprendo!Aprendo. Demora mas eu aprendo.
-Porra, desgraçado foi foda.
-Não foi pior do que pensar que sou idiota por não saber de tudo. Você escrever que eu não sei o que você sente. Que eu esqueci tudo.
-Eu te entendo.
-Porra nenhuma. Você não é você. é uma cópia barata do que eu achei que pudesse me fazer feliz. É isso! Você é uma barata!
-Então tá.
-Pronto! Chegamos no ponto. Como você é palhaço, né?! Eu aqui brigando com você, Sendo minha versão mais ridícula, só pra ver se você volta, só pra ver se você vem e "então tá".
-tá.
-Sabe o que eu li? - e é nessas horas que ela gosta dele, quando ela explica o que pensa que ele deveras sabe.
-Diz- e é nessas horas que ele gosta dela, quando ele não entende o que ela sabe tanto.
-Que cidades se comunicam mais com o mundo do que com sua própria nação. E, que o espaço físico só serve para ajudar na demarcãção, O território é pano de fundo para o reconhecimento do desconhecido desses indivíduos. As cidades falam línguas distintas.
-Uhm. Quer dizer?
-Sinto falta da sua língua. E, você nunca vai entender que o que eu quero a gente já tem. Ou acabamos de perder. Você precisa me contar que já me deu.
-Se vira, eu não vou ser quem eu sou porque você quer e gosta.
-Idiota. - Como era bobo.
-Você é tudo o que eu posso querer. -Era isso que o silêncio falava. Mas, se ele pronunciasse isso, ele então não poderia mais fingir que não sentia. Ele sabia quem era ela. Ela sabia que era querida.
-Tá bom. - a voz repetiu isso.
-Tá bom.- ela disse- Você me machuca tanto, pena que não dói mais- ela pensou.
Eles desligaram.
Ele pensou no que podia ser. Que ela só gostava do jogo, que deixaria ele na próxima esquina, que ele não aguentaria ficar sem ela um dia, por isso ficava todos os dias.
Ela pensou no que não podia ser -E, por quase um segundo e meio a vontade a sufocou, mas ela respirou- Que ela ficaria com ele.
Mas não ficou.
Trocou de roupa, acordou o rapaz que nem mesmo estando a 20 cm de distância de sua boca acordou com o falatório.
Penteou o cabelo e foi feliz pra sempre.
Quando ela leu a crônica que ele publicara no jornal local- que aos olhos mais desavisados passou despercebida, como um jogral sem ritmo- teve vontade de estrangular ele.
Ele que ela não sabia mais muito bem quem era. Ele que se transformou num misto de todos os homens que passaram pela sua cama, cabeça, pele, coração.
Ele ficou mudo e tentava entender o que ela dizia com isso. Ele era do tipo que só dava o que não queriam dele.
Ele fingia não se importar quando um assunto não lhe saia da cabeça. E, quando ele não sentia, proferia as mais belas promessas de amor fingido e fugidio. Ele ficou quieto.
Ela continuava a procurar as palavras certas que dessem o tom de um desprezo+importância. Pra ver se ele entendia que ela queria que ele quisesse, pra ela então explicar pra ele que isso era impossível, que ela não quis. Pra então, ela entender isso também.
Mas, ele brincava: -Não, não sou idiota. Não foi pra você.
- claro que foi pra mim! -ela sabia.
-Ok, foi pra você. Mas, e daí? Eu acho que você não sabe mesmo o que sinto.
- Como você pode falar isso?- em um quase descuido, ele quase colocou tudo a perder, quase deu pra ela o que ela queria pra ser feliz.
- Vai a merda! Eu não vou te perguntar! Eu demorei mas entendi a sua dinâmica. Você não diz o que eu não sei e ainda assim quer que eu saiba.
-Para de complicar. Não posso mais, não sou.
-Não quero nada mais. Aliás, quero. Quero sim! Quero o que é meu! Quero que você não tenha vindo! Quero que você suma. Quero aceitar que te esqueci. E quero que você me dê esse afeto, porra! Desgraçado!
-Desgraçado? Desde quando você xinga "desgraçado"?
-Não interessa! aprendo!Aprendo. Demora mas eu aprendo.
-Porra, desgraçado foi foda.
-Não foi pior do que pensar que sou idiota por não saber de tudo. Você escrever que eu não sei o que você sente. Que eu esqueci tudo.
-Eu te entendo.
-Porra nenhuma. Você não é você. é uma cópia barata do que eu achei que pudesse me fazer feliz. É isso! Você é uma barata!
-Então tá.
-Pronto! Chegamos no ponto. Como você é palhaço, né?! Eu aqui brigando com você, Sendo minha versão mais ridícula, só pra ver se você volta, só pra ver se você vem e "então tá".
-tá.
-Sabe o que eu li? - e é nessas horas que ela gosta dele, quando ela explica o que pensa que ele deveras sabe.
-Diz- e é nessas horas que ele gosta dela, quando ele não entende o que ela sabe tanto.
-Que cidades se comunicam mais com o mundo do que com sua própria nação. E, que o espaço físico só serve para ajudar na demarcãção, O território é pano de fundo para o reconhecimento do desconhecido desses indivíduos. As cidades falam línguas distintas.
-Uhm. Quer dizer?
-Sinto falta da sua língua. E, você nunca vai entender que o que eu quero a gente já tem. Ou acabamos de perder. Você precisa me contar que já me deu.
-Se vira, eu não vou ser quem eu sou porque você quer e gosta.
-Idiota. - Como era bobo.
-Você é tudo o que eu posso querer. -Era isso que o silêncio falava. Mas, se ele pronunciasse isso, ele então não poderia mais fingir que não sentia. Ele sabia quem era ela. Ela sabia que era querida.
-Tá bom. - a voz repetiu isso.
-Tá bom.- ela disse- Você me machuca tanto, pena que não dói mais- ela pensou.
Eles desligaram.
Ele pensou no que podia ser. Que ela só gostava do jogo, que deixaria ele na próxima esquina, que ele não aguentaria ficar sem ela um dia, por isso ficava todos os dias.
Ela pensou no que não podia ser -E, por quase um segundo e meio a vontade a sufocou, mas ela respirou- Que ela ficaria com ele.
Mas não ficou.
Trocou de roupa, acordou o rapaz que nem mesmo estando a 20 cm de distância de sua boca acordou com o falatório.
Penteou o cabelo e foi feliz pra sempre.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Vendinha.
A verdade é que amor vende!
Vende flores, bombons e tranqueiras mil.
Vende a passagem mais cara, a conta de telefone na estratosfera [três horas? não foram 5 min?].
A terapia, o santo antônio.
Vende o tarô ["será que é ele?"].
É tudo produto da sociedade do consumo... O espetáculo de Guy Debord!
Coisa chata!
Prova são os comentários no blog... Post açucarado.... comentários, comentários!
Agora é só ficar um pouco amarga e cadê ????
Cadê as flores, os passarinhos que vão buscar pimenta? Não sei onde foram parar!
A vida real, às vezes, espanta a poesia a golpes de vassoura velha.
Às vezes, o passarinho se enrola nele mesmo e culpa você, calado, por não ser em verso.
Surpresa!
A música não tocou, o pé não levantou. Baby, isso é só o começo!
Podia te contar sobre como as coisas vão piorar [e melhorar], mas acho que isso se aprende sozinho.
Você e a tomada.
Querido, eu sou real. E, essa pose e esse ar cruel foram ensaiados pra você não passar perto.
Eu sou [ou era] daquelas que não liga e que se liga não atende.
Aí você entra dizendo que vai ficar pra sempre, com o pé na porta, com esse arzinho de quem sabe do que tá falando.
Ai de mim! Que você não sabia, e agora nem lembra.
Durante alguns anos que- de/na verdade foram meses- eu me deixei acreditar.
Acreditar que ia chover, que eu tinha.
Que era eu.
Não acreditei por ser crente, mas, por serem insistente.
Vende afinal!
Vende que eu sou a menina esperando o mocinho.
Vende que talvez andar com alguém de metrô seja melhor que sozinha.
Mocinho, mocinhos, nunca fui menina de esperar.
Você deveria ter percebido aí.
Não, eu não sou apaixonante e complicada. Sou indecisa, inconstante.
Ok, complicada sim.
Eu sou chata pra cacete, sou mimada.
Pois é... Isso não vende né?!
As mocinhas tem tempo. Elas -a gente- não espera esperando.
Mas é certo que não vão/vou esperar você dar o click e falar. Sabe porque?
Porque eu quero-queremos! queremos!- gritado bem baixinho no pé do ouvido.
E, isso, amor, porque amor vende. Isso, amor, a gente aprende com o tempo.
Aprende a calcular o custo-benefício.
Vende, mas não agrada.
Vende mas foi propaganda enganosa.
Vende e eu não posso pagar.
Vende e acho bom devolver logo.
Vende e se deu.
Quem sabe no próximo looping a gente não vê o que agora não tá?
E se eu tenho que pedir-se temos, pra que?-... Pra mim não vale, vale não.
A mim não me vende.
E eu me banco.
Vende flores, bombons e tranqueiras mil.
Vende a passagem mais cara, a conta de telefone na estratosfera [três horas? não foram 5 min?].
A terapia, o santo antônio.
Vende o tarô ["será que é ele?"].
É tudo produto da sociedade do consumo... O espetáculo de Guy Debord!
Coisa chata!
Prova são os comentários no blog... Post açucarado.... comentários, comentários!
Agora é só ficar um pouco amarga e cadê ????
Cadê as flores, os passarinhos que vão buscar pimenta? Não sei onde foram parar!
A vida real, às vezes, espanta a poesia a golpes de vassoura velha.
Às vezes, o passarinho se enrola nele mesmo e culpa você, calado, por não ser em verso.
Surpresa!
A música não tocou, o pé não levantou. Baby, isso é só o começo!
Podia te contar sobre como as coisas vão piorar [e melhorar], mas acho que isso se aprende sozinho.
Você e a tomada.
Querido, eu sou real. E, essa pose e esse ar cruel foram ensaiados pra você não passar perto.
Eu sou [ou era] daquelas que não liga e que se liga não atende.
Aí você entra dizendo que vai ficar pra sempre, com o pé na porta, com esse arzinho de quem sabe do que tá falando.
Ai de mim! Que você não sabia, e agora nem lembra.
Durante alguns anos que- de/na verdade foram meses- eu me deixei acreditar.
Acreditar que ia chover, que eu tinha.
Que era eu.
Não acreditei por ser crente, mas, por serem insistente.
Vende afinal!
Vende que eu sou a menina esperando o mocinho.
Vende que talvez andar com alguém de metrô seja melhor que sozinha.
Mocinho, mocinhos, nunca fui menina de esperar.
Você deveria ter percebido aí.
Não, eu não sou apaixonante e complicada. Sou indecisa, inconstante.
Ok, complicada sim.
Eu sou chata pra cacete, sou mimada.
Pois é... Isso não vende né?!
As mocinhas tem tempo. Elas -a gente- não espera esperando.
Mas é certo que não vão/vou esperar você dar o click e falar. Sabe porque?
Porque eu quero-queremos! queremos!- gritado bem baixinho no pé do ouvido.
E, isso, amor, porque amor vende. Isso, amor, a gente aprende com o tempo.
Aprende a calcular o custo-benefício.
Vende, mas não agrada.
Vende mas foi propaganda enganosa.
Vende e eu não posso pagar.
Vende e acho bom devolver logo.
Vende e se deu.
Quem sabe no próximo looping a gente não vê o que agora não tá?
E se eu tenho que pedir-se temos, pra que?-... Pra mim não vale, vale não.
A mim não me vende.
E eu me banco.
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