Então isso é a dor,
A dor cantada há milhares, e há anos,
Isso é dor,
A dor das cantatas, dos sonetos,
A dor de Orfeu, Romeu, Shakespeare e a minha.
Essa é a dor,
Ela não é tão bonita quanto queria.
Nem tão assustadora,
Ela não tem tantos acordes, Bach!
Ela é silenciosa, cortante e grita calada.
Ela é uma espera na janela,
Uma pose vazia e aparente feliz,
Ela é o que não volta, é a revolta do que se quer cuspir.
Mas, se engole,
Me engole.
Tantas e muitas...
Dor.
Que tenta os dias felizes e ensolarados,
Dor que mora onde não existe mais nada, só reverberações de harmônicos inaudíveis.
A dor vestida de chumbo, olho bem,
Fito-a nos olhos!
Nos olhos sem fundo, que me mostram o que ninguém devia ver,
Olho-a bem, pra reconhecer de longe, quando a brisa da felicidade me beijar de novo,
Nova!
Suave, fresca, matinal,
Na fronte do meu rosto, da minh’alma.
Olho a dor para reconhecer a alegria quando ela chegar.
Chegou.
5 comentários:
Annanda, você é fantástica. Você é linda.
Como pode escrever de maneira tão perfeita, tão maravilhosa?
Suas palavras me encantam...
Demais.
*Que bom que a dor passou. Quero te ver bem feliz sábado no anuversário da nossa querida.
Beijos.
UAU!!
NEM QUERIA COMENTAR, PQ PARA QUE NÉ?!
PERFEITO!
MERECEU CAIXA ALTA!
HAHAHAAHHAAAAA
Mas a dor de Orfeu e Romeu juntos é incomensurável.
"Ela é silenciosa, cortante e grita calada.
Ela é uma espera na janela,
Uma pose vazia e aparente feliz."
Roubarei esses versos,senti com meus fossem, qualquer dia uso!
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