domingo, 25 de abril de 2010

Esquerdo.

Eu me jogo de olhos fechados.
E canto depois do tombo.
Nunca tive medo da vida.
E vivia de joelho ralado.
Mudo de casa sem saber se tem goteira.
Do chão nunca passei.
Detesto quem pensa me entender e decide por mim.
Não acho isso bonito ou romântico.
Mas é assim.
Eu decido mesmo quando não.
Me apaixono por idéias e só sei viver com o coração disparado.
Meio termo passa longe.
Eu gosto do que vejo no espelho.
Eu e elas aprendemos a nos amar.
Concordamos que só nos matamos depois do segundo dia de ressaca.
E depois de dois dias tudo se acalma.
Vivo em tormentas...
Ora de algodão doce, ora de versos sem nenhum sentido.
Todos sentidos profundamente mesmo que eu esteja rasa.
Eu gosto de me ver chorar, mas mais ainda de me ver rir.
Ando distraída.
E tenho limite.
Não deixo que me machuquem a não ser que eu acredite.
Nem sempre vale... Mas, às vezes sim.
Eu sou mais simples do que deixo saber.
Não gosto de lugar comum, senso comum, gente comum.
Pego clichês e adapto. Qual a estória da semana?
Se você, seja lá quem, tá comigo. Tá bem.
Eu cuido, planto... Esqueço de regar mas compro chocolate e deixo bilhetinho.
As coisas a gente não escolhe, elas são como são.
E é escolha também.
Mas a gente sempre muda. Sempre árvore.
E fala.
Procuro beleza até quando me ferem no escuro.
A vida é boa comigo e me beija todo dia de manhã.
Eu não entendo.
Mas consigo ver.
Aqui só me trato de mim.
Eu não me iludo. Eu sonho e aconteço.

Um comentário:

Camilinha disse...

Concordamos que só nos matamos depois do segundo dia de ressaca.
E depois de dois dias tudo se acalma


ADOREI