domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sobre rosas e machados.

Aquela vontade de não querer.
Quando já quero.
O silêncio entre a mensagem que jogo engarrafada no mar,
E o vento que me sopra o que acontece aí.
O sonho desperto ofegante da certeza do queixo, da palavra, do inteiro.
Do anúncio de que isso existe.
O aperto no peito que dá quando entro em um ônibus e sei que ele não vai chegar aí.
Que eu ainda não posso chegar aí.
Que o aí é só daqui.
A vontade de usar todos os pronomes possessivos.
A censura em não usá-los.
De conjugar isso em todos os tempos.
Porque onde existe você ainda tem um outro pedaço.
Enquanto esse pedaço existe.
Co-existo.
Existe a vontade de que passe rápido.
Quantos anos mesmo?
O impulso em ser doce.
Em dar colo, pernas e calor.
Te entregar em mãos o que já não é mais de outrem.
Eu li que é tempo de Sol.
É leve.
E nesses versos...
É meu.
Somos.

4 comentários:

Flávia Guilherme disse...

Bravo! Bravíssimo.
Queria entender suas fontes de inspiração...

R. Avancini disse...

hahahaha!!!
é que às vezes eu acho graça nisso.

bom... eu sabia que você tinha o feeling da coisa...

e sabe que faz isos muito bem.

sssss

Karol Gonçalves disse...

Eu sei a fonte!
E fico chocada, como transforma o banal em poesiaaaaaaaa!!
Gostei..Acho até que poderia roubar para mim! Sabe como é...
hahahahaha
Beijo!

luizaprado disse...

me vejo sempre aqui :)