segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A gente se vê.


A verdade é que eu adoro você.
Sempre vou adorar.
É o tipo de coisa que sempre soube, mas me faltou coragem de traduzir em palavras.
Adoro o silêncio que existe entre uma e outra risada sua.
Como ainda sei o que você pensa, sem nada precisar ser dito mais.
Adoro o ritmo da sua respiração enquanto fala comigo.
Quando isso acontece, realmente parece que faz dois minutos que comecei a adorar você.
Adoro o fato das coincidências sempre existirem.

estava mesmo pensando em você!

Eu também, eu também.

Sei que não vai ser raro sentir as saudades.
Mas, elas tem se desprendido de mim.
Eu quis tanto isso.
Assim como quis tanto te ver feliz.
Era apaixonada por tentar te fazer feliz.
E o fiz justamente quando deixei você livre.
Não que tenha te deixado. Nos deixamos. Deixamos ser e como a vida faz, foi.
Se eu te escrevesse uma carta hoje, faria você me prometer que vai ser feliz assim pra sempre.
Você, Meu coração tá limpo e cheio de Sol.
E, eu sei, a gente se sabe.
Carinho.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pra minha gente boa.

Pra dançar até o pé cansar,
Pra lembrar que sempre pode ser pior,
Pra tirar a melhor gargalhada,
Pra lembrar de velhas histórias.

Pra ser um pouco mais,
Pra ajudar a correr do temporal,
Pra ajudar a enfrentar essa vida,
Pra aguentar o calor e emprestar o ombro.

Mostrar que ainda tem verdade,
Que sempre dá pra ser mais que só metade.
Que é dura, mas é boa a realidade.
Mostrar que o verão chegou e é tempo de flor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Trovoada.

Hoje fez silêncio.
Nenhuma palavra.
Nenhuma conclusão.
Tudo quieto.
E a sensação de que tudo já fora antes dito.
Tudo isso já fora sentido.
Grandes poetas, o músico da esquina, corais de câmara já ensaiavam isso antes d'eu nascer.
O cara que morreu hoje de manhã e tantas outras pessoas nesse tempo que não cabe souberam o que descubro.
Mesmo assim insistia em tentar escrever aqui, pra ver se entendo o que se passa aqui.
Tem coisa que é soco na boca do estômago.
Me lembra a chuva dos ar condicionados da Rio Branco, na primeira gota você acha que é chuva, um segundo depois você vê que foi gota.
Hoje não me restam tentativas, nada do que escrevera em tantas páginas se repete, ou faz sentido, ou é diferente desse silêncio. E choveu uma gota.
Acho que é um intervalo que o tempo me deu.
Não é uma conclusão, mas é o que esse silêncio imprime em mim.
Um intervalo, pra tomar um ar, um sol e uma cerveja.
Gota.
Pra começar tudo de novo.
Tá quieto. Mas, não chove mais.
Gota.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pra te ajudar a colar.



"Pois é; Fica o dito e o redito por não dito; E é difícil dizer que foi bonito; É inútil cantar o que perdi"
- Chico Buarque-

Não sei, tenho observado as pessoas diante do fim.
Dá agonia. Maldizendo pra não dizer.
Querendo destruir o que esteve ali.
As coisas passam mas não acabam, meus bens.
Ficam acontecendo lá, onde aconteceram ou estiveram pra acontecer o tempo todo.
Você pode seguir, deve seguir!
Mas não maldiga, nunca diga.
Tem beijo que fica ali, na esquina esperando.
Mas passou por não ser beijo beijado.
Ligação que nunca completa, que não foi completa porque faltou um eu te amo
E, que assim foi... desligada.
Entre um suspiro e uma dúvida morou aquela vírgula que pouparia tantos pontos reticentes e decidiria o tal ponto final.
Mas, não diz mal. Não foi mal.
Foi.
É difícil dizer o que foi bonito. Mas, se foi bonito deixa ser.
E, quando eu não digo, estou dizendo.
E toda vez que calar é por falar demais.
E quando te fizer um desenho, entenda que é meu jeito de cantar.
Toda vez que digo vai, é pra ir, mas, tenha a certeza de que sempre fica.
O que tem que ficar, porque fica.
Tempo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Entretanto.


E ele caiu de pára-quedas bem em cima dela.
Todo ao contrário.
Ele era amarelo.
E ela era colorida.
Ele era de suéter e ela andava sozinha pela lapa.
Ele tinha duas gatas e ela um cachorro.
Ela queria saber tudo dele.
Ele contava só o que era bom.
Ela contou segredos e resolveu silenciar alguma dor.
Ele era e foi entre tantos.
Entretanto, longe foram encontrar perto.
Do lado de dentro podem ouvir cantar.


"Doidivana
Das noites vadias
Sendo a razão dos meus dias
Quando tu quiseres Faz um gesto, um aceno
E eu te darei este amor
Que neguei a tantas mulheres."