quinta-feira, 11 de junho de 2009

Balanço geral.

A gente não precisa ser nada quando é.

É natural ser a gente, quando a gente resolve ser.
Acho que isso eu aprendi nesse último ano.
Percebi tanta gente se esforçando pra ser uma coisa que não é...
Não que isso seja bom ou ruim.Mas não é, sabe?
Se simplesmente relaxassem, deixassem vir a tona as verdades e um monte de coisa que deve já estar na camada pré-sal da alma... Bom, seriam genuínos, causariam menos estragos, menos engodos.
Eu me incluo nesses...Muito tempo que andei ausente de mim.
Não que agora esteja completamente aqui, mas me sinto a cada dia voltando de viagem.
Algumas coisas que venho retomando a posse tem o cheiro de casa fechada depois das férias...
Outras de casa quando acaba a faxina, aquele cheirinho de veja, cansaço gostoso de quem limpou, arrumou, entendeu o lugar de tudo, de todos lá dentro e de todos que tinham que sair de lá.
Bom, eu também sai de alguns "lá"...sai de limbos.
Me formei!
Me formei em mim. Me transformei em quem eu sempre fui.
E, modéstia totalmente a parte...tenho sentido muito orgulho da casa que arrumei aqui dentro.
Com defeitos verdadeiros, com perdão, com sal, tequila, limão.
Muitas coisas azedas me fizeram reconhecer o que é doce.
Hoje é doce.
Porque se arruma assim.
Me arrumei assim.
E mais 22, e mais casas, faxinas, bolos, e o bom e velho que me faz nova... amor!

3 comentários:

Karol Gonçalves disse...

Tão bom! Equilibrou a prosa e poesia!

Karol Gonçalves disse...

"Algumas coisas que venho retomando a posse tem o cheiro de casa fechada depois das férias...
Outras de casa quando acaba a faxina, aquele cheirinho de veja, cansaço gostoso de quem limpou, arrumou, entendeu o lugar de tudo, de todos..."

Nada como romantizar o trabalho braçal!!!

Daniel Monteiro disse...

Excelentíssimo texto!!! Mandou ainda melhor do que normalmente já manda!!!

Touchè!