segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Um ano novo!!!

Bom dia!
Você não devia estar aqui ainda, coisinha!
Vai!Vai lá pra fora!
Que o que é demais, é também sobra!

Numa madrugada dessas...

Que nunca existe sem.
Consentimento demais.
Sem, Com sentimento
de mais de um, ruiu.(fora 2008!)

Agora é um novo dia!!!
Novos tempos sempre chegam pra quem espera e alcança!

Quantos travesseiros molhados esse ano?
Tantas lágrimas e tanto suor.
A vida se mede assim?
As temporadas foram longas e intensas!

Traga mais colchões!
Acende um cigarro, me traz um chiclete e uma água bem gelada.
É assim que tudo que começa,termina e começa de novo de um jeito diferente.

Erre de um jeito que ainda não errou.
Caia para o outro lado que ainda não machucou.
Seque as feridas ao Sol.
E molhe as casquinhas com sorvete e cerveja.(Se necessário peça ajuda aos amigos, mas não apurrinha também)

Canta sozinho sem saber a letra.
Chore sozinho sem saber o motivo.
Sorria com alguém que é mais gostoso.
Lembre de uma historinha de infância.
Ache que um porre vai te matar e peça seu irmão ao invés do seus pais.

Quando der curto circuito na cabeça, tome um banho bem gelado no chuveirão da garagem!
Até dar cãibra!Nenhum pensamento resistirá!

E, principalmente...se acredita...insiste!
Se deixou de acreditar...segue!

Acho que isso que eu aprendi, e desaprendi pra aprender de verdade.

A escalação é outra!
A peça está montada, e que saibamos ser o diretor que a nossa novela de todo dia precisa!
Todos prontos para o próximo capítulo.
Muitos prêmios a seguir! ah! vamos seguir!
Apertem bem os cintos! as cintas!
E...acima de tudo...do lado de todos...acima de você e a pequininês que nos torna mundanos...

SINTA!!!!!

E o que desejo?

Mais 365 dias só por hoje!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A consulta e a mocinha

A consulta
A médica pergunta o que deixa a mocinha nervosa.
A mocinha não está nervosa...pelo contrário, hoje ela acordou em um ótimo dia.
A mocinha não precisou lavar a roupa, não que um dia já tenha lavado.
A mocinha não precisou ir à labuta, faltou com vontade.

A vontade que lhe falta.
Para começar de novo, não que alguma coisa tenha terminado.
Mas ela não podia contar isso para a médica.
Não assim de cara!

A mocinha era calma na maior parte do tempo.
A mocinha não era de briga.
A mocinha só falava verdades.as mais sinceras
A mocinha era dona delas! Todas!
Dizem que ela nasceu sabendo...
Mas a medica ainda não sabia disso.

A médica disse que ela do tipo que guarda...e assim por nada...explode!
Ela parecia conhecer a mocinha.
Não sei se a médica também nascera sabendo, ou se mocinhas são assim mesmo óbvias!

Mas, aquela mocinha,
Queria além de nascer sabendo...poder voltar no tempo!
Porque por mais que ela sempre saiba de tudo, ou pelo menos pense assim...
Ela era de fato do tipo que guarda ...e assim por nada mesmo...explode!

E nessas explosões...
Muita coisa fora perdida.
Algumas ela recuperou com o tempo.
colando.a cola seca com o tempo...
As rachaduras ficam .
Mas as piores dão perda total.

Deram perda total...
Não há cola...
Não há arrependimento...
E isso a mocinha não nasceu sabendo...

Ao contrário do senso comum.
Ela aprendeu com suas inúmeras perdas totais...
Perdas totais de paciência...
Perdas totais de respeito...
Perdas totais de carinho...
Perdas totais.

A médica devia imaginar...
Mas a consulta já estava acabando.
Ela receitou um soro nasal.
A mocinha até que gostou.

Mas ela queria mesmo era um jeito...um atestado!
Ela apresentaria no lugar da labuta...pela falta.
Ela mostraria o diagnóstico a todos aqueles que se perderam totalmente dela em algum momento da vida, algum motivo dela.

Mas a médica ainda não estava certa...
A mocinha achava...
achava e perdia.
Achava e pedia um jeito de se achar.

Na dúvida, mocinha, consulte-se!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Parceria.

Boa noite a todos!

Se bem me lembro, nos primeiros dias de aula, (ainda tímidos e sem muito estilo) aos sermos perguntados o porquê da escolha pelo curso. Todos responderam “eu nunca me imaginei fazendo outra coisa, é o que sempre quis desde criança” ou ainda “sempre fiz roupas para as minhas bonecas, é o que quero ser quando crescer.”

Bem, tenho enorme prazer em vos dizer: meus amigos de tantas manhãs, e tardes e noites. vocês cheio de coragem, disciplina, linha e agulha...conseguiram!

Parabéns para a gente! Realizamos nosso sonho de criança e somos hoje o que sonhamos ontem!

Falar em nome de tantas pessoas, com tanto a dizer, é além de grande honra, grande responsabilidade.Por isso, tentarei fazer os meus sentidos e colocações sobre este grande passo de maneira genérica, no entanto, prezando pela pessoalidade, característica essa indispensável para quem deseja falar e dizer à razão, à emoção.

Obviamente, que não posso deixar de falar do passarinho nos ombros do Douglas nem de suas histórias de argirita. Nem da luta das nossas baianas. Não posso deixar de lado o que aprendi com essa gente,gente cheia de criatividade, cheia de história, cheia de moda e parte da minha história aqui,e hoje, de beca.

Gente que dividi bancos da sala de aula e da sala lá de casa.

Gente que corria atrás da Sônia pedindo as anotações dela para prova.

E que enlouqueceu com as aulas do Davi.

Gente que pedia socorro para lucimari nas aulas de processos de fabricação.

Gente que dormia de olho aberto na aula.(né dona Renata e Luana?)

Gente que “se relavaa”

Gente que nesse último período só encontrava no giga...e só dava tempo de dizer:”que saudade”

Gente que me orgulho em conhecer.

Por que aqui tive certeza de que moda é o que eu pensava que era e tinha medo de que não fosse.

Moda é beleza, e nós como fazedores da mesma, temos o poder e dever de levá-la, enchendo esse mundo ora tão cinza, de cor.

Moda é discurso, política e arte.

E, mesmo quando não pretende significar nada, moda é signo.

(sim, as aulas de semiótica serviram muito)

Moda é do seu jeito, nada de modismo, abaixo as tendências!

Moda é cuidar do meio ambiente, moda é pensar no social, Ser humano é glamour e o ser humano sempre tá na moda!

Moda pode e deve ser, quando necessário, protesto.é o sapato lançado na fronte do ditador contemporâneo.

Moda é trabalho em equipe, e como em um time, todos os envolvidos no processo de desenvolvimento dos produtos, têm igual importância, do agricultor que cultivou o algodão até o consumidor, temos um longo caminho. E, entendendo que somos parte disso, respeitamos, assim, o todo.

Pensando nessa conquista me transborda gratidão. Em primeiro pela providência. Que agiu prontamente, nos dando saúde, nos permitindo estar aqui, hoje.Com seu jeito certo de fazer as coisas, Deus se fez presente nas vidas, nos caminhos neste sonho.

A gratidão se estende também às pessoas queridas. Aos familiares e amigos nossos mais sinceros agradecimentos pela inspiração, pelo incentivo nas madrugadas insones, pela confiança depositada desde a escolha pelo curso.

Nesses três anos e meio, aprendemos muito...

Aprendemos como se fia algodão... Como se escolhem amigos.

Aprendemos como se organiza uma produção têxtil, como devemos nos organizar diante da vida.

Aprendemos como criar, coleções e sonhos!

Aprendemos que design de moda . É poesia sim, mas é trabalho! Muito trabalho!

De tudo que passou, o que fica na gente é a certeza de que hoje somos mais!

Em algum momento, entre montes de papel cartão, jornal, canson, nos tornamos pessoas capazes de despertar desejo, fomentar demanda, e isso tudo através dos nossos mais importantes instrumentos de trabalho:nossa mente e a nossa criatividade!

E, É chegada a hora!

Algumas coisas aconteceram... Muita coisa aconteceu!

Entramos uns e com toda certeza saímos outros... Muitos outros.

Outros que sabem escrever uma ordem de corte, que sabem o que é PCP.

Outros bem diferentes daqueles, que ainda tímidos não sabiam bem qual era o fio.

Tanto os do tecido, quanto o da vida.

Somos outros...

Outros que não têm mais medo do Flavinho, que sabemos que as poses de severos de alguns professores só duram alguns períodos.

Outros que não conversam mais tanto em aula.

Outros que aprenderam a desenhar.

Desenhar desejos, roupas, futuro!

E, nesse processo, de nos tornamos outros sendo nós mesmos...

Nos entrelaçamos em tantas outras vidas, em tanta gente querida.

Funcionários da cantina, secretaria e limpeza, sempre dispostos a ajudar, sempre com um sorriso,tornando nossa estada por aqui mais gostosa de ser vivida.

Professores.

Que nos ensinaram,corte, costura, carinho.

Professores esses que transbordaram seu conteúdo disciplinar, nos dando nesses sete períodos aulas de paciência, dedicação, profissionalismo..e por que não?....AMOR!

Muito obrigada a todos que passaram por nosso caminho, nos passando conhecimento, se tornando assim um pedacinho da gente.(coloca Paulo leite?)

Simplesmente não penso mais na vida sem piques, sem referências, tamanhos, dobras.EÉ necessário um projeto com muita logística, para que continue a ter fundamento todas essas cores que apontam.O futuro aconteceu, e nessas roupas pretas e faixas douradas, nos vestimos dele.

Hoje somos outros, que por acreditarmos nos nossos sonhos e termos em nossa vida, quem acreditasse também, somos outros...formados!

Formados...Bacharéis em design de moda!

Formados de esforço, cola, papéis, lápis de cor e mais...e mais amor!

E é por amor que tanta gente está aqui, hoje.

E é por amor que tanta gente que não está aqui hoje, gostaria de estar.

E é com muito amor mais uma vez, que a esses eu dedico, em nome dos meus amigos de turma, o nosso canudo.

Para começar...deixo aqui um pensamento do filósofo Victor Hugo.

Como inspiração e incentivo para a nova fase. “não há nada como um sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã!”

Desejo a vocês, utopia, carne e osso, um bom caminho e muito trabalho!*


-Esse foi o discurso da formatura de bacharel em design de moda 2008/2.

Minha última grande parceria com minha grande diva, amiga, sócia de tantas empreitadas.Não poderia ter sido melhor.Não poderia ter sido mais feliz!

Obrigada a roberta, amiga desde os primeiro cinco minutos de faculdade...e que segue comigo até os quarenta e sete do oitavo tempo, e que deu uma bossa a esse texto,como em tudo que toca...especial!

Agradecimentos também a pedrinha no sapato, ao pedrinho pelo sapato.

E, à pessoa que desenhou isso...há muitos anos...minha fonte de inspiração...meu avô desenhista de avião.eu dedico esse post, minhas palavras de amor maior, minha saudade, meus desenhos, meu diploma.

"me transborda gratidão..."



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nessas últimas semanas fui a casamento, missa de sétimo dia, chá de bebê, aniversário de criança...
E, não consigo deixar de ver quanta vida há nisso tudo!!
A chegada anunciada da pequena inesperada.
A despedida doída do chefe da família grande, filhos, netos, sobrinhos.
A união selada debaixo do céu e acima das nuvens.
Consigo ver o roteiro, os personagens, as histórias.
É quase possível tocar em tanto amor!
E, como todos esses eventos, me fazem ter certeza de que a vida quer mesmo mais da gente.
Mais coragem, mais vontade, mais amor a isso, a esses e outros que ainda estão por vir!

Vida pra vocês!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Transitivo e Indireto.

Já tenho a rosa dos ventos em mãos!
Não me perderei novamente nos seus cabelos,
nem nas nossas peles,
nem nos pêlos do preá do seu jardim.

Porto e comporto os mapas na bolsa da memória.
Para saber exatamente ate onde devo ir.
Aonde não quero chegar.
A hora certa de partir.

Você sabe o que ainda espera por você.
E não será entregue a outro portador.
Até a próxima estação.
De trem, Do ano, De rádio.

E, bem devagarzinho...
To tirando meu passaporte daqui.
Indo pra ver quem vai junto.
Se você ficar, descubro que você nunca esteve.
Se você for, acho que eu nunca soube.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Hipotálamo.

Eu não quero me arrepender.
De dar.
Mais do que tenho a oferecer.

Não se quer mais mentiras insistentes.
Em contar verdade.
Embriagadas da gente.

Se qualquer um pode ver.
É porque deixou de existir.

Nunca houve pelo que lutar.
Se eu entro por essa porta
É para, mais tarde, não ter q voltar.

Mando pelo correio
Todas as tralhas, saudades e flores artificiais.
O que me deu.
No que tive.
Mas que nunca teve certeza se queria que ficassem comigo.

Andando sozinha eu me tive.
E cansei de sentir.

Meu segredo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Modos e Modas.

De olhos tão nossos.
Vestidos com as falas de sempre.
E com as saias de quem não quer sair daqui.
Descobrir que nos trapos ainda se escondem alfinetes enferrujados.

Sabe o que dói e é bom?

Chega pra perto que nem sempre tudo acaba.

Talvez, se eu fosse diretora, conseguisse explicar para vocês, de uma maneira mais concreta, como enxergo mundo.

Quem sabe a escolha por fazer vestidos, e saias, e calças, e mais, seja uma maneira de materializar o que eu não consigo explicar com as palavras, que me faltam, e nem sempre fazem muito sentido...

Tá acabando !!!