"Say what you need to say..."
Lembro.
Vagamente.
Do dia que cantei isso...
Foi exatamente.
Não sei ao certo.
No mesmo dia, de toda uma época.Que acabou ali, e eu só vi agora, na semana passada, seguinte a essa.
Em que se acreditava que havia algo para dizer...
Não tínhamos nos dado conta de que a tela em branco era bem maior que o colorido daqueles sonhos.
O mesmo colorido que hoje me dá saudades, e eu nem acredito que ele existiu.dizem que tem fotos, e mais gente lembra disso.
eu não.
_________________________________
"Eu acredito nela"
"Só quero saber que você tem a mesma certeza que eu tenho, não daria certo, né?!"
"Não sei."
"Eu sei."
"Não sabe."
-EU SEI SIM!
_____________________
"Era a sua droga né?"
"Era...mas deixou de surtir efeito.Quando volto para casa, os entulhos continuam no mesmo lugar.nem um centímetro pra lá, nem pra cá.E, eu achando que tinha poderes sobrenaturais.Eram projeções? Era aquilo? Era eu?"
"O que você acha?"
"A única coisa que me vêm é..."era"...Será que preciso arrumar outro pílula- de- farinha???"
Acho que o diálogo foi assim.E eu achando que era a única a me pronunciar...ao dizer que somos também quem contribui para sermos o que somos...é (quase) sério.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amir Klink
Ache belíssimo isso...E, talvez, resuma o que penso em relação às buscas.
A cada vez que inicio uma viagem, nem que seja a minha viagem de cada dia, meu horizonte aumenta em uma escala que, penso, só poderá ser medida anos mais tarde.
Tantas coisas caem por terra, a certeza de uma dor qualquer...vira poeira...
O mundo é grande!
Só isso de início vem a cabeça.O Mundo é grande pra cacete!
A vida é grande!
Vejo, então, a infinidade, as "poliunidades" de possibilidades de existir.E, a partir daí, é mais fácil ver que se não está bom...dá para mudar.Nem sempre se pedimos temos que aguentar.
Conhecer gente e provar sotaques deveria ser matéria obrigatória, em uma escola inventada, que só daria prazer!
Estou lendo "Comer, rezar, amar", que para os desavisados, ou os que tendema ficar na superfície das coisas, pode parecer bobo e um pipocão de livraria.Mas, me encanta a cada página, a busca incessante, os murros em ponta de faca e as certezas e mentiras e dúvidas que aos poucos vão caindo por terra.
Acho que o principal, não seria só "ver" o lugar novo, mas ver-se no lugar novo...e esse lugar poderá ser do jeito que imaginar e fizeres por onde que o seja.Um não-lugar, uma metáfora, uma rodoviária, um novo amigo, uma comida apimentada para quem não come peixe.
Viajar pra fora e para dentro.
Amir Klink
Ache belíssimo isso...E, talvez, resuma o que penso em relação às buscas.
A cada vez que inicio uma viagem, nem que seja a minha viagem de cada dia, meu horizonte aumenta em uma escala que, penso, só poderá ser medida anos mais tarde.
Tantas coisas caem por terra, a certeza de uma dor qualquer...vira poeira...
O mundo é grande!
Só isso de início vem a cabeça.O Mundo é grande pra cacete!
A vida é grande!
Vejo, então, a infinidade, as "poliunidades" de possibilidades de existir.E, a partir daí, é mais fácil ver que se não está bom...dá para mudar.Nem sempre se pedimos temos que aguentar.
Conhecer gente e provar sotaques deveria ser matéria obrigatória, em uma escola inventada, que só daria prazer!
Estou lendo "Comer, rezar, amar", que para os desavisados, ou os que tendema ficar na superfície das coisas, pode parecer bobo e um pipocão de livraria.Mas, me encanta a cada página, a busca incessante, os murros em ponta de faca e as certezas e mentiras e dúvidas que aos poucos vão caindo por terra.
Acho que o principal, não seria só "ver" o lugar novo, mas ver-se no lugar novo...e esse lugar poderá ser do jeito que imaginar e fizeres por onde que o seja.Um não-lugar, uma metáfora, uma rodoviária, um novo amigo, uma comida apimentada para quem não come peixe.
Viajar pra fora e para dentro.
domingo, 12 de outubro de 2008
seja comigo?
A verdade é que não sinto que seja muito diferente assim.
“vocês estão sendo observados, o comportamento, tudo”
Brada, a animadora da festa.
Li por aí que tudo na vida se resume a duas coisas: assimilação e adaptação.
O cheiro de chuva, é o mesmo daquela tarde de fevereiro.
E toda vez que o sinto, vem como um filme, o banho de chuva, e as lágrimas.
Eu era bem pequena, e a morte do tio da mamãe pareceu divertida.
Quando chegamos da praia, naquela tarde de verão, ainda sujos de areia, vovó com lágrimas nos olhos, nos disse da morte, inesperada, repentina...e?
Comemoramos.
Alguém disse que ele era um tio gozador, feliz.
E, assim deveria ser a morte dele também. Ele não iria querer que perdêssemos aquela chuva que cheirava como nenhuma outra, que caia no asfalto e evaporava.
Bom, ele evaporou, a chuva e os detalhes da história também.
Aquela tarde não.
Os adultos choravam, junto com as nuvens.
E, assim com cheiro de chuva, vêm essa memória, e alguma mais recente que eu adaptei a essa que eu assimilei.
Bom, queria falar sobre crianças. Mas, eu fui criança intensamente.
E, não sei como escrever sobre isso. Talvez seja o tipo de coisa que escrito, pronunciado, pareça menor do que foi na realidade.
Então, em memória da minha infância, prefiro deixá-la lá...acontecendo, sendo infância.
E, a melhor maneira de dizê-la, se isso tiver que ser feito, seria falando de como ela começou a acabar, na chuva.
Talvez ali, naquela chuva, com o biquíni, meus avós e a pracinha, eu tenha começado a crescer, porque mesmo não sentindo tanto quanto os mais crescidos, eu sabia que o tio boêmio, que eu nem conhecera direito, não iria mais voltar, nem para casa, nem para chuva.
E, como, quando criança, detesto tristeza, mentira e dias iguais.
A morte, não me apeteceu, tampouco pareceu-me triste.
Ali resolvi que não deixaria mais ninguém que eu amo morrer...
Uns anos mais tarde, disseram-me que meu avô morreu...
Adultos são mesmo tolos.
Tinha um corpo, algumas coroas de flores, e algumas coroas de véu, aquelas cheiravam, essas choravam(não parecia que cheirassem também).
Minha vontade era contar a verdade.
Ele nunca morreu.
Ele virou criança.
Ele está no meu espelho, nas minhas feições e no queimado da minha pele.
No dia das crianças, eu lembro do meu velho, que andava magro, torto e amoroso.
Que me deu os melhores presentes, as melhores bonecas, as melhores lições.
E, lembrando disso, dos dois velhos que choveram, me sinto criança, me vejo criança, me sou criança e até me sooa criança, a vontade de vê-los e dizer ao parente desconhecido, ao vô saudoso: sê criança comigo?
“vocês estão sendo observados, o comportamento, tudo”
Brada, a animadora da festa.
Li por aí que tudo na vida se resume a duas coisas: assimilação e adaptação.
O cheiro de chuva, é o mesmo daquela tarde de fevereiro.
E toda vez que o sinto, vem como um filme, o banho de chuva, e as lágrimas.
Eu era bem pequena, e a morte do tio da mamãe pareceu divertida.
Quando chegamos da praia, naquela tarde de verão, ainda sujos de areia, vovó com lágrimas nos olhos, nos disse da morte, inesperada, repentina...e?
Comemoramos.
Alguém disse que ele era um tio gozador, feliz.
E, assim deveria ser a morte dele também. Ele não iria querer que perdêssemos aquela chuva que cheirava como nenhuma outra, que caia no asfalto e evaporava.
Bom, ele evaporou, a chuva e os detalhes da história também.
Aquela tarde não.
Os adultos choravam, junto com as nuvens.
E, assim com cheiro de chuva, vêm essa memória, e alguma mais recente que eu adaptei a essa que eu assimilei.
Bom, queria falar sobre crianças. Mas, eu fui criança intensamente.
E, não sei como escrever sobre isso. Talvez seja o tipo de coisa que escrito, pronunciado, pareça menor do que foi na realidade.
Então, em memória da minha infância, prefiro deixá-la lá...acontecendo, sendo infância.
E, a melhor maneira de dizê-la, se isso tiver que ser feito, seria falando de como ela começou a acabar, na chuva.
Talvez ali, naquela chuva, com o biquíni, meus avós e a pracinha, eu tenha começado a crescer, porque mesmo não sentindo tanto quanto os mais crescidos, eu sabia que o tio boêmio, que eu nem conhecera direito, não iria mais voltar, nem para casa, nem para chuva.
E, como, quando criança, detesto tristeza, mentira e dias iguais.
A morte, não me apeteceu, tampouco pareceu-me triste.
Ali resolvi que não deixaria mais ninguém que eu amo morrer...
Uns anos mais tarde, disseram-me que meu avô morreu...
Adultos são mesmo tolos.
Tinha um corpo, algumas coroas de flores, e algumas coroas de véu, aquelas cheiravam, essas choravam(não parecia que cheirassem também).
Minha vontade era contar a verdade.
Ele nunca morreu.
Ele virou criança.
Ele está no meu espelho, nas minhas feições e no queimado da minha pele.
No dia das crianças, eu lembro do meu velho, que andava magro, torto e amoroso.
Que me deu os melhores presentes, as melhores bonecas, as melhores lições.
E, lembrando disso, dos dois velhos que choveram, me sinto criança, me vejo criança, me sou criança e até me sooa criança, a vontade de vê-los e dizer ao parente desconhecido, ao vô saudoso: sê criança comigo?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Estação de transferência para os ramais.
Eu não sei.
Eu pego tantos trens por dia.
Para chegar lá.
E, isso me trouxe aqui.
Minhas mentiras de tão repetidas.
Veementemente.
Se transformaram em verdade.
E, eu não sei se algum dia quis alguma coisa com o mundo.
Simplesmente adoro vê-lo, revê-lo.
E, tenho um misto de desespero.
O mais calmo desespero.
De saber que ele só é ele comigo.
Ele só é mundo para mim.
E só para mim sabe sê-lo.
Para o resto é brincadeira de mundo.
Ora azeda, Hora que não passa.
Não sei o que faz esse mundo.
Não ser simples.
Não ser o mundo que ele é.
Mundo complica do mesmo tempo que transborda-Do alto de sua torre.
Enterrei o mundo dentro de mim quando estavam distraídos.
Agora não sei como cabê-lo fora do peito.
Me sinto como ele.
Mundo descabido, sem cabide, nem eira.
O mundo que eu regurgito não me basta.
Entre mim e eu...Somos uma coisa que não entendemos.
Mundo que foi embora, me deixa a poesia?
O guaraná me disse:"a gente muda, o mundo muda."
Eu pego tantos trens por dia.
Para chegar lá.
E, isso me trouxe aqui.
Minhas mentiras de tão repetidas.
Veementemente.
Se transformaram em verdade.
E, eu não sei se algum dia quis alguma coisa com o mundo.
Simplesmente adoro vê-lo, revê-lo.
E, tenho um misto de desespero.
O mais calmo desespero.
De saber que ele só é ele comigo.
Ele só é mundo para mim.
E só para mim sabe sê-lo.
Para o resto é brincadeira de mundo.
Ora azeda, Hora que não passa.
Não sei o que faz esse mundo.
Não ser simples.
Não ser o mundo que ele é.
Mundo complica do mesmo tempo que transborda-Do alto de sua torre.
Enterrei o mundo dentro de mim quando estavam distraídos.
Agora não sei como cabê-lo fora do peito.
Me sinto como ele.
Mundo descabido, sem cabide, nem eira.
O mundo que eu regurgito não me basta.
Entre mim e eu...Somos uma coisa que não entendemos.
Mundo que foi embora, me deixa a poesia?
O guaraná me disse:"a gente muda, o mundo muda."
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