“Ter consciência das suas vontades para então satisfazê-las.”
Li isso em algum blog, jornal de bairro ou cartilha de bom motorista...não importa..
Mas ficou na minha cabeça...
Até bem pouco tempo não percebia, nem a mim, nem a você, nem aos outros...
Quem dirá minhas vontades...que durante tanto tempo ficaram ali, num cantinho cheio de naftalina...
Quando me achei, perdida, achei também as tais vontades.
De que?
Oras!
Vontades de vida, de preguiça, de todos os 7 pecados e alguns mais que talvez sejam de minha autoria...
Sempre fui deveras rigorosa, comigo, contigo, conosco.
Acordar, cedo, misto-quente, barcas, 474, aula, rosário, faxina, levar o lixo para fora, compras.
Os nomes mudam, mas o “padrão”...muito pouco.
Tudo desorganizadamente, milimetricamente, em seu lugar.
As coisas eram assim, porque eram.
E ,se eram, porque me perguntar: “e se não fossem?”
Mas mordi a maçã, cai no conto do vigário, comprei gato por lebre, lobo em pele de cordeiro.
Ai se deu!
Todas as perguntas vieram(mas ainda não as vontades).
Primeiro, precisei tomar consciência de que não saberia do mundo, enquanto não soubesse de mim...e resolvi me apresentar a mim mesma.
O que descobri?
Que falo mais do que sinto tanto quanto sinto mais do que falo.
Que acordarei numa boa depois de tudo.
Que não ficarei ruborizada diante das vicissitudes.
Tampouco esperarei mais de menos.
Farei tudo como não se deve fazer...e no final será o certo.
Acho que a conclusão, se é que se deve chegar a uma, é como Mendes Alves uma vez me disse...”você vai se perguntar, questionar etc para depois perceber que é melhor continuar sendo você mesma”
E é isso...vi que posso ser muitas...para descobrir como é bom ser eu mesma e o que isso tem de especial.
Bom...a partir daí...nem me preocupo mais tanto em descobrir minhas vontades...elas têm acontecido naturalmente...assim como em uma sexta-feira qualquer.
2 comentários:
Annanda!!!!
Adorei o texto, às vezes tb me pergunto o q fazer c tantas “vontades”...rs...noooooossa, são muitas, até mesmo aquela de dar um tempo de eu mesma, louco isso, neh? O fato é q existem momentos que “sentir” pesa, e qdo isso acontece quero me desligar de tudo, fugir, penso até em ir embora p'ra Pasárgada, rs, mas rapidamente vem aquilo que chamo de “sacode”, pois o sentir traz junto c ele a vida, a percepção de que “somos” e “podemos”, isso é o máximo!
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