segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pra não dizer que não falei dos morangos.



Isso sou eu não me importando com você.
Sou eu não dizendo que eu tenho saudades.
Sou eu não falando que mesmo com tanta mágoa e dor eu ainda quero você bem.
Sou eu tentando entender o que foi que aconteceu, o que foi verdade, o
que machuca tanto e eu finjo esquecer todo dia um pouco.
E, principalmente, sou eu querendo saber se a importância é tão
pequena pra você não dar sequer um passo em direção a mim.
Não existe receita perfeita, né?
Mas acho tão cruel quanto foi a mentira a sua indiferença.
Somos tão estranhas assim?
Ontem achei uma cartinha que você deixou no meu caderno da moranguinho
que você me deu, que eu ainda não tinha visto...
Dizendo que vc estaria sempre perto pra nao me deixar perder o foco...e cadê você?
Eu não sei.
Mesmo com esse abismo, que só existe porque vocês deixaram existir, eu
ainda quero entender.

Eu só publico quando passa e passou.
Ficou a estranheza de saber que a gente não conhece quem conhece. Eu não conheci.
Tenho mania de sentir demais e de dar fim quando acaba.
As memórias ficam, só as boas.
Tive que esquecer tudo.

5 comentários:

Flávia Guilherme disse...

Sem comentários dessa vez.

José disse...

essa estranhesa que se faz quando não conhecemos quem conhecemos é a pior, e a mais presente, belo texto.

Madame Morte disse...

Sorte de quem consegue deletar as memórias más, apesar de serem essas que nos fazem aprender e(pelo menos tentar) entender certas coisas e erros que quando repensados, se não são motivo de risada, são motivo de puro arrependimento.

Karol Gonçalves disse...

Uau!
Fiquei sem saber o que falar!
Pois é...

Ou melhor, estou com saudades!

Karol Gonçalves disse...

Ah! E adoro sempre as ilustrações!