e agora?

e agora?
Tudo que você faz com...
Você já fez mais por mim.
Então, era mesmo o que eu achava que era.
Era o que eu via.
Eu sempre soube então...
Você amou, quando eu prestava atenção e não via.
Podia ter sido mais inteiro como a bandeira que você levou durante tanto tempo.
Você é o que não foi.
Porque não sabe ser.
Essas poucas linhas não me servem pra entender. Eu sempre soube.
Me rio inteira...De tanta coisa que não pude.
E me agradeço por ter deixado ir.
Tem coisa que nasceu não sendo pra gente poder ser.
Hoje vi que você era uma metade, eu que fui inteira.
Não porque eu sou boa...só porque escolhi melhor, escolhi verdade.
Não tive tempo de agradecer o amor fugidio, que se escorava nele mesmo e que se bastava de me ouvir.
Não quis agradecer o carinho de quem não quis e só se sabe querendo.
Não pude te contar o que a gente foi, a gente foi mais do que queria e muito mais do que imaginava.
A gente foi mais do que contava no papel, e menos que parecia.
Menos do que poderia e do que pode. Porque só pôde isso.
A gente foi o que você fotografa ser hoje, mas a gente sabe que não é.
Só que a gente era mais bonito, mais sonhador e mais poesia.
A gente era o que você nunca vai ser sozinho.
A gente era o que eu sou sem você.
A gente era eu.
Querendo não ser, nem estar.Querendo ficar, pensando em ir.
E, hoje a gente é eco.
Eco sozinho. Eco que reverbera nele mesmo, sem ninguém pra ouvir, nem falar.
Eescrevo esse eco, porque tenho pena dele...Ele se repete mas não me tem mais pra viver.

Monopirando.

É deixar os amigos um pouco de lado,
É explorar o namorado da sua amiga, a sua amiga, a mãe dela, a sua também, seu pai, seu irmão, seus tios, é explorar quem der bobeira por aí!
É saber mais sobre ABNT do que sobre você,
Ou sobre sua vida amorosa...que vida mesmo?
É sentir dor no peito se a nota de rodapé muda de página,
É segurar o xixi até acabar o download desse arquivo,
opa! só mais esse...aii esse aqui também!!!
É não saber se é de dia ou de noite.
É se divertir no msn com outros monografandos loucos.
É sábado a noite: msn, segunda de manhã: msn, domingo a tarde: msn, quarta no meio do dia: msn.
Status? Semvidasocialcheiodeajustesafazereocupadoocupadodemais.
É não saber o que era a vida sem orientação, prazos, fichas técnicas e espaçamento.
Simples!Duplo!
É saber de cor e salteado todas as palavrinhas e citações.
É fazer do word seu office, seu home!
É ter que acabar isso aqui. Fim do recreio de domingo. 5 minutos já foram!

1-Créditos do título a clarissa bemvindo.

Nota 10!

Tenho que pensar no que farei com o resto da vida.
Penso em sair por aí...sem documento, porque perdi mesmo.
Mas, com um lenço...tem ventado frio em mim.
Pro caso do tempo virar...não ligo tanto. Eu já sei tomar chuva...Aprendi tomando caldo...
Do mar, de sururu e de uns e outros aí.
Quero dormir uns dias, mas fico com medo do corpo acostumar.
Poderia ficar deitada numa areia geladinha, com um solzinho da manhã durante uns nove dias. Nem menos, nem mais.
Acho que preciso disso pra pensar. Pra entender.
Foi uma estadia bonita essa.
Tanta dúvida e tanto querer.
Eu quis muito. Quis e quando lembro desse tempo...quero tudo de novo acontecendo lá.
Foi distraída que realizei um sonho bonito.
Sonho de menina mesmo. Sem demagogia...era com isso que eu sonhava.
Às vezes fico em silêncio me olhando, pra ver que estou como no meu sonho. Que eu estou quem no meu sonho.
Sei que pode parecer meio besta...mas me vi sendo quem eu sempre quis ser nesse momento há anos atrás.
Agora preciso mesmo pensar...em quem eu vou ser quando eu cresci.

Balanço geral.

A gente não precisa ser nada quando é.

É natural ser a gente, quando a gente resolve ser.
Acho que isso eu aprendi nesse último ano.
Percebi tanta gente se esforçando pra ser uma coisa que não é...
Não que isso seja bom ou ruim.Mas não é, sabe?
Se simplesmente relaxassem, deixassem vir a tona as verdades e um monte de coisa que deve já estar na camada pré-sal da alma... Bom, seriam genuínos, causariam menos estragos, menos engodos.
Eu me incluo nesses...Muito tempo que andei ausente de mim.
Não que agora esteja completamente aqui, mas me sinto a cada dia voltando de viagem.
Algumas coisas que venho retomando a posse tem o cheiro de casa fechada depois das férias...
Outras de casa quando acaba a faxina, aquele cheirinho de veja, cansaço gostoso de quem limpou, arrumou, entendeu o lugar de tudo, de todos lá dentro e de todos que tinham que sair de lá.
Bom, eu também sai de alguns "lá"...sai de limbos.
Me formei!
Me formei em mim. Me transformei em quem eu sempre fui.
E, modéstia totalmente a parte...tenho sentido muito orgulho da casa que arrumei aqui dentro.
Com defeitos verdadeiros, com perdão, com sal, tequila, limão.
Muitas coisas azedas me fizeram reconhecer o que é doce.
Hoje é doce.
Porque se arruma assim.
Me arrumei assim.
E mais 22, e mais casas, faxinas, bolos, e o bom e velho que me faz nova... amor!

Trabalho... concluo o curso!

Tem horas que só a cama da minha mãe me traz paz...
O mundo tá desabando aqui dentro.
Lá fora me parece lindo.
Ainda faltam páginas a serem escritas.
Fiz muito, falta muito.
Falta tão pouco!
O estômago está se comendo.
Tem um javali rugindo, ronrando, coachando,
Em algum lugar entre meu diafragma e o meu dedão do pé.
Vai acabar.Hei de rir das normas.
Malditas regras que arrumam as palavras de um sonho.
Acho que não vou conseguir...no mesmo instante que percebo que já fiz.
Tem que juntar tudo numa coisa só.
Ligar pra estamparia, correr com as cores, as formas, intermédios e intempérios.
A policromia dessa confusão me deixam tonta.
Me deixa viva.
Quase morro...se meu coração não estivesse disparado.

um toró desse chororô

Hoje no fim da tarde ela chorou.
Assim sem mais.
Sentou e chorou,
Sentou pra chorar,
Por chorar.
Ela não avisou ninguém.
Só chorou.
Não sabia o que fazer, não me acostumo com as lágrimas dela.
Minha vó, me disse "minha caixa d'água secou".
Que água é essa?
Li hoje que você é o que você lembra...
Achei isso muito cruel com ela.
Ela não lembra, mas ela é tanta coisa.
Ela é minha saudade presente e meu passado perfeito.
Todos os clichês de uma infância com biscoitos, parquinho, muito doce.
E é e são todos os clichês de um crescer crescendo e despendioso.
Ela é o que acontece todo dia e de novo.
Ela é a pergunta quando anoitece "quem vai me levar pra casa?"
Você tá em casa.
Você mora em mim.
E eu lembro tudo por você.
E o que eu não vivi, eu lembro.
E o que eu não sei de você, lembro também.
E invento...Porque se você precisa lembrar pra ser,
Eu lembro e sou com você.
Acho que hoje a tarde choramos pelo que não sabemos mais.
Choramos por ter que perguntar onde é o banheiro e onde essa escada dá.
Eu também não sei, mas sabia que tinha você pra apontar.
Agora eu aponto pra gente.
Não sei trazer você de volta.
E fico martelando nessa cabeça que ora pesa, ora pende, ora teima e sempre pensa.
Oro.
Por você e por mim.

ps.: eu não sei colocar link.mas ...http://www.youtube.com/watch?v=xMiC_ZoC08g