segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Todos os degraus ou cansaço.

Já que agora ela vai ter que acordar cedo resolveu comprar o despertador.

O primeiro.

Tirou a carteira de trabalho e descobriu que os tênis moderninhos vão ter que esperar o próximo final de semana livre pra saírem do armário.

Ó vida, essa que tem que ser vivida. Todas as suas gotinhas e suor.

Estar dentro de um arranha céu é menos charmoso e mais complexo do que poderia supor.

Deitar a cabeça molhada no travesseiro em uma noite quente é a sensação que precisava pra aquele dia que anunciava o primeiro verão em dois anos.

Ela sabia que no final desse verão raro haveria outra razão pra esquentar tudo em volta.

Sentir que as pernas estão se moldando de tanto correr atrás, concentrar-se no bem que se faz. Um dia de cada vez. Um dia de cada vez. Deixar o coração crescer desordenadamente, como cidades em desenvolvimento sem qualquer plano estratégico.

Quem nunca se apaixonou hoje, não mora no Rio.

Tenho resolvido as pendências, to colocando a casa em ordem e vou trocar o colchão pra quando você chegar só ter mesmo que me preparar pimentões com arroz.

Só ter mesmo que me espreguiçar, espantar a saudade, me tirar pra dançar.

domingo, 28 de agosto de 2011

Além.

encontrar o que eu quero e deixar ir tem sido um exercício constante.

Amanhã mais um passo, mais uma corrida, um ônibus e muita vontade no caminho.

Vou nessa.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Qualidade rara de sereia.

Descobrir novas maneiras de querer bem.
Acho que só não consegue o que quer quem se distrai.
Objetivo.
Fechar e deixar solto.
A velha história dos barquinhos.
Ele existir é a mais bonita prova de que no fundo a menina que sonhava com príncipes e almoçava abóboras não estava assim tão errada. Estamos certas em crer demais, sorrir demais e acordar tarde.
Fuso horário só mostra que nossos ponteiros ainda não estão no mesmo compasso.
Acertaremos o passo, e dançaremos.
Palcos, pistas, seu abraço enorme pra sonhar.
Preparei o terreno.
Tirei todos daqui. Sem matinho nenhum.
O solo espera agora a hora certa da árvore ser transplantada, criar raízes, frutificar, florescer.
Amanhecer e mãos dadas.
Tenho aprendido, apreendido que amar tem mais de dedicação e cuidado que poderia supor.
Amar é como vestir pensamentos com véus de nuvens, olhares generosos, chocolate e espera.
É carnaval de carinho e pestanas.
É tentar chegar mais cedo mas perceber que sempre é bem no tempo.
É fazer planos de cruzar Oceanos, trabalhar duro, escrever o que tem dentro do peito enquanto as mãos não alcançam rostos, pernas, algodão e muita, muita saudade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pra dizer ciao.


Carregar as malas.

Dizer tchau ao que tanto se amou.

Aonde tanto se amou.

Perceber que o que a gente leva, a gente já tem...

E o resto é poeira.

Já que você vai por último, já que você é quem teve força de ficar até a última música...

Lembre-se de apagar as luzes e guardar as estrelas.

Lembre-se que nos vemos e nem por um segundo estamos distantes.

Amor é amor e ri.


Vai com tudo, bebê.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Já sentiu um profundo amor por tudo e todos?
Amor pelo líquen que faz as pedras mais frágeis ao carinho da mão.
Já sentiu amor pelos desencontros?
Eles te livraram de caras chatos, de mentiras, te fizeram ter força pra partir em uma cruzada em busca daquele que coloriu seus dias, né?!
Já agradeceu hoje de manhã a existência das llamas, alpacas, de você e de mim?
Descobri uma nova capacidade de amar: o desconhecido!
O meu velho conhecido mundo veio de dentro me ensinar mais coisa.
Os Incas, Camile, Vivi, Raffa, Hugo e mais um tantão de gente com quem eu cruzei em vagões de trem, bares e filas. Obrigada vocês!